Fanfic: Diario de Carter

10 de Abril de 1986
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                    Eu estava na casa dos meus tios chatos, mais essa não é a pior parte. Dia 10
de Abril meus tios foram convidados a ir num leilão de carros, eles não podiam
pagar por nenhum daqueles carros mais como eu estava junto eles acharam que todo
mundo ia dar de graça, burros! Tudo bem meu tio George sentou do meu lado no
sofá e perguntou se eu queria ir, mais ele não foi educado e aquilo nem foi uma
pergunta foi mais tipo: você vai ou eu vou ter que te obrigar? Eu não estava nem
um pouco afim de sair, na verdade eu queria voltar para minha casa, sabe minha
tia ficava toda hora olhando para mim e falando a coitadinha a mamãe morreu e o
seu pai te abandonou. Ela não era uma pessoa normal era uma bruxa eu podia
sentir o sarcasmo dela ao falar isso de longe. Meus tios eram o triplo da
maldade que eu tinha ao contrario do que eu pensava eles eram mais parecidos
comigo do que eu pensava que seria. Eles me obrigavam a fazer o que eles
queriam, minha tia pegava no meu braço e me jogava contra a parede quando eu
dizia `não` para ela. Meu tio não me batia mais já havia ameaçado levantar a
mão. Eu não tinha medo nenhum deles porque para mim quando meu pai voltasse de
viagem ia colocar os dois na cadeia então eu tentei me fazer de vitima ia
chorando para o quarto quando minha tia me batia mais no fundo eu queria bater
nela.

                  Eu fui forçada a ir naquele maldito leilão, e chegando lá eu
sentei na cadeira com cara de emburrada e fiquei assistindo um cara velho
falando dole uma dole duas. Minha tia apertou meu pescoço e falou que se eu não
sorrisse ela ia me trancar no quarto, eu queria mesmo que ela me trancasse para
eu não ter que ficar olhando para a a cara dela, mais meu pescoço estava doendo
então dei um sorrisinho e fechei a cara de novo.
                   Meu tio ficou se achando para os amigos dele falando que
estava cuidando da filhinha do irmão dele, eu sempre achei que meu tio era
doidinho pelo dinheiro do meu pai e que quando ele pudesse roubaria tudo, eu a
achei que ele me trancaria e obrigaria meu pai a pagar por mim mais ele não
podia manchar o nome dele desse jeito. Eu estava entediada até que a minha tia
decidiu ir embora daquele leilão chato e então finalmente eu estava saindo
daquele inferno. Chegando na casa deles eu estava esgotada sentei no sofá
enquanto os dois conversavam baixinho na cozinha, eu não fazia ideía do que eles
conversavam mais provavelmente não era importante, entrei no quartinho que eles
haviam deixado para mim e simplismente deite na cama e desmaiei dormi a noite
inteirinha acordei 12:00 na hora do almoço com a minha tia com um cinto na mão
com cara de quem ia me bater, e eu tentando ser forte falei que não tinha medo
dela e ela deu um tapa na minha cara e disse que aquilo não era brincadeira e
que era bom eu ficar esperta, haha ameaças dela não iam me afetar mesmo.

16 de Abril de 1986

            
                  Meu pai voltou para casa cedo, e eu o encontrei toda machucada
pelas surras que havia recebido da tia Chelsea mais eu nunca fui de ser fraca
então falei que aqueles hematomas eu mesma tinha feito quando cai da escada. Meu
pai entendeu e estava querendo me contar de como foi a viagem dele para a
Europa, eu percebi nos olhos dele que ele tinha planos para nós, mais não
imaginava que ele ia me pedir para morar com ele lá. Eu fiquei de boca aberta
mais não queria ir para lugar nenhum, ficar "supostamente" longe da minha mãe,
eu não conseguiria tinha virado minha rotina ir a visitar todos os dias, meu pai
me pediu para pensar melhor mas não havia o que pensar o único motivo que eu via
para viver era estar do lado da minha mãe e eu não ficaria longe disso nem a
propría morte poderia me separar dela.
                  Depois da conversa com o meu pai eu fui a escola e todos
olharam para mim toda machucada daquele jeito , e eu percebi não havia mais
nenhuma rodinha me cercando as minhas tal colegas ficaram envergonhadas quando
me viram desleixada daquele jeito, eu entrei dentro da sala de aula e fiz as
lições, entreguei o trabalho para a professora sem ao menos olhar para alguém da
minha turma, eu andava de cabeça baixa eu estava mal pela a imagem que eu
passava para as pessoas, eu era a estrela daquela escola a mais linda,a mais
popular e derrepente eu era só mais uma pessoa misturada com a paisagem.
                   Voltei para a casa e deitei no sofá, eu estava sozinha já que
meu pai trabalhava e daquela vez era só nós dois, eu fiquei pensando o que
aconteceria se eu simplismente sumisse, será que aquele povo da escola sentiria
minha falta? será que ali existia alguém gostava de mim de verdade? A resposta
era obvia, claro que não aquele dia de escola tinha sido a prova viva que eu não
fazia a minima diferença naquela escola, e que daqui para frente se eu quisesse
que as pessoas me vissem teria que ser literalmente a que mais chama a atenção.