Fanfic: Diario de Carter

20 de Fevereiro de 1986

            HTML clipboardPara falar melhor desse dia eu prefiro citar como "O dia em que meu mundo caiu".
Meu dia começou normal até que bem, fui a escola sai com as amigas coisas que eu
fazia geralmente mas quando eu cheguei em casa meu pai estava desesperado, ele
gritava para mim: CARTER CARTER CORRA SUA MÃE ESTÁ MUITO RUIM VAMOS! Eu não
sabia o que fazer estava sem entender absolutamente nada na noite anterior
quando minha mãe foi me visitar ela estava super bem e até falava que se sentia
melhor. Quando eu fui ajudar os empregados a colocar minha mãe no carro ela
estava desmaida e eu já comecei a ter ataque, meu pai quis dirigir o carro e foi
muito rapido, mais nisso surgiu um problema terrivel, o hospital que minha
familia costumava ir estava fechado para reforma meu pai desesperado não viu
outra solução a não ser levar minha mãe em qualquer hospital que visse na frente
e foi bem isso que aconteceu, logo nós estavamos num dos hospitais mais sujos e
ruim da cidade, eu me convenci que não deixaria nada de ruim acontecer a minha
mãe então cortei  a fila e gritei com a recpcionista eu estava desespera e
ela tentanto me acalmar chamou rapido alguns paramedicos que levaram minha mãe
para a UTI, meu pai fez o medico prometer que salvaria minha mãe e o medico
disse que faria o possivel, mais que ela já estava num caso muito grave.
                 Meu pai e eu nos sentamos no banco do hospital e eu estava
desesperada e inconsolada tentei me lembrar que havia pedido a Deus para que ele
não levasse minha mãe, mas naquele momento isso não seria o suficiente, meu pai
me abraçou tentou me acalmar, mais ele estava mais desesperado que eu, então
isso não deu muito certo. Eu só conseguia imaginar que se minha mãe morresse eu
me mataria também jamais me apeguei a uma pessoa assim em tão pouco tempo, eu
precisava dela mais do que nunca apesar de ter odiado a presença dela algumas
vezes ninguem foi tão bom para mim quanto ela, eu estava isolada eu não era mais
a Carter eu era uma pessoa limitada a viver na sombra da minha mãe e se ela
morresse eu simplismente não teria mais quem me proteger e nenhuma sombra para
eu me esconder eu estava perdida, meu coração queria pular para fora eu queria
que o Doutor saisse de dentro daquela sala com boas noticias mais nem eu poderia
me enganar minha mãe não aguentava mais aquela dor e eu não podia a segurar, eu
abaixei minha cabeça e tentei me enganar eu disse que isso tudo não ia acontecer
que era só um dos sonhos ruins e que logo eu acordaria e minha mãe estaria do
meu lado me fazendo sorrir.
                   Passaram 2 horas e nada eu precisava de alguma noticia
eu precisava saber algo qualquer coisa que me fizesse acreditar que minha mãe
estava bem, meu pai disse que ia falar com o medico mais ele estava com tanto
medo de ser tarde de mais e eu percebi isso então pedi para que ele ficasse.
                   3 e 4 horas passaram e o doutor saiu da sala e falou
para o meu pai que minha mãe tinha acordado e que queria muito falar comigo, meu
pai disse para mim entrar e que eu não precisava ter medo de nada, então fiz
isso, entrei com a cabeça erguida com fé de ver minha mãe sorrindo e se sentindo
melhor, eu entrei no quarto e varios fios nos braços da minha mãe ela estava com
mais dificuldades para respirar, e ela chorava muito então eu cheguei do lado
dela e ela segurou minha mão e disse: não importa o que aconteça você é minha
filha e eu amo você, se essas forem minhas ultimas palavras eu quero que você
saiba quando se sentir perdida eu sempre vou estar do seu lado, para sempre. Eu
comecei a chorar e implorei para ela não ir e minha mãe com dificuldade olhou
nos meus olhos e disse adeus e pediu desculpa para meu pai. Quando eu vi ela já
não segurava minha mão e seus olhos estavam se fechando lentamente eu abaixei a
cabeça e me ajoelhei ao lado cama dela coloquei as mãos nos olhos e comecei a
chorar muito. Minha mãe estava morta e a unica coisa que ela sentiu que tinha
que fazer era me lembrar que eu nunca estaria sozinha, com isso meu pai entrou
correndo no quarto e o doutor só pode dizer: eu lamento.
                    Se passaram 4 dias e meu pai estava terminando de
preparar o funeral para minha mãe, eu passei 4 dias dentro do meu quarto olhando
pela janela, vendo as pessoas andarem na rua e eu percebi que eram
felizes,sentiam que alguem as amava eu perdi a unica pessoa que se importou
comigo. Meus olhos estavam cheio de olheiras minha pele estava palida eu
coloquei a roupa mais deprimente que eu pude achar. Meu pai pegou na minha mão e
nós fomos ver o caixão da minha mãe, eu não conseguia olhar era horrivel ver ela
daquele jeito, os nossos familiares passaram perto de mim e nem me reconheceram
eu era simplismente aquela pessoa que perdeu a sombra onde se escondia. A Carter
minha mãe levou junto com ela, e eu não tinha mais ideia do que seria de mim e
do meu pai que ao contrario do que eu pensava era muito apaixonado pela minha
mãe. Eu estava derrotada,esgotada,triste e preocupada. Não sabia o que fazer
para seguir adiante. Eu olhava para as pessoas e todos me olhavam com pena de
mim eu conseguia ler o que eles estavam pensando e eu imaginava assim: coitada
dela tão novinha e agora perdeu a mãe. Eu odiei que sentiram pena de mim, eu
ajudei os caras a fecharem o caixão e ajudei a levar para o tumulo. Quando eu vi
o cara jogando terra por cima do caixão da minha mãe eu me ajoelhei na terra
abaixei a cabeça e fiz exatamente como eu havia feito no hospital eu chorei,
chorei muito. Quando o funeral acabou eu ainda estava lá ajoelhada e chorando
meu pai quis me levar embora mais eu pedi a ele mais um tempo e ele permitiu. Eu
sentei na terra e chorei mais e mais ainda eu fiquei a noite inteira naquele
cemiterio  eu dormi do lado do tumulo da minha mãe e acordei ali, eu não queria
sair de lá nem por um minuto, mais tarde meu pai veio e tentou me levar de lá
mais eu gritava muito não queria deixar minha debaixo daquela terra sozinha eu
queria que ela soubesse que eu estava ali, diferente dela que prometeu estar
para sempre do meu lado, eu estaria do lado dela para sempre. Foi preciso meu
pai e mais um cara lá do cemiterio para me tirar dali meu pai me colocou no
quarto e me trancou eu deitei na cama e comecei a gritar e chorar, gritar e
chorar eu fiquei dias de luto pelo que havia acontecido. Eu queria morrer junto
com ela.