Fanfics Brasil - Capítulo X - Continuação Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo X - Continuação

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Post dedicado à Jl. Desculpe lhe fazer ficar tão impaciente ;)


Oito homens estavam alinhados do outro lado do espelho. Todos olhavam para a frente, aparentemente embaraçados por estarem ali.


Anahí observava-os com atenção a cada detalhe.


— Nenhum deles usa o uniforme correto.


— Tem certeza? — Gillis perguntou.


— Sim. Não é nenhum destes.


Norm Liddell, parado ao lado de Gillis, emitiu um som de decepção. Poncho não pronunciou uma palavra.


— Ora, estou perdendo o meu tempo, aqui — Liddell resmungou. — Isto foi tudo o que conseguiu, Navarro? Um punhado de carregadores?


— Sabemos que James usava um uniforme parecido com o de carregador de hotel — Navarro explicou. — Queríamos que ela visse alguns.


— Conseguimos o boletim de ocorrência do atropelamento — Gillis informou-os. — O próprio ciclista o registrou, com medo de um processo judicial. Fez questão de enfatizar que atropelou um homem longe da faixa de pedestres. Aparentemente, James caminhava apressado pela Congress Street, quando foi atingido.


— Congress? — Liddell franziu o cenho.


— Próximo ao hotel Pioneer — disse Poncho —, onde o governador se hospedará depois de amanhã, para fazer uma palestra num seminário sobre comércio.


— Acha que o alvo de James é o governador?


— É possível. Estamos revistando o hotel de ponta a ponta, especialmente o quarto do governador.


— E quanto aos carregadores do Pioneer?


— Nenhum deles sequer se aproxima da descrição de James. Todos possuem os dez dedos nas mãos. Só queríamos que Anahí desse uma olhada nos uniformes.


— Mas nenhum daqueles homens é James.


— Não.


Anahí concentrou-se no terceiro homem da fila.


— Todos os carregadores do Pioneer usam aquele uniforme? — perguntou.


— Sim — Gillis respondeu. — Por quê?


— Não foi o uniforme que vi.


— O que era diferente?


— O homem que vi usava uma jaqueta verde.


— Então, temos um problema — Gillis declarou. — O único hotel cujo uniforme é verde é o Marriott. Mas não fica na região.


— Interroguem os carregadores assim mesmo — Liddell ordenou. — Quero esse sujeito preso, antes que mate alguém importante. Quando o governador vai chegar?


— Amanhã à tarde.


— Temos vinte e quatro horas — Liddell concluiu. — Se surgir qualquer novidade, quero ser informado.


— Sim, sua alteza — Gillis resmungou.


Liddell lançou-lhe um olhar irritado, mas decidiu ignorá-lo.


— Minha esposa e eu estaremos no teatro Brant, à noite. Levarei o bip.


— Será o primeiro a ser informado — Poncho garantiu.


— A imprensa está em cima de nós. Não vamos fazer nenhuma bobagem — Liddell declarou e saiu.


— Ainda vou pegar esse cara — Gillis falou furioso.


— Acalme-se, Gillis. Ele poderá ser o próximo governador.


— Nesse caso, eu mesmo vou ajudar James a armar a bomba.


Poncho segurou o braço de Anahí e levou-a para fora da sala.


— Venha. Vou apresentá-la ao seu novo guarda-costas.


Anahí sentiu-se um fardo.


— Por enquanto, vamos mantê-la em um hotel. Pressler é um bom policial e vai ficar com você. Confio nele.


— Quer dizer que eu deveria confiar, também?


— Sim. Telefonarei, caso apanhemos algum suspeito. Precisaremos de você para a identificação.


— Então, pode ser que eu não o veja por algum tempo.


Poncho parou e fitou-a.


— Pode ser.


Fitaram-se por um momento. Aquele não era o momento, nem o lugar, de confessar a ele o que sentia. Mas Anahí sofria por ter de afastar-se de Poncho. E, mais ainda, sofria por ver aquele olhar frio e desprovido de emoção.


Bem, ele voltara a ser o servidor público. Depois do trauma da semana anterior, Anahí poderia enfrentar aquela situação, inclusive a conclusão de que, mais uma vez, envolvera-se com o homem errado.


— Encontre James e eu o identificarei. Mas faça isso depressa, para que eu possa cuidar da minha vida.


— Estamos trabalhando para isso. Tranqüilize-se, manteremos você informada.


— Posso contar com isso?


— Faz parte do meu trabalho.


O policial Leon Pressler não era de muita conversa.


Durante as três últimas horas, fizera uma imitação perfeita de esfinge. De quando em quando, verificava a porta e a janela e só respondia "sim, senhorita" e "não, senhorita" a perguntas diretas. Anahí perguntou-se se ele seria algum tipo de robocop ou se teria recebido ordens de não tentar nenhuma aproximação.


