Fanfics Brasil - Capítulo III - Final Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo III - Final

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Dedicado à kikaherrera!



Anahí sentiu o sangue gelar em suas veias. Não era capaz de falar, ou mover-se. Permaneceu sentada em silêncio, chocada pelo impacto das palavras de Poncho.


Ele continuou a falar em seu tom direto e calmo. Ele não é humano, pensou Anahí. É uma máquina. Um robô.


— A bala deve ter atravessado o vidro, pouco atrás da direção da sua cabeça. Foi por isso que o vidro estilhaçou. Então, foi alojar-se na forração da porta do passageiro, onde ainda deve estar. Será retirada. Ainda hoje, teremos a confirmação do calibre e, possivelmente, do tipo de arma utilizado. O que ainda não sei... o que você terá de me dizer... é porque alguém está tentando matá-la.


Anahí sacudiu a cabeça.


— Só pode ser um engano.


— Esse cara teve um grande trabalho. Bombardeou uma igreja, seguiu você, atirou em você. Não pode ser um engano.


— Tem de ser!


— Pense em todas as pessoas possíveis, que pudessem querer causar-lhe mal. Pense, Anahí.


— Já lhe disse. Não tenho inimigos!


— Deve ter.


— Não tenho! Não... — ela soluçou e escondeu o rosto nas mãos. Então, murmurou: — Não tenho inimigos.


Após um longo momento de silêncio, Poncho falou com voz suave.


— Sinto muito. Sei o quanto é difícil aceitar...


— Não, você não sabe! — ela ergueu a cabeça para fitá-lo. — Não faz idéia, detetive. Sempre acreditei que as pessoas gostavam de mim. Ou, ao menos, que não me odiavam. Agora, está me dizendo que existe alguém querendo... — Desviou os olhos para a estrada.


Poncho deixou o silêncio estender-se. Sabia que Anahí encontrava-se em condição frágil demais para mais perguntas. Além disso, suspeitava que ela estivesse sofrendo mais, física e emocionalmente, do que admitia. A julgar pelo estado do carro, aquele corpo delicado sofrerá um golpe terrível, poucas horas antes.


No pronto-socorro, Poncho aguardou na sala de espera, enquanto Anahí era examinada pelo médico de plantão. Depois de algumas radiografias, ela saiu, parecendo ainda mais pálida do que antes. A realidade começava a se impor, pensou Poncho. O perigo era verdadeiro e ela já não podia negá-lo.


De volta ao carro de Poncho, Anahí sentou-se em silêncio. Ele a fitava de vez em quando, esperando por uma crise de choro, alguma reação histérica. Mas ela continuou quieta, deixando-o preocupado. Aquilo não era saudável.


— Não deveria ficar sozinha, esta noite — ele falou. — Tem algum lugar para onde possa ir?


A resposta foi um leve dar de ombros.


— A casa de sua mãe? — Poncho sugeriu. — Irei com você até sua casa, para que faça a mala e...


— Não. Não quero ir para a casa de minha mãe — Anahí murmurou.


— Por que não?


— Não quero... criar uma situação... embaraçosa para ela.


— Para ela? Desculpe perguntar, mas não é para isso que servem as mães? Para nos apanhar no colo, quando precisamos?


— O casamento de minha mãe não é dos mais... estáveis.


— Ela não tem o direito de receber a própria filha em sua casa?


— A casa não é dela, detetive. É do marido. E ele não gosta muito de mim. Para ser honesta, o sentimento é mútuo.


Anahí voltou a olhar para a estrada e Poncho deu-se conta do quanto ela era corajosa. Corajosa e solitária.


— Desde o dia em que se casaram, Edward Warrenton tem controlado cada detalhe da vida de minha mãe. Ele a maltrata, e ela aceita sem dizer palavra, porque o dinheiro faz o sofrimento valer a pena. Cansei de assistir àquilo tudo calada e, um dia, disse a ele tudo o que pensava a seu respeito.


— Pois me parece que era exatamente o que tinha de fazer.


