Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]
Anahí ficou sozinha da cama, tentando desfazer a confusão de emoções. Nada mais fazia sentido. Nada se encontrava sob controle. Tentou lembrar-se de quando sua vida era simples e tranqüila. Fora antes de Christopher, antes de ela se deixar envolver pelas fantasias de um casamento perfeito. Fora aí que errara: ao acreditar em fantasias.
A realidade era que crescera num lar desfeito, assistindo à sucessão de padrastos e madrastas, filha de pais que se desprezavam. Até conhecer Christopher, Anahí nem sequer pensava em casar-se. Estivera contente com sua vida e seu trabalho. Fora isso o que sempre lhe dera o apoio necessário: o trabalho.
Podia recuperar aquela condição. E era o que ia fazer.
O sonho de um casamento feliz, aquela fantasia, estava fora de cogitação.
* * *
Poncho acordou ao amanhecer. O sofá era mais desconfortável do que ele imaginara. Seu sono fora agitado, seu ombro doía e, às sete horas da manhã, ele não tinha a menor disposição para companhia. Por isso, quando o telefone tocou, ele teve de fazer um grande esforço para atender com civilidade.
— Alô?
— Navarro, você me deve uma explicação — Abe Coopersmith falou sem preâmbulos.
Poncho suspirou.
— Bom dia, chefe.
— Acabo de ouvir o diabo de Yeats, de Homicídios. Eu não deveria ter de lhe dizer isto, Poncho. Afaste-se da srta. Cormier.
— Tem razão. Não deveria ter de me dizer, mas já disse.
— Está tendo um caso com ela?
— Achei que ela corria perigo. Por isso, fiquei com ela.
— Onde ela está agora?
Poncho ficou em silêncio. Não poderia esquivar-se à pergunta. Tinha de responder.
— Está aqui — admitiu. — Em minha casa.
— Droga!
— Alguém nos seguiu, ontem à noite. Achei que não seria prudente deixá-la sozinha, desprotegida.
— Então, levou-a para a sua casa! Onde, exatamente, você deixou o seu bom senso?
Não sei, Poncho pensou, eu o perdi quando olhei para os grandes olhos azuis de Anahí Cormier.
— Não me diga que está envolvido com ela — disse Coopersmith. — Pelo amor de Deus, não me diga isso.
— Não estamos envolvidos.
— Peço a Deus que não estejam, pois Yeats a quer aqui para interrogatório.
— Pelo assassinato de Christopher Bledsoe? Yeats está no caminho errado. Ela não sabe de nada.
— Ele quer interrogá-la. Traga-a para cá. Em uma hora.
— Ela tem um álibi inabalável.
— Traga-a, Navarro.
Coopersmith desligou.
Não havia saída. Por mais que detestasse a idéia, Poncho teria de entregar Anahí aos rapazes de Homicídios. O interrogatório poderia ser brutal, mas eles tinham de fazer o seu trabalho. Como policial, Poncho não poderia colocar-se no caminho deles.
Foi até o quarto e bateu na porta. Como ela não respondesse, ele a abriu com cuidado e espiou.
Ela dormia profundamente, os cabelos negros espalhados sobre o travesseiro. A visão provocou-lhe o desejo imediato. Teve de ficar parado alguns momentos, a fim de recuperar o controle. Só então entrou.
Ela abriu os olhos e fitou-o com ar sonolento e vulnerável. Poncho sentiu um nó na garganta.
— Precisa levantar — informou-a. — Os detetives de Homicídios querem vê-la.
— Quando?
— Dentro de uma hora. Pode tomar um banho. Já preparei o café.
Ela não disse nada. Apenas fitou-o com expressão confusa. E não era de admirar. Afinal, poucas horas antes, estavam nos braços um do outro.
Agora, ele agia como um estranho.
Poncho concluiu que errara ao entrar no quarto e aproximar-se da cama. Assim, afastou-se na direção da porta.
— Tenho certeza de que farão somente as perguntas de rotina — disse. — Mas, se preferir chamar um advogado...
— Por que eu precisaria de um advogado?
— Não é má idéia.
— Não preciso de advogado porque não fiz nada.
O olhar de Anahí foi direto, um desafio. Poncho quisera apenas proteger os direitos dela, mas ela compreendera mal e achara que ele a estava acusando.
No momento, ele não contava com a paciência necessária para explicações.
— Estão à nossa espera — falou ao sair do quarto.
Enquanto Anahí tomava banho, Poncho tentou reunir ingredientes para um verdadeiro café da manhã. Só conseguiu encontrar pãezinhos e uma caixa de cereais vencida. A geladeira e a despensa eram uma visão patética. As desvantagens da vida de solteiro estavam se tornando evidentes demais e ele não estava gostando nada do que via.
Contrariado, saiu para apanhar o jornal. Quando voltava, parou de repente, olhando para o chão.
Havia uma pegada.
Ou, melhor, uma série de pegadas. Seguiam pela terra macia, passavam pela janela da sala e desapareciam entre as árvores. Era a sola de um sapato masculino, tamanho quarenta e dois, no mínimo.
Olhou para a casa e perguntou-se o que o homem que deixara aquelas pegadas conseguira ver, na noite anterior. Apenas a escuridão? Ou teria visto Anahí, andando de um lado para o outro, como se fosse um alvo móvel.
Foi até o carro e inspecionou de forma metódica e cuidadosa. Não encontrou nada.
Talvez estivesse paranóico. Aquelas pegadas podiam não significar nada.
Quando entrou na casa, encontrou Anahí terminando sua xícara de café. Ela tinha as faces coradas e os cabelos ainda molhados. Ao olhar para ele, ela franziu o cenho.
— Algo errado? — Anahí inquiriu.
— Não. Está tudo bem — Poncho respondeu. — Acho que está na hora de irmos embora.
Autor(a): letiportilla
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Eu deveria ter seguido o conselho de Poncho, Anahí pensou, e ter contratado um advogado. Estava na delegacia, sentada diante de três detetives de Homicídios. Embora fossem cordiais, eles mal disfarçavam a ânsia de apanhá-la. O detetive Yeats, especialmente, lembrou-a de um cão de guarda, pronto para o ataque, à espera ap ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03
Hainnnnnn
Acabou com o casamento *--*
Que lindo...serio amei essa adaptação...muito boa.
Obrigado por naum abandonar e sempre postar...amei a web de verdade.
Parabensss
E quero ler a nova *-*
beijoooo -
jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57
Hainnnnnn
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:51
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:45
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:39
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:34
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:24
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:19
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08
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