Fanfics Brasil - Capítulo I - Continuação Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo I - Continuação

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Adna: Já coloquei uma foto rsrsrs e não se preocupe sobre os comentários, já tinha visto que você tava sem net ;)



— Vocês dois, sem a menor sombra de dúvida, são os maiores encrenqueiros do ano.


Poncho Navarro, detetive da polícia de Portland, sentado diante do descontrolado Norm Liddell, nem sequer piscou. Eram cinco as pessoas presentes na sala de reuniões da delegacia, e Poncho não estava disposto a dar àquele promotor almofadinha o prazer de vê-lo abalar-se em público. Nem se atreveria a negar as acusações, pois haviam mesmo se metido numa encrenca. Ele e Gillis haviam cometido um erro grave e, agora, um policial estava morto. Era verdade que o policial em questão era um grande idiota, mas, ainda assim, era um policial.


— Em nossa defesa — declarou Gordon Gillis, parceiro de Sam —, gostaria de dizer que, em momento algum, autorizamos Marty Pickett a se aproximar da área. Não tínhamos idéia de que ele havia atravessado o cordão de isolamento...


— Vocês ficaram encarregados da cena da explosão — Liddell interrompeu-o —, o que os torna responsáveis.


— Espere um instante — Gillis protestou. — O oficial Pickett teve grande parcela de culpa.


— Pickett era apenas um novato.       


— Ele devia ter seguido as instruções. Se ele...


— Chega, Gillis — Poncho falou.


Gillis virou-se para o parceiro.


— Poncho, estou apenas tentando defender nossa posição.


— Não vai adiantar, pois é óbvio que já fomos escolhidos para bodes expiatórios. — Poncho reclinou-se na cadeira e encarou Liddell. — O que deseja, sr. promotor? Uma retratação pública? Ou nosso pedido de demissão?


— Ninguém quer a sua demissão — quem respondeu foi o chefe de polícia, Abe Coopersmith. — E esta discussão não está nos levando a lugar algum.


— Precisamos tomar medidas disciplinares — disse Liddell. — Um policial está morto e...


— Acha que não sei disso? — replicou Coopersmith. — Eu tive de dar a notícia à viúva, para não falar daqueles malditos repórteres. Não me venha com essa história de nós, sr. promotor. Foi um dos nossos que morreu, um tira, não um advogado.


Poncho olhou para o chefe surpreso. Era uma experiência nova ter Coopersmith do seu lado. O Abe Coopersmith que conhecia era um homem de poucas palavras, menos ainda elogiosas. Estava reagindo daquela maneira porque Liddell estava tentando encurralar todos eles. Quando se viam sob fogo cerrado, os policiais eram sempre unidos.


— Vamos voltar ao cerne do nosso problema — disse Coopersmith. — Temos alguém explodindo bombas na cidade, bem como nossa primeira fatalidade. O que descobrimos? — Olhou para Poncho, chefe do recém-reinaugurado esquadrão antibombas. — Navarro?


— Não muito — Poncho admitiu. Abriu a pasta e retirou diversas folhas de papel, distribuindo cópias para os quatro homens sentados em torno da mesa: Liddell, Coopersmith, Gillis e Ernie Takeda, especialista em explosivos do laboratório criminal do Estado de Maine. — A primeira explosão ocorreu por volta das duas e quinze da madrugada. A segunda, por volta de duas e trinta. Foi a segunda que realmente destruiu o armazém R. S. Hancock. Também causou danos menores a dois edifícios vizinhos. Foi o vigia noturno quem encontrou a primeira bomba. Percebeu sinais de invasão e revistou o prédio. A bomba foi deixada sobre a mesa de um dos escritórios. Ele fez a chamada à uma e trinta. Gillis chegou lá por volta de uma e cinqüenta. Eu, às duas. Isolamos a área e o esquadrão acabara de chegar, quando a primeira explodiu. Quinze minutos depois, antes que pudéssemos revistar o edifício a segunda bomba detonou. E matou o oficial Pickett. — Poncho olhou para Liddell mas, desta vez, o promotor decidiu manter a boca fechada. — A dinamite foi fabricada pela Dupont.