— Minha atitude não ajudou em nada a harmonia familiar. Tenho certeza de que ele arranjou aquela viagem de negócios a Chicago só para poder estar ausente em meu casamento. Sei que não deveria ficar zangada com minha mãe, mas estou. Porque ela jamais o enfrentou.


— Muito bem. Então, não a levarei para a casa de sua mãe. E quanto ao velho e bom papai? Vocês se dão bem?


Anahí assentiu.


— Acho que posso ficar na casa dele.


— Bom, pois não a deixaria sozinha esta noite, por nada neste mundo.


A frase mal escapara dos lábios de Poncho, quando ele se deu conta de que não deveria tê-la pronunciado. Soara como se ele se importasse demais, como se os sentimentos estivessem se misturando ao dever. E ele era um bom policial, cauteloso o bastante para não permitir que isso acontecesse.


Sentiu o olhar surpreso de Anahí na escuridão do carro.


Em tom mais frio do que desejava, falou:


— Você pode ser minha única ligação com o caso da bomba. Preciso mantê-la viva, para me ajudar nas investigações.


— Ah... Claro — ela murmurou, voltando a olhar para a frente. E não disse outra palavra, até chegarem à sua casa, na Ocean View Drive.


Assim que Poncho estacionou, Anahí abriu a porta e foi saindo do carro. Ele a segurou pelo braço e puxou-a de volta.


— Espere.


— O que foi?


— Espere aqui um instante.


Poncho varreu a rua com seus olhos treinados, à procura de outros carros, outras pessoas, qualquer coisa suspeita. A rua estava deserta.


— Tudo bem — falou, saiu do carro e foi abrir a porta de Anahí. — Faça apenas uma mala. Só teremos tempo para isso.


— Não planejei carregar toda a mobília.


— Estou só tentando tornar as coisas mais simples. Se alguém está mesmo atrás de você, é para cá que virá. Portanto, não vamos fazer hora, está bem?


O comentário, feito com o intuito de enfatizar o perigo, surtiu o efeito desejado. Anahí saiu do carro e foi até a porta em velocidade surpreendente. Poncho teve de convencê-la a esperar na varanda, enquanto ele fazia uma breve inspeção da casa.


Alguns minutos depois, ele voltou.


— Está vazia.


Enquanto Anahí arrumava a mala, Poncho passeou pela sala. Tratava-se de uma casa antiga, mas espaçosa, mobiliada com muito bom gosto, com uma linda vista para o mar. O tipo de casa na qual se esperava que um médico vivesse. Aproximou-se do piano Steinway e tocou algumas notas.


— Quem toca piano? — perguntou.


— Christopher — a resposta veio do quarto. — Não tenho ouvido para música.


Poncho concentrou-se no porta-retrato sobre o piano. Era uma foto instantânea de Anahí e um sujeito de cabelos loiros e olhos azuis. Sem dúvida, tratava-se de Christopher Bledsoe.


O doutor, ao que parecia, tinha tudo o que se poderia desejar: boa aparência, dinheiro e um diploma em medicina. E a mulher. Uma mulher que ele já não queria. Poncho atravessou a sala e pôs-se a observar a grande coleção de diplomas pregados na parede. Dr. Bledsoe era o genro dos sonhos de qualquer mãe. Não era de se espantar que Lydia Warrenton houvesse tentando convencer a filha a reatar o relacionamento.


O telefone tocou, provocando uma descarga de adrenalina na corrente sangüínea de Poncho.


— Devo atender? — Anahí perguntou, parada na porta, com as feições tensas.


— Atenda.


Após um momento de hesitação, ela apanhou o fone. Poncho aproximou-se, para ouvir.


— Alô?


Ninguém respondeu.


— Alô? — Anahí repetiu. — Quem está falando? Alô?


Ouviu-se um clique e, então, o sinal de ocupado.


Anahí olhou para Poncho. Estavam tão próximos que os cabelos negros e sedosos quase roçaram o rosto dele. Poncho descobriu-se a fitar as profundezas daqueles grandes olhos azuis e sentiu a reação do próprio corpo àquela proximidade.


