Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]
Anahí ficou horrorizada ao ver a mulher cair. Ao tentar ajudá-la, foi arrastada para fora do teatro. Era impossível voltar, pois estaria lutando contra a multidão, contra a força do pânico.
A rua já se encontrava repleta de gente, todos parecendo assustados. Para seu alívio, Anahí avistou Wendy e Jake fora de perigo. Quase todos haviam saído.
Onde estava Poncho?
Avistou-o saindo do saguão, ajudando um senhor idoso. Levou-o até a calçada e deixou-o apoiado em um poste.
Ao ver Anahí encaminhando-se para ele, Poncho gritou:
— Este homem precisa de ajuda! Cuide dele!
— Onde você vai?
— Retirar os que ainda estão lá dentro.
— Posso ajudá-lo...
— Fique fora do prédio e ajude aquele homem.
Ele tem um trabalho a fazer, Anahí pensou, vendo-o desaparecer na porta. Eu também.
Voltou a atenção para o homem junto ao poste. Ajoelhou-se ao lado dele.
— O senhor está bem?
— Meu peito dói...
Ah, não! Um cardíaco! E nenhuma ambulância por perto. Imediatamente, Anahí deitou-o na calçada, tomou-lhe o pulso e desabotoou-lhe a camisa. Estava tão ocupada que nem sequer percebeu a presença de um carro-patrulha diante do teatro. Aquela altura, a multidão estava muito alvoroçada, todos querendo saber o que estava acontecendo.
Anahí ergueu os olhos e viu Poncho saindo de novo. Desta vez, trazia a mulher que ela vira cair. Deixou-a junto de Anahí.
— Ainda resta um — ele informou. — Cuide dela.
— Navarro! — uma voz gritou.
Poncho olhou para o homem, que vestia um smoking.
— Que diabos está havendo?
— Não posso falar agora, Liddell. Tenho trabalho a fazer.
— Recebeu mesmo uma ameaça de bomba?
— Não.
— Então por que evacuou o teatro?
— O uniforme do lanterninha — Poncho falou e voltou a virar-se para o prédio.
— Navarro! — Liddell trovejou. — Exijo uma explicação! Temos feridos por causa do que você fez! A menos que tenha uma boa desculpa...
Poncho já desaparecera pela porta.
Liddell pôs-se a andar de um lado para o outro, como se não pudesse conter a ira. Finalmente, num acesso de fúria, gritou:
— Vai me pagar por isto, Navarro!
Aquelas foram as últimas palavras de Liddell, antes da explosão.
A força da explosão atirou Anahí para trás, no meio da rua. Ela caiu pesadamente, seus cotovelos rasparam o asfalto, mas não sentiu dor. O choque do impacto foi forte demais, e deixou-a atordoada. Viu cacos de vidro caindo sobre os carros estacionados, espirais de fumaça subindo pelo ar e muitas outras pessoas caídas na rua, tão atordoadas quanto ela. E viu a porta da frente do teatro inclinada num ângulo estranho, pendurada por uma única dobradiça.
No silêncio que se seguiu, ela ouviu o primeiro gemido. Depois, mais um. Então, vieram os soluços e gritos dos feridos. Devagar, conseguiu sentar-se. Só então sentiu a dor. Seus cotovelos sangravam e sua cabeça latejava. Porém, ao mesmo tempo que a dor se tornou consciente, veio a lembrança do que ocorrera pouco antes da explosão.
Poncho havia entrado no teatro.
Onde ele estava? Olhou para todos os lados, mas sua vista estava embaçada. Viu Liddell sentado na calçada, gemendo. A seu lado, estava o senhor que ela atendera antes. Ele também gemia e se movia. Mas não havia o menor sinal de Poncho.
Anahí pôs-se de pé. Uma onda de tontura quase a fez tombar, mas ela conseguiu caminhar e entrar no teatro.
Lá dentro, a escuridão era quase total. A única luz era o brilho fraco que vinha da rua. Anahí tropeçou nos escombros e caiu de joelhos. Depressa, levantou-se, mas sabia que seria impossível encontrar alguém ali.
— Poncho? — chamou. — Poncho!
Ouviu o eco da própria voz, embargada pelo desespero.
Lembrou-se de que ele havia acabado de entrar, quando a bomba explodira. Podia estar em qualquer lugar. Voltou a chamar:
— Poncho!
Desta vez, ouviu a resposta distante, vinda do lado de fora.
— Anahí?
Virou-se e voltou na direção da porta. Antes que chegasse lá, ela o viu.
— Anahí?
— Estou aqui — ela respondeu, apressando-se na direção da porta.
Então, foi envolvida por um abraço forte demais para ser gentil, aterrorizado demais, para ser reconfortante.
— Que diabos está fazendo aqui dentro? — ele inquiriu.
— Procurando por você.
— Devia ficar lá fora. Longe do prédio. Quando não encontrei você... — Os braços dele a apertaram com mais força. — Da próxima vez, faça o que eu mandar.
— Pensei que você estivesse lá dentro.
— Saí pela porta lateral.
— Eu não vi!
— Eu estava tirando o último homem. Acabávamos de sair, quando a bomba explodiu. Fomos derrubados na calçada.
Poncho afastou-se para fitá-la. Então, Anahí viu o sangue escorrendo de sua têmpora.
— Poncho, você precisa de um médico...
— Muita gente aqui precisa de um médico. Eu posso esperar.
Anahí olhou para o caos à sua volta.
— Precisamos fazer uma triagem dos feridos para as ambulâncias. Vou cuidar disso.
— Está se sentindo bem?
Ela assentiu e sorriu.
— Este é o meu trabalho, detetive: desastres.
Desapareceu na multidão.
Autor(a): letiportilla
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Agora que sabia que Poncho estava bem, Anahí podia concentrar-se no que devia ser feito. Seria uma noite longa. Todos os hospitais da área teriam de chamar todas as suas enfermeiras. Sua cabeça doía terrivelmente, e seus cotovelos ardiam, cada vez que ela dobrava os braços. Porém, ao que parecia, era a única enfermeira ali pr ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 374
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03
Hainnnnnn
Acabou com o casamento *--*
Que lindo...serio amei essa adaptação...muito boa.
Obrigado por naum abandonar e sempre postar...amei a web de verdade.
Parabensss
E quero ler a nova *-*
beijoooo -
jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57
Hainnnnnn
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:51
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:45
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:39
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:34
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:24
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:19
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13
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jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08
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