Fanfic: Diario de Carter

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20 de Janeiro de 1986

                   Eu ainda não fazia ideia do que minha mãe queria de mim, mais
como eu havia dito estava totalmente disposta a descobrir, bom enquanto eu
tentava descobrir qual era a da minha mãe, meu pai estava prestes a fechar um
acordo muito importante com uns caras no Japão, meu pai era um empresario bem
sucedido, e uma banda de lá do Japão estava muito interessada no meu pai, Mais o
problema é que sempre que meu pai arranja contrato com alguem só da confusão, a
casa vira uma bagunda, ele viaja é as vezes ficava meses sem dar sinal de vida,
o que para minha mãe era totalmente conpreensivel! Mais eu sempre tive a
suspeita que meu pai traia minha mãe com qualquer uma, então comecei a pensar,
ela pode querer estar comigo só porque ela também está desconfiada de que meu
pai a traí. Isso fazia todo o sentido, pena que não era isso mais a verdade é
que descobrir ou não o motivo seria importante só se eu não quisesse mais ter
uma mãe por perto, eu estava contente de alguma maneira nós recuperamos o tempo
e o amor de maternidade que eu nunca tive.
                 É o que eu e minha mãe já esperavamos aconteceu! Meu pai tinha
uma viagem importante a fazer, eu nem ligava quando ele ia viajar, ele nunca se
importou quando eu ia sair então eu não dava a minima para o meu pai, mais antes
dele sair de casa deu um beijo na minha mãe e pediu para ela não se preocupar
que logo as coisas iam ficar bem , eu fiquei tentanto entender: o que estava
errado? tudo parecia normal tirando o fato da minha mãe estar perto de mim
estava tudo normal, o pior disso é que depois do beijo na minha mãe meu pai
olhou para mim acariciou meu rosto e falou que eu precisava ser forte e que logo
ficaria bem, eu tirei a mão dele do meu rosto e sai da sala , aquilo era
ridiculo e na minha cabeça só podia estar acontecendo uma coisa, meus pais estão
sem dinheiro. Foi a primeira coisa que passou na minha cabeça depois daquela
despedida deprimente! Eu tentei encontrar onde estava a mente da minha mãe
naquele momento, porque ainda não fazia sentido ela estar tanto tempo grudada em
mim.
        
5 de Fevereiro de 1986

                   Minhas aulas já haviam começado meu pai já havia voltado e a
minha suspeita de que talvez ele estivesse sem dinheiro teria passado, minha mãe
ficou doente mais eu logo lembrei que ela sempre ficava doente e sempre tova um
remedinho e passava então nem me estressei com isso. Ela tinha largado do meu pé
mais continuava a me dar todo tipo de atenção, eu já estava me acostumando com
aquilo. Me lembro de que quando eu chegava na escola sempre um monte de pessoas
me cercavam e ficavam me elogiando, eu sempre odiei pessoa que só elogia para
mim ir com a cara dela, mais isso sempre acontecia que eu já nem ligava tanto.
Eu nunca tive amigas de verdade mais eu tinha algumas coleguinhas, e um namorado
irritante na verdade eu só namorava para não parecer a otaria da escola, o que
obviamente nunca ia acontecer. Quando eu cheguei em casa naquele 5 de Fevereiro
eu fiquei surpresa que tinha um medico lá dentro no quarto da minha mãe
conversando com ela, eu abri um pouco a porta do quarto para poder espionar e
quando eu olhei para ela , estava horrivel, cheia de olheiras, toda acabada, não
tinha força nem para levantar,os labios estavam brancos, e pelo o que pude ouvir
ela estava com dificuldade para respirar. Eu entrei correndo no quarto
desesperada perguntei o que havia de errado com ela e o medico olhou para mim
com cara de enterro e minha mãe deixou cair uma lagrima, eu não entendi nada
mais eu suspeitava que ela tinha pouco tempo de vida, meu pai quando me viu
olhando para minha mãe naquele estado, me tirou do quarto imediatamente eu ainda
desesperada perguntei o que estava acontecendo mas meu pai parecia tão ruim que
nem conseguia dizer.  
              HTML clipboardEu entrei no meu quarto, joguei minha mochila na cama e comecei a andar de um
lado para o outro, e eu me perguntava o que havia de errado mais era obvio
aquilo, minha estava mais perto de mim porque sabia que tinha pouco tempo de
vida, ela quis aproveitar esse tempinho que ela ainda tinha para se redimir, que
eu me lembre foi a primeira vez que chorei e nem foi aqueles choros de verdade,
deixei cair algumas lagrimas mais eu nem estava tão abatida assim, me lembrei
que quando eu era bem pequena meus avos viviam indo a igreja e quando voltavam
ficavam enxendo minha cabeça com historias sobre Deus eu nem  acreditava
muito nele, eu era do tipo que só acredita vendo e enquanto eu não o visse eu
não acreditaria em nada, Mais naquela situação eu pedi para que minha mãe não
fosse embora que eu ainda não estava pronta para aquilo, pior do que viver com
ela me atormentando e me esquecendo era viver sem ela.
                   Alguns dias passaram, minha mãe continuava na mesma
situação e sempre havia um doutor do lado dela mais tudo bem. A noite quando
todos da casa dormiam eu ia no quarto que ela estava, ela sempre acordava quando
me via sentada na cama e olhando para ela, e ela sempre perguntava se eu estava
com medo, eu não estava com medo de nada mais mesmo assim não queria perder ela,
acho que mesmo que ela não me desse atenção eu ainda ia querer que ela não
morresse. Nós duas ficavamos conversando durante horas ,eu contava do meu dia
para ela e ela ria bastante, eu estava contente de ver ela sorrindo de
verdade.Também contei para ela que eu nunca me senti amada de verdade por
ninguém e ela me falava que não importava quantas pessoas iam me odiar ela
sempre me amaria mesmo que tudo desse errado e que ela não demonstrasse sempre
me amaria, eu depois de ouvir aquilo perguntei na hora porque que ela e meu pai
nunca me deram atenção, e ela respondeu que ambos estavam sempre ocupados e que
foi um erro não ter dedicado um tempo a mim. Minha mãe então começou a ser a
primeira pessoa que eu coloquei a cima do dinheiro eu estava certa era ela a
pessoa mais gentil e amorosa que eu já pude conhecer e era a única que eu
gostava de mim verdade. Dias e dias passaram e minha mãe continuava limitada a
ficar na cama, mais eu sempre estava do lado dela e nada mais me importava,
diga-mos que foi com ela que eu comecei a mudar meu modo de ver a vida, eu já
não queria ser má com ninguem e entendi que o melhor da vida não é o dinheiro
que paga, mais eu ainda era uma pessoa arrogante e cruel minha mãe era a unica
pessoa com quem eu tentava ser legal apesar de ser da minha natureza ser chata.