Isto não deveria estar acontecendo. Não posso permitir que aconteça.


Recuou um passo, a fim de aumentar a distância entre eles. Mesmo afastados, ele ainda sentia a atração. Aquela mulher estava atrapalhando a sua capacidade de raciocínio claro e lógico. E isso era muito perigoso.


Baixou os olhos e descobriu que a luz da secretária eletrônica piscava.


— Você tem recados — falou.


— O que disse?


— A secretária eletrônica. Há três recados gravados.


Atordoada, Anahí olhou para o aparelho e pressionou um botão.


Ouviram três sinais de bip, três momentos de silêncio, três sinais de ocupado.


Aparentemente paralisada, Anahí olhou fixamente para o telefone.


— Por que? — murmurou. — Por que estão ligando e desligando?


— Só para verificar se você está em casa.


A implicação daquela resposta atingiu-a com força total. Anahí afastou-se do telefone, como se fosse uma cobra.


— Preciso sair daqui — falou e correu para o quarto.


Poncho seguiu-a. Ela atirava peças de roupa na mala, sem preocupar-se em dobrá-las. Calças, blusas e roupas de baixo amontoavam-se sem nenhuma ordem.


— Somente o necessário — ele disse. — Vamos embora.


— Sim, você tem razão — Anahí concordou e correu para o banheiro.


Poncho ouviu-a revirar os armários. Em seguida, ela voltou, carregando uma sacola de maquilagem lotada, que atirou na mala.


Ele fechou a mala.


No carro, ela sentou em silêncio, os braços em torno do corpo. Poncho manteve os olhos atentos ao retrovisor, verificando se estavam sendo seguidos, mas não viu outro carro, nada suspeito.


— Relaxe. Está tudo bem. Vou levá-la até a casa de seu pai e poderá descansar um pouco.


— E então? — ela perguntou num fio de voz. — Por quanto tempo ficarei escondida lá? Semanas? Meses?


— O tempo necessário para resolvermos este caso.


Ela sacudiu a cabeça num gesto de tristeza e confusão.


— Nada disso faz sentido.


— É possível que tudo se esclareça, depois de conversarmos com o seu noivo. Faz idéia de onde ele possa estar?


— Parece que eu sou a última pessoa em quem Christopher confia... O bilhete dizia que ele estaria deixando a cidade por alguns dias. Acho que ele precisava fugir... de mim.


— De você, ou de alguma outra pessoa?


Ela sacudiu a cabeça.


— Existem tantas coisas que não sei, que ele nunca se preocupou em me contar. Ah, como eu gostaria de compreender. Acho que seria capaz de enfrentar tudo se, ao menos, compreendesse o que está acontecendo.


Que tipo de homem era Christopher Bledsoe?, Poncho perguntou-se. Que tipo de homem deixaria sozinha uma mulher como aquela? Abandoná-la sozinha para enfrentar o perigo deixado em seu rastro.


— Quem quer que tenha feito aquela ligação poderá aparecer na casa — Poncho falou. — Gostaria de ficar de guarda, descobrir quem aparece.


Anahí assentiu.


— Sim, claro.


— Posso ter acesso?


— Está falando em... entrar?


— Se o suspeito aparecer, é provável que tente invadir a casa. Gostaria de estar à espera dele.


Ela fitou-o.


— Você pode ser morto!


— Acredite, srta. Cormier, não faço o tipo herói. Não corro riscos desnecessários.


— Mas, se ele aparecer...


— Estarei preparado.


Poncho lançou-lhe um sorriso, tentando reassegurá-la. Ela não pareceu segura. Ao contrário, mostrou-se mais assustada do que nunca.


Por mim?, ele perguntou-se. E tal idéia, de maneira inexplicável, animou-lhe o espírito. Perfeito! O próximo passo seria enfiar a cabeça numa forca, tudo por causa de um par de grandes olhos azuis. Aquela era uma situação típica, que todos os policiais eram advertidos a evitar: assumir o papel de herói para uma mulher atraente. Isso poderia levá-los à morte.


