Fanfics Brasil - Capítulo VIII Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo VIII

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Rumo aos 200...


— Cara, você realmente destruiu o lugar — Gillis comentou.


Estavam na rua, atrás da fita amarela da polícia, esperando pelo resto do esquadrão antibombas. O edifício, ou o que restara dele, fora revistado e não havia outros explosivos no local. Agora, era a vez de Ernie Takeda agir. No momento, ele dava instruções aos seus técnicos, distribuindo sacos plásticos para armazenagem de evidências.


Poncho já sabia o que iam encontrar: fragmentos de dinamite Dupont, fita adesiva elétrica verde e fio detonador Prima. Os mesmos três componentes encontrados na igreja e no armazém.


E em todas as explosões provocadas por Derrick James.


Quem seria o herdeiro de James? E por que Anahí era o alvo, desta vez?


A simples tentativa de pensar sobre o assunto fez a cabeça de Poncho latejar. Ainda estava coberto de poeira, tinha o rosto machucado e inchado, e mal podia ouvir do ouvido esquerdo. Mas não tinha do que se queixar. Estava vivo.


Anahí não teria tido a mesma sorte.


— Preciso encontrá-la — disse —, antes que ele o faça.


— Entramos em contato com a família, de novo — Gillis informou-o. — Pai, mãe, irmã. Ela não apareceu.


— Para onde ela pode ter ido? — Poncho começou a andar de um lado para outro, a preocupação transformando-se em agitação. — Ela saiu da delegacia e pode ter tomado um ônibus ou táxi. Então, para onde foi?


— Sempre que fica nervosa, minha mulher sai para fazer compras — Gillis arriscou.


— Vou telefonar para a família de novo — Poncho falou, virando-se para seu carro. — Talvez ela já tenha dado notícias.


Estava estendendo o braço para apanhar o telefone dentro do Taurus quando parou, focalizando o olhar na multidão do outro lado da rua. A figura miúda, de cabelos negros, era inconfundível. Mesmo a distância, Poncho percebeu o medo, o choque, no rosto pálido.


— Anahí — murmurou e, no mesmo instante, pôs-se a correr, abrindo caminho pela multidão. — Anahí!


Ela o viu e também começou a mover-se na sua direção. Quando finalmente se encontraram, abraçaram-se. Naquele momento, nada mais existia no mundo de Poncho. Somente Anahí. Em seus braços, estava a jóia mais valiosa que já existira.


Com um sobressalto, Poncho deu-se conta da multidão que os cercava.


— Vou tirá-la daqui — disse.


Apertando-a contra si, levou-a até o carro, examinando rostos, atento a qualquer movimento suspeito.


Só depois de colocá-la em segurança dentro do carro Poncho permitiu-se respirar aliviado.


— Gillis! — chamou. — Cuide de tudo por aqui!


— Para onde vai?


— Levá-la a um lugar seguro.


— Mas...


Poncho não esperou para terminar a conversa. Manobrou o carro e dirigiu para longe dali. Para o norte.


Anahí olhava fixamente para ele, para o ferimento em seu rosto, a poeira em suas roupas.


— Meu Deus, Poncho! Você está ferido!


— Só estou um pouco surdo de um ouvido. De resto, tudo bem. — Percebendo que ela não se convencera, Poncho continuou: — Atirei-me no chão um instante antes da explosão. O detonador estava programado para cinco segundos após a abertura da porta. — Fez uma pausa e acrescentou sombrio: — Foi endereçado a você.


Ela não disse nada. Nem precisava. Poncho percebeu a compreensão nos olhos dela. Aquela bomba não poderia ter sido um engano. Anahí era o alvo e já não fazia sentido negar a verdade.


— Estamos investigando todas as pistas que temos — Poncho informou-a. — Yeats vai interrogar Daniella de novo, mas acho que não conseguirá nada. Encontramos uma impressão digital parcial nos fragmentos da bomba do armazém, e estamos esperando pelo laudo de identificação. Até lá, precisamos mantê-la viva. E isso significa que você terá de cooperar. Faça exatamente o que eu mandar. — Poncho suspirou irritado e apertou os dedos no volante. — O que você fez hoje é inadmissível, Anahí!


