Fanfic: Quiero estar junto a ti AyA

Olhei mais alguns papéis e depois desci até o restaurante para ver como estava tudo. Um sucesso. Sorri enquanto olhava o que meus pais construíram, e agora eu dava continuidade aquele projeto. E estava me saindo muito bem. Como Dulce me garantira, não houve muitos estragos, mas agora estávamos sem um garçom. E como o movimento aumentava a cada dia, daqui a pouco não teremos que contratar apenas um, e sim dois ou até três rapazes. 
- Pensando em que? – me assustei com a voz de Poncho e me virei para encará-lo.
- O que faz aqui?
- Vim te levar pra jantar. – ele sorriu e eu ri.
- Já estamos em um restaurante. E não. Tenho muitas coisas a fazer. 
- Que isso Annie. Vai deixar que minha mãe puxe minhas orelhas? Ela que sugeriu. Achou que você precisava sair e se divertir um pouco, e que eu seria uma boa companhia. – ele deu um sorriso torto, me deixando meio boba.
- E você ainda ta pedindo isso obrigado? – eu ri. – E não sei se você é uma boa companhia, já que conheço você a menos de vinte e quatro horas. – ele deu de ombros, como se não tivesse ouvido a segunda parte.
- Não é obrigado. Eu quero levar você pra jantar. Será bom pra nós dois. Ainda não pude ver como andam as coisas por essa cidade. Passei muito tempo fora sabia? Preciso me interar das fofocas. 
Ele esperou uma resposta e eu fitei o nada, pensando. Não sabia se era uma boa ideia. Primeiro, porque não podia deixar tudo ali nas costas de Dulce, não era justo ela se divertir enquanto Dulce trabalhava. Segundo, tinha Giovanna.
- Não sei Poncho, acho que não dá. Não agora. – suspirei e fui andando para a cozinha.
- Eu espero o restaurante fechar. – ele se sentou em uma mesa e fez sinal para o garçom.
- Poncho. - parei e o encarei. – Tem Giovanna também, tenho que buscá-la. – ele riu.
- Annie, ela está com a minha mãe, pode muito bem dormir lá hoje, ela não se importaria. Nenhuma das duas. 
- Poncho, ela já passa o dia inteiro lá dando trabalho pra sua mãe. Até estou pensando em colocá-la na escola em período integral, seria melhor pra ambos.

- Ela não da nenhum trabalho. Fiquei o dia inteiro com lá, e ela é realmente uma menina encantadora. – ele abriu um largo sorriso. – É como um anjinho Annie, não tem porque você estar assim. Esperarei e assunto encerrado. – nesse ponto, igual ao irmão, teimoso.
Suspirei e continuei meu caminho, enquanto observava ele pedir um vinho.
O jantar foi uma correria, muitos clientes. Poncho não saiu de onde estava nenhuma hora. Suspirei e me senti culpada por fazê-lo esperar, mas fazer o que, era muito teimoso. Finalmente, quando o ultimo cliente saiu, a exatamente meia noite e trinta e sete minutos, suspirei de alivio. 
- Amém. – Dulce riu, enquanto pegava sua bolsa e se dirigia até a saída. 
- Dois votos. – ri e a segui, enquanto Poncho vinha atrás de mim. Dulce ainda não havia percebido a presença dele.
- Onde quer ir? – ele se juntou ao meu lado, perguntando, com o sorriso de sempre.
Senti Dulce estremecer a minha frente, logo que ouviu a voz dele.
- Pon-cho? – ela se virou devagar e o encarou. Me perguntei o que estava acontecendo, ela o conhecia? Como eu não sabia disso? 
- Ardilla? – ele a encarou da mesma forma, o sorriso aumentando. 
- Poncho, seu vadio! – ela riu e o abraçou. – Por onde você andou?
- Vocês se conhecem? – perguntei, ainda sem entender.
- Sim. Nos conhecemos no colegial. Depois ele começou a viajar e sumiu. – ela sorria, ainda abraçada a ele.
- Dulce, ele é o irmão do Alexandre. – olhei, respirando fundo.
- Como? – ela arregalou os olhos, estática. – Não, Poncho não tinha irmãos, era filho único. – ela o encarou. – Ou não era? – Poncho caiu na gargalhada.
- Minha vida no colegial foi uma mentira. – ele ria sem parar.