Fanfic: Quiero estar junto a ti AyA

Fomos até a escola. Ele parecia incomodado pelo fato de eu estar dirigindo, mas não disse nada. Chegamos a escola e Giovanna já estava minha espera com sua professora.
- Mama! – ela correu para os meus braços enquanto ouvi a porta do passageiro se abrir. Senti seus passos se aproximarem e logo ele estava abaixado do meu lado.
- Oi bebê. – ele sorriu pra ela, que se encolheu em meus braços. 
- Calma amor, é o titio. – eu sorri e acariciei seu rostinho, tentando acalmá-la.
- Titi? – ela olhou pra ele, com uma cara de interrogação.
- Irmão do papai. – ele continuava sorrindo, e então abriu os braços. 
Ela saiu dos meus braços e colocou a mãozinha gordinha sobre o braço dele. Ele acariciou o rosto dela com a outra mão e ela sorriu em aprovação. Logo depois ela se atirou no pescoço dele a o abraçou com força. Ele riu e a pegou no colo.
- A cara do pai, mas o gênio do tio. – ele sorriu pra mim e eu retribui.

Giovanna ficava na casa dos avós a tarde inteira, enquanto eu ia para o restaurante, que eu herdara de meus pais, estes que faleceram em um grave acidente de carro. Outra perda. Minha vida era definitivamente cheia de perdas. Quando meus pais faleceram, encontrei em Alexandre um refugio, um refugio feliz. Quando estávamos juntos era tudo perfeito. Mas ele também me deixara, não dessa pra melhor. Ele me deixara por outra. Por outra mulher. Juras de amor? Apenas ditas em vão. Nada do que dissemos um ao outro durante quatro anos valeu naquele momento. Ele simplesmente fez as malas e fugiu, me deixando com nossa filha, e com a dor que aumentava cada dia mais. Pensar em perdê-lo era horrível, mas perdê-lo literalmente, era pior ainda. Dediquei anos da minha vida a ele, e o que ele me deu em troca foram lágrimas. Meus olhos ardiam com cada lembrança quando cheguei ao restaurante.

- Annie, tudo bem? – Dulce veio até mim assim que entrei no escritório. Dulce, minha melhor amiga, quase minha irmã. Crescemos juntas, uma cuidando da outra. Nos conhecemos perfeitamente, e sabemos quando a outra está mal.
- Uhum. – assenti e dei um sorrisinho. Percebi que ela não havia se convencido, então me aproximei e abracei-a. – Estou muito bem. – tentei fazer minha melhor voz, mas não deu muito certo.
- Sei. – ela me olhou desconfiada mas não insistiu. – Precisamos de um garçom. 
- Por quê? – a olhei enquanto me sentava e folheava alguns papeis.
- Um deles se demitiu. – ela me olhou séria. – Estava com medo de o demitirmos, então preferiu sair por si só.
- Por quê? – parei de folhear e a encarei.
- Ele... pôs fogo na cozinha. – ela suspirou. – Acabou derrubando um pano sobre o fogo, e nem percebeu.
- O que? Como você vem me contar isso só agora? – comecei a ficar nervosa, e me levantei. – Qual foi o prejuízo? 
- Calma Annie. Não te contei porque foi ontem a noite, depois de você sair. Não aconteceu nada demais. Alguns queimadinhos, mais nada. Se quiser pode ir lá conferir. – ela pareceu meio irritada e eu me senti culpada.
- Não, tudo bem, confio em você. – suspirei e sentei-me novamente.