Anahí tentou ler um livro, mas o silêncio a deixava nervosa. Era no mínimo estranho passar o dia num quarto de hotel e nem sequer conversar com o acompanhante. Decidiu tentar:


— Faz tempo que é policial, Leon?


— Sim, senhorita.


— Gosta do seu trabalho?


— Sim, senhorita.


— Não tem medo?


— Não, senhorita.


— Nunca?


— Algumas vezes.


Anahí pensou que, agora, a conversa seguiria. Porém, Pressler atravessou o quarto e olhou pela janela, ignorando-a. Anahí insistiu.


— Não fica entediado com este tipo de trabalho?


— Não, senhorita.


— Eu ficaria. Passar o dia num quarto de hotel, fazendo nada.


— Pode acontecer alguma coisa.


— Tenho certeza de que estaria preparado.


Com um suspiro, Anahí apanhou o controle remoto da televisão. Depois de verificar todos os canais, desligou-a.


— Posso dar um telefonema? — perguntou.


— Sinto muito.


— Preciso avisar a minha supervisora de que não vou trabalhar esta semana.


— O detetive Navarro proibiu telefonemas. Seria perigoso.


— O que mais o detetive Navarro lhe disse?


— Devo mantê-la sob vigilância, não baixar a guarda em momento algum. Porque, se algo acontecesse à senhorita... — Pressler parou de falar e tossiu nervoso.


— Continue.


— Ele... acabaria comigo.


— Um grande incentivo.


— Ele só queria ter certeza de que eu teria um cuidado especial. E eu devo isso a ele.


— O que quer dizer?


— Há alguns anos, fui chamado para atender um problema doméstico. O marido não gostou de me ver interferindo na sua vida particular. Atirou em mim.


— Meu Deus!


— Pedi ajuda pelo rádio. Navarro foi o primeiro a chegar. Portanto, devo-lhe minha vida.


— Conhece-o bem?


Pressler deu de ombros.


— É um bom policial, mas muito reservado. Acho que ninguém realmente o conhece bem.


Nem eu, ela pensou. O que Poncho estaria fazendo? Afastou o pensamento depressa. Poncho Navarro queria permanecer sozinho, e ela deveria fazer o mesmo.


* * *


O que Anahí estaria fazendo, Poncho perguntou-se. Tentou afastar o pensamento e concentrar-se na reunião. Mas sua mente não o obedecia. Estava preocupado com a segurança dela, embora tivesse todos os motivos para confiar em Pressler. O jovem policial era firme e confiável e, além disso, devia-lhe a vida.


Ainda assim, não conseguia livrar-se do medo, o que provava que perdera a objetividade, que seus sentimentos encontravam-se fora de controle.


— ...o melhor que podemos fazer? Poncho?


Poncho concentrou-se em Abe Coopersmith.


— O que disse?


— Onde está com a cabeça, Poncho? — Coopersmith inquiriu com um suspiro.


— Desculpe. Acho que me distraí por um momento.


— O chefe quer saber se estamos seguindo alguma outra pista — Gillis esclareceu.


— Estamos seguindo todas as pistas — Poncho falou. — O retrato falado está circulando. Verificamos todos os hotéis em Portland. Até agora, não encontramos nenhum funcionário que tenha perdido um dedo. O problema é que estamos agindo às cegas. Não sabemos quem, onde ou quando James pretende atacar. Tudo o que temos é uma testemunha que viu seu rosto.


— E a cor do uniforme.


— Certo.


— Já mostrou os uniformes para a Srta. Cormier, para que ela nos ajude a identificar o hotel?


— Estamos conseguindo outras amostras — disse Gillis. — Também interrogamos o ciclista. Ele não se lembra das feições do homem, pois tudo aconteceu depressa demais. Mas, assim como a Srta. Cormier, afirma que a jaqueta era verde. E confirma que o acidente ocorreu na Congress Street, próximo à Franklin Avenue.


— Varremos toda a área — Poncho falou. — Mostramos o retrato falado a todos os comerciantes. Ninguém o reconheceu.


— O governador chegará amanhã e temos um especialista em bombas escondido na cidade — Coopersmith declarou frustrado.


— Não sabemos se há ligação entre os dois. James pode estar planejando outra coisa. Depende de quem o contratou.


— Talvez nem esteja mais na cidade — Gillis sugeriu —, pois já terminou o seu trabalho.


— Temos de assumir que ele ainda está aqui — Coopersmith reforçou.


Poncho assentiu.


— Temos vinte e quatro horas, antes da chegada do governador. Até lá, descobriremos alguma coisa.


— Espero que sim. — Coopersmith levantou-se. — Não precisamos de mais uma explosão e, muito menos, de um governador morto em nossa cidade.


 



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Autor(a): letiportilla

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Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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