Fanfics Brasil - Capítulo VIII - Continuação Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo VIII - Continuação

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Apesar do fogo na lareira, Anahí continuava gelada. Lá fora, a noite caía, a última luz do dia morria atrás dos pinheiros. O grito de um pássaro ecoou fantasmagórico no lago. Anahí nunca tivera medo do bosque, da escuridão ou de estar sozinha. Naquela noite, porém, estava apavorada, e não queria que Poncho fosse embora.


Ao mesmo tempo, sabia que ele teria de partir.


Ele voltou ao chalé, carregando uma pilha de lenha, que armazenou ao lado da lareira.


— Acho que será o suficiente por alguns dias — falou. — Acabo de falar com Henry Pearl e a esposa. A cabana deles fica logo acima, na estrada. Prometeram vir vê-la todos os dias. Conheço-os há anos e sei que posso contar com eles. Se precisar de qualquer coisa, basta chamá-los.


Ao terminar com a lenha, Poncho tirou a poeira das mãos. Com as mangas arregaçadas e serragem na calça, ele mais parecia um lenhador do que um policial urbano. Colocou mais lenha na lareira e as chamas se ergueram.


Virou-se para Anahí, mas sua expressão ficou escondida nas sombras.


— Estará segura aqui, Anahí. Eu não a deixaria sozinha se tivesse qualquer dúvida sobre isso.


Ela assentiu e sorriu.


— Ficarei bem.


— Encontrará varas de pesca e iscas na cozinha, se quiser se distrair e pescar algumas trutas. E fique à vontade para usar qualquer roupa que encontre no armário. Nada vai servir, mas ao menos ficará aquecida. A esposa de Henry disse que vai trazer algumas roupas femininas amanhã. — Poncho parou de falar e riu. — Também, não vão servir, já que ela tem duas vezes o meu tamanho!


— Darei um jeito, Poncho. Não se preocupe comigo.


Houve um longo silêncio. Ambos sabiam que não havia mais nada a dizer mas, ainda assim, ele não se moveu. Olhou em volta, como se relutasse em partir. Parecia quase tão relutante como ela em vê-lo ir embora.


— A viagem de volta é longa — Anahí falou. — Devia comer antes de ir. Que tal uma macarronada com queijo?


Ele sorriu.


— Direi sim a qualquer coisa que me oferecer.


Na cozinha, guardaram os itens que haviam comprado num supermercado no caminho e, logo, a mesa estava arrumada, com omelete de champignon, pão e vinho. Como a eletricidade ainda não houvesse chegado àquela parte do lago, comeram à luz de um lampião. Lá fora, a noite caíra escura, e os insetos noturnos faziam sua alegre sinfonia.


Anahí observava Poncho, sentado de frente para ela, as feições iluminadas pelo lampião. Focalizou o olhar no ferimento no rosto dele, pensando no quanto ele chegara perto da morte, naquela tarde. Mas aquele era exatamente o tipo de trabalho que ele fazia, o risco que corria o tempo todo. Bombas. Morte. Era insano, e ela não podia compreender como um homem em sã consciência podia fazer uma escolha como aquela. Tira maluco, ela pensou. E eu devo ser tão louca quanto ele, continuou a pensar, pois acho que estou apaixonada por esse cara.


Bebericou o vinho, consciente da presença masculina intensa diante de si. E, também, da atração que sentia por ele. Uma atração tão forte que ela estava se esquecendo de comer.


Forçou-se a lembrar que ele estava apenas fazendo seu trabalho, que ela não passava de mais uma peça no quebra-cabeça que ele tentava resolver. Ainda assim, não conseguiu evitar pensar em outros jantares, outras noites que poderiam passar juntos. Ali, no lago. Jantares à luz de velas, risadas alegres, filho. Anahí considerou que ele daria um bom pai. Seria paciente, calmo e atencioso, como era com ela.


Como poderia saber? Estava sonhando. Fantasiando de novo.


Estendeu a mão para servir-lhe mais vinho.


Poncho cobriu o copo com a mão.


— Preciso dirigir de volta.


— Claro.


Com movimentos nervosos, Anahí depositou a garrafa na mesa e pôs-se a mexer com o guardanapo, sem olhar para ele. Mas quando finalmente ergueu os olhos, descobriu que Poncho a fitava. Não como um tira olha para uma testemunha, como uma peça de um quebra-cabeça.


Ele a observava com olhar que um homem lança a uma mulher.


Poncho falou apressado:


— Preciso ir embora...


— Eu sei.


— ...antes que fique muito tarde.


— Ainda é cedo.


— Vão precisar de mim, na cidade.


Anahí mordeu o lábio e ficou calada. Era óbvio que ele tinha razão. A cidade precisava dele. Todos precisavam dele. Ela era apenas mais um detalhe que exigia sua atenção. Agora que Anahí estava segura, ele poderia voltar ao seu verdadeiro trabalho, suas preocupações reais.