Poderia levá-lo à morte.


— Não deveria fazer isso sozinho — Anahí falou.


— Não estarei sozinho. Pedirei reforços.


— Tem certeza?


— Sim, absoluta.


— Promete? Não vai correr riscos?


— Quem é você? Minha mãe? — Poncho inquiriu irritado.


Anahí apanhou as chaves na bolsa e atirou-as sobre o painel.


— Não, não sou sua mãe — retrucou. — Mas você é o tira designado e preciso que esteja vivo para resolver este caso.


Ele fizera por merecer tal resposta. Ela se mostrara preocupada com sua segurança, e ele reagira com sarcasmo. E nem sabia por quê. Tudo o que sabia era que, cada vez que fitava aqueles olhos fascinantes, era invadido pelo impulso de enfiar o rabo entre as pernas e sair correndo. Antes de cair na armadilha.


Minutos depois, atravessaram os portões de ferro da casa do pai de Anahí. Ela nem esperou que Poncho abrisse sua porta. Saiu do carro e subiu os degraus de pedra. Poncho seguiu-a, carregando a mala e examinando o exterior da mansão. Era enorme e mais impressionante que a casa de Lydia Warrenton. Além disso, possuía a última palavra em sistemas de segurança. Ao menos por aquela noite Anahí estaria a salvo.


A campainha soou como os sinos de uma igreja. Poncho ouviu o eco dissipar-se pelo que deveriam ser dúzias de aposentos. A porta foi aberta por uma loira... e que loira! Com pouco mais de trinta anos, ela vestia um macacão de lycra brilhante, que aderia a cada curva. Uma camada fina de suor cobria seu rosto e, de um outro aposento, podia-se ouvir as batidas da música de um vídeo de ginástica.


— Olá, Daniella — Anahí cumprimentou-a em voz baixa.


Daniella assumiu um ar de simpatia automático demais para parecer genuíno.


— Ah, Anahí, sinto muito pelo que aconteceu hoje! Wendy telefonou e contou sobre a igreja. Alguém se machucou?


— Não, não. — Anahí hesitou, como se temesse fazer a pergunta a seguir. — Posso passar a noite aqui?


A expressão de simpatia desvaneceu no mesmo instante. Daniella olhou para a mala que Poncho carregava.


— Eu... vou conversar com seu pai. Ele está na banheira e...


— Anahí não tem escolha. Terá de passar a noite aqui — Poncho interrompeu-a, entrando na casa. — Não é seguro para ela ficar sozinha.


Daniella olhou para Poncho e ele viu um brilho vago de interesse iluminar aquelas profundezas azuis.


— Acho que não ouvi seu nome — ela falou.


— Este é o detetive Navarro — Anahí apresentou-o —, do esquadrão antibombas de Portland. E esta — disse a Poncho —, é Daniella Cormier, minha... esposa de meu pai.


Madrasta seria o termo adequado, mas aquela loira de tirar o fôlego não poderia ser a mãe de ninguém. E o olhar que ela lançava para Poncho podia ser tudo, menos maternal.


Daniella inclinou a cabeça num gesto que ele reconheceu como curioso e, ao mesmo tempo, provocante.


— Então, é um tira?


— Sim, madame.


— Esquadrão antibombas? Então, é o que realmente acha que aconteceu na igreja? Uma bomba?


— Não estou autorizado a falar do assunto — ele disse. — Não enquanto não encerrarmos as investigações. — Virou-se para Anahí. — Se vai ficar bem aqui, então irei embora. Não se esqueça dê trancar os portões e acionar o alarme contra roubo. Falaremos pela manhã.


Ao despedir-se, seu olhar fixou-se no de Anahí e, mais uma vez, ele foi tomado de surpresa pela própria reação àquela mulher. A atração era tão poderosa que ele se viu lutando para escapar com vida.


E conseguiu. Com um aceno, virou-se e saiu.