— Com o mesmo número de lote das bombas do ano passado? — Coopersmith inquiriu.


— Provavelmente — Poncho respondeu —, uma vez que aquele lote foi o único grande roubo de dinamite registrado em muitos anos.


— Mas o caso James de explosões foi solucionado há um ano — disse Liddell. — E sabemos que Derrick James está morto. Então, quem está fazendo estas bombas?


— Podemos estar lidando com um aprendiz de James. Alguém que não só aprendeu a técnica de seu mestre como também tem acesso ao seu suprimento de dinamite. Aliás, devo lembrá-los de que o tal lote nunca foi encontrado.


— Você ainda não confirmou que a dinamite pertence ao mesmo lote — Liddell argumentou. — Talvez as explosões atuais não tenham nada a ver com as bombas de James.


— Temos outra evidência — Poncho continuou —, e acho que você não vai gostar. Por favor, Ernie — dirigiu-se a Takeda.


O técnico, que detestava falar em público, manteve os olhos fixos no relatório.


— Baseados nos materiais encontrados no local da explosão, podemos levantar hipóteses preliminares com relação à origem da bomba. Acreditamos que o fuso de ação elétrica foi disparado por um circuito eletrônico. Este, por sua vez, detonou a dinamite através de um fio detonador Prima. Os explosivos estavam atados por um adesivo elétrico verde. — Takeda finalmente ergueu os olhos. — Trata-se de um circuito idêntico ao que o falecido Derrick James utilizou em suas explosões, no ano passado.


Liddell virou-se para Poncho.


— O mesmo circuito, o mesmo lote de dinamite? Que diabos está acontecendo?


— Está evidente — disse Gillis —, que Derrick James transmitiu parte de suas habilidades para alguém, antes de morrer. Agora, temos um louco de segunda geração em nossas mãos.


— Precisamos juntar as peças do perfil psicológico do novo criminoso — Poncho anunciou. — James agia por puro interesse financeiro. Era contratado para fazer o serviço e o fazia com eficiência e sangue frio. Nosso novo homem também deve estabelecer um padrão.


— Está dizendo — concluiu Liddell —, que espera que o sujeito ataque novamente.


Poncho assentiu.


— Infelizmente, é exatamente o que estou dizendo.


Após uma leve batida na porta, uma policial entreabriu-a.


— Com licença. Há uma ligação para Navarro e Gillis.


— Eu atendo — Gillis falou e foi até o telefone instalado na parede.


Liddell continuava observando Poncho.


— Então, é isto o que a elite policial de Portland pode fazer? Vamos esperar por mais uma explosão, para estabelecermos um padrão? Então, talvez tenhamos uma idéia do que estamos fazendo, com o que estamos lidando?


— Uma explosão, sr. Liddell — Poncho falou calmamente —, é um ato de covardia. Trata-se da violência ocorrida na ausência de quem a perpetrou. Vou repetir: ausência. Não contamos com identidade, impressões digitais, testemunhas ou...


— Chefe — Gillis interrompeu-o, desligando o telefone. — Acaba de ocorrer uma nova explosão.


— O quê! — Coopersmith exclamou.


Poncho já se adiantava para a porta.


— O que foi desta vez? — perguntou Liddell. — Outro armazém?


— Não — Gillis respondeu. — Uma igreja.



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Autor(a): letiportilla

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A polícia havia isolado a área, quando Poncho e Gillis chegaram à igreja do Bom Pastor. A multidão reunida na rua espiava curiosa. Três carros de patrulha, dois de bombeiros e uma ambulância estavam estacionados desordenadamente na Forest Avenue. O caminhão do esquadrão antibombas encontrava-se diante do que antes fora a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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