Mas ele não parecia nem um pouco ansioso para partir. Não se movera na cadeira nem deixara de fitá-la nos olhos. Foi ela que desviou o olhar, que derrubou a taça de vinho.


Anahí sobressaltou-se quando Poncho estendeu a mão para segurar a dela. Sem uma palavra, tirou o copo da mão dela e colocou-o sobre a mesa. Inclinou-se e depositou um beijo suave na palma da mão dela. Apesar de suave, o beijo provocou em Anahí uma reação avassaladora.


Ela fechou os olhos e gemeu baixinho.


— Não quero que vá embora — murmurou.


— Não é uma boa idéia... eu ficar.


— Por quê?


— Por causa disto — ele falou, beijando-lhe a mão novamente. — E disto. — Poncho deslizou os lábios pelo braço de Anahí. — É um erro. Você sabe e eu sei.


— Cometo erros o tempo todo, mas nem sempre me arrependo.


Poncho ergueu os olhos para fitá-la e reconheceu o medo e a coragem na expressão de Anahí. Ela não escondia nada, naquele momento.


Poncho levantou-se. Anahí imitou-o.


Ele a puxou para si, segurou-lhe o rosto entre as mãos e pousou seus lábios nos dela. O beijo deixou Anahí ofegante. Ela colou o corpo ao dele e envolveu-o nos braços. Antes que pudesse recuperar o fôlego, Poncho a beijava de novo, com maior intensidade e paixão.


Poncho apertou-a contra si, sem encontrar nenhuma resistência. Seus corpos encontravam-se unidos, de maneira que as reações de cada um não eram segredo para nenhum dos dois. As mãos dele deslizaram pelas curvas suaves arrancando gemidos e suspiros de Anahí, o que o excitou ainda mais.


— Se vamos parar — ele murmurou —, é melhor que seja agora.


Anahí respondeu com um beijo que acabou de vez com a necessidade de palavras. Seus corpos encarregaram-se de toda a comunicação dali por diante.


Começaram a despir-se, famintos pelo toque um do outro. Sem nunca descolar os lábios, foram para a sala, onde a lareira aquecera o ambiente. Ainda beijando-a, Poncho tirou a colcha do sofá e estendeu-a no chão, diante da lareira.


Fitando-se, os dois ajoelharam-se. Os ombros largos de Poncho refletiam a luz do fogo. Anahí mal podia esperar para unir seu corpo ao dele, mas Poncho fazia tudo devagar, saboreando cada momento, cada nova experiência com ela. Acariciou-lhe os seios com reverência e, apesar da suavidade de seu toque, Anahí viu-se prestes a perder a consciência, tão intenso era o desejo que a consumia.


Devagar, Poncho deitou-a sobre a colcha. O corpo de Anahí era como fogo líquido, ardente e lânguido. Poncho acabou de despi-la e, então, observou-a fascinado.


— Sonhei tantas vezes com você — confessou, enquanto suas mãos deslizavam sobre a pele clara e macia. — Ontem à noite, quando você estava em minha casa, sonhei que a abraçava e a tocava, exatamente como estou fazendo agora. Mas, quando acordei, disse a mim mesmo que isso jamais poderia acontecer, que tudo não passava de fantasia. E aqui estamos nós... — Beijou-lhe os lábios. — Eu não deveria estar fazendo isto.


— Quero que faça. Quero estar com você.


— Também quero, mas tenho medo que acabemos nos arrependendo.


— Então, deixemos para nos arrepender depois. Esta noite, vamos ser apenas você e eu. Vamos fingir que não existe mais nada, mais ninguém.


Poncho beijou-a outra vez. E desta vez deu liberdade aos impulsos de acariciá-la na intimidade. Explorou cada centímetro daquele corpo, deleitando-se a cada gemido e suspiro de Anahí. Sentiu-a pronta para recebê-lo, mas queria que aquele momento durasse mais, muito mais.


Deliciada, Anahí entregou-se à felicidade de encontrar-se nos braços de um homem tão bonito, não só em aparência, mas também no espírito. Aqueles olhos verdes que antes haviam guardado tanto mistério, agora abriam-se para ela, permitindo-lhe conhecer-lhe a alma.


O prazer era intenso demais para que ela se lembrasse de detalhes banais, como modéstia ou vergonha. Arqueou o corpo, gemeu, implorou que ele a possuísse. Porém, Poncho continuou com sua doce tortura, até sentir que ela estava à beira do clímax. Então, deitou-se sobre ela e penetrou-a, levando-a com habilidade a uma explosão de êxtase, da qual ele participou com intensa paixão.


Anahí adormeceu, satisfeita e segura, nos braços de Poncho.



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Autor(a): letiportilla

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Horas depois, despertou em meio à noite fria. O fogo se apagara. Apesar de toda encolhida debaixo da colcha, Anahí estava gelada. E sozinha. Embrulhando-se na colcha, foi até a cozinha e espiou pela janela. O carro de Poncho não estava mais lá. Ele voltara para a cidade. Deu-se conta de que já sentia a falta dele. A ausênci ...


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Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

    Hainnnnnn
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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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