Lá fora, Poncho observou a casa mais uma vez. Parecia segura. Com mais duas pessoas lá dentro, Anahí estaria em segurança. Ainda assim, Poncho perguntou-se se aquelas duas pessoas em particular seriam de grande ajuda num momento de crise. Um pai submerso na banheira e uma madrasta metida num macacão de lycra não inspiravam muita confiança. Anahí, ao menos, era uma mulher inteligente. Poncho sabia que ela se manteria alerta a qualquer sinal de perigo.


Voltou para a casa de Christopher Bledsoe, na Ocean View, e estacionou o carro numa rua transversal.


Utilizando as chaves de Anahí, entrou e ligou para Gillis, pedindo que enviasse uma patrulha para rondar a área. Então, fechou as cortinas e esperou. Eram nove horas.


As nove e meia, já se sentia inquieto. Andou de um lado para o outro da sala, foi à cozinha, à sala de jantar. Qualquer um que estivesse vigiando a casa esperaria ver luzes se acendendo e apagando em cômodos diferentes, em momentos diferentes. Talvez, o criminoso estivesse apenas esperando que os residentes fossem dormir.


Poncho apagou a luz da sala e foi para o quarto.


Anahí esquecera a gaveta da cômoda aberta. Poncho, andando de um lado para o outro, diante da tentadora visão de roupas de baixo femininas. Uma peça de seda preta chamou-lhe a atenção. Incapaz de resistir, ele se aproximou e apanhou-a.


Era uma camisola minúscula, com rendas e fitas de cetim, feita para esconder pouco, muito pouco. Ele atirou-a de volta e fechou a gaveta.


Estava se distraindo de novo. Isso não podia acontecer. Anahí Cormier o estava levando a agir como um novato tolo.


Até então, por força do seu trabalho, esbarrara em outras mulheres, incluindo as inevitáveis sedutoras. Mulheres como aquela perua de macacão de lycra, Daniella Cormier, a madrasta de Anahí. Conseguira manter o zíper da calça fechado e a cabeça no lugar. Era uma questão de autocontrole, bem como de autopreservação. As mulheres que conhecia em seu trabalho estavam, geralmente, metidas em algum tipo de problema, e era comum considerarem Poncho o seu cavaleiro salvador, a resposta masculina a todos os seus problemas.


Tratava-se de uma fantasia que jamais durava. Mais cedo ou mais tarde, o cavaleiro era despido de sua armadura e elas o viam pelo que realmente era: apenas um tira. Não era rico nem brilhante. Não possuía nenhuma qualidade que o destacasse.


Acontecera uma vez. Apenas uma vez. Ela era uma aspirante a atriz, tentando escapar de um namorado violento. Ele, um novato designado para vigiá-la. A química era certa. A situação era certa. Mas a garota era totalmente errada. Por algumas semanas, ele estivera apaixonado, acreditando que ela o amava.


Então, ela o dispensara.


Poncho aprendera uma lição dura, porém duradoura: romance e trabalho policial não podem se misturar. Nunca mais ele havia cruzado aquela linha, enquanto estava de serviço, e não o faria com Anahí Cormier.


Afastava-se da cômoda, quando ouviu um ruído.


Vinha de algum ponto próximo à entrada da casa.


Poncho apagou a luz do quarto e sacou a arma. Avançou pelo corredor. Parou na porta da sala, os olhos treinados examinando a escuridão.


A luz da rua proporcionava-lhe visão suficiente para verificar que não havia o menor movimento no aposento.


Então, ouviu um som baixo, vindo da porta.


Poncho mirou a porta. Estava agachado, pronto para atirar. A silhueta de um homem fez-se visível à luz da rua.


— Polícia! — Poncho gritou. — Não se mova!



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Autor(a): letiportilla

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jl: Eu me baseei numa história escrita pela autora Tess Gerritsen, como está escrito na introdução. E ela escreve muito bem mesmo, é uma das minhas autoras preferidas. Eu li esse livro, gostei e achei que seria legal adaptá-lo numa web AyA. Acompanhe, acredito que você irá gostar ;) A silhueta imobilizou-se. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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