— Eu estava zangada. Precisava ficar longe de todos vocês, tiras.


— Então, desapareceu da delegacia sem me dizer para onde ia?


— Você me jogou para os leões, Poncho. Pensei que Yeats fosse me colocar as algemas. E você me abandonou nas mãos dele.


— Eu não tinha escolha. De um jeito ou de outro, ele ia interrogar você.


— Yeats pensa que sou culpada. E, como ele tem tanta certeza, achei que... que você também tinha suas dúvidas.


— Não tenho dúvida nenhuma — Poncho afirmou. — Não quanto a você. E, depois da bomba em seu apartamento, não creio que Yeats ainda acredite que seja culpada. Está evidente que você é o alvo do assassino.


Poncho seguiu para a rodovia interestadual.


— Para onde vamos? — Anahí inquiriu.


— Vou tirá-la da cidade. Portland não lhe oferece a menor segurança. Tenho uma cabana de pesca à margem do lago Coleman. É rústica, mas poderá ficar lá pelo tempo necessário.


— Não vai ficar comigo?


— Tenho um trabalho a fazer, Anahí. É a única maneira de conseguirmos respostas. Se eu fizer o meu trabalho.


— Claro. Você está certo. Às vezes, eu me esqueço de que você é um tira.


* * *


Do outro lado da rua, ele observava o trabalho da polícia, despercebido em meio à multidão. A julgar pelos escombros na rua, a explosão fora impressionante. Mas fora assim mesmo que ele havia planejado.


Era uma pena que Anahí Cormier continuasse viva.


Descobrira isso ao vê-la, escoltada pelo detetive Poncho Navarro, no meio da multidão. Reconhecera Navarro no mesmo instante. Durante anos, acompanhara a carreira do detetive, lera cada artigo sobre o esquadrão antibombas. Também sabia tudo sobre Gordon Gillis e Ernie Takeda. Era o seu trabalho. Eles eram o inimigo e um bom soldado tem de conhecer o inimigo.


Navarro levou a mulher ao seu carro. Parecia mais cuidadoso e protetor que o normal. Não era do feitio de Navarro sucumbir a um romance enquanto trabalhava. Tiras como ele deveriam agir com extremo profissionalismo. Ora, já não se faziam servidores públicos como antigamente!


Navarro e a mulher afastaram-se do local.


Não faria sentido tentar segui-los. Outra oportunidade não tardaria a acontecer.


No momento, tinha um trabalho importante a fazer e só dois dias para terminá-lo.


Ajeitou as luvas e afastou-se, sem chamar a atenção, misturando-se à multidão.


* * *


Billy "Homem de Neve" Binford estava contente. Até sorriu para o advogado, sentado do outro lado do vidro blindado.


— Vai dar tudo certo, Darien — falou. — Já cuidei de tudo. Trate de preparar-se para negociar aquele acordo e me tirar daqui bem depressa.


Darien sacudiu a cabeça.


— Já lhe disse que Liddell não quer nem ouvir falar em acordo. Vai conseguir muitos votos com a sua condenação.


— Darien, você não tem fé?


— Tenho os pés no chão. Liddell sonha com o governo e, para isso, tem de meter você na cadeia pelo resto da vida.


— Ele não porá mais ninguém na cadeia, depois de sábado.


— O quê?


— Você não ouviu nada, entendeu? Eu não disse nada. Mas, pode acreditar, Liddell não será problema.


— Não quero saber. Não me conte nada.


Billy fitou-o com olhar divertido.


— Sabe o que você parece? Aquele macaco que tapa as orelhas com as mãos!


— Isso mesmo — Darien concordou, sentindo-se miserável. — Sou igualzinho a ele.


 



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Autor(a): letiportilla

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Apesar do fogo na lareira, Anahí continuava gelada. Lá fora, a noite caía, a última luz do dia morria atrás dos pinheiros. O grito de um pássaro ecoou fantasmagórico no lago. Anahí nunca tivera medo do bosque, da escuridão ou de estar sozinha. Naquela noite, porém, estava apavorada, e não queria que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

    Hainnnnnn
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    Que lindo...serio amei essa adaptação...muito boa.
    Obrigado por naum abandonar e sempre postar...amei a web de verdade.
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    beijoooo

  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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