Fanfics Brasil - Capítulo XIII Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo XIII

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Estamos chegando ao fim...



Poncho desceu a rampa da garagem numa corrida desesperada. Saiu do edifício a tempo de ver o seu carro, com James ao volante, desaparecer na avenida.


Eu a perdi, pensou, meu Deus, eu a perdi...


Ainda correu por meio quarteirão. Mas desistiu. As lanternas traseiras haviam desaparecido na noite.


O carro se fora.


Soltou um grito de desespero e ouviu o eco da própria voz. Era tarde demais. Chegara tarde demais.


Uma luz repentina o fez virar-se. Eram os faróis de um carro que acabara de virar a esquina e vinha na sua direção. Poncho reconheceu-o.


— Gillis! — chamou.


O carro parou junto à calçada. Poncho atirou-se no banco do passageiro.


— Siga! — ordenou.


Gillis fitou-o perplexo.


— O que disse?


— James pegou Anahí! Ande!


Gillis pôs o carro em movimento no mesmo instante.


— Em que direção?


— Esquerda.


Gillis fez a curva.


Poncho avistou o próprio carro, dois quarteirões adiante, virando à direita.


— Ali!


— Já vi — Gillis falou, fazendo o mesmo trajeto.


James também os vira, pois pisou fundo no acelerador e atravessou um farol vermelho. Carros brecaram e derraparam.


Enquanto Gillis desviava dos demais automóveis e continuava a perseguição, Poncho apanhou o telefone do carro e pediu reforços de todos os carros-patrulha disponíveis. Com um pouco de sorte, conseguiriam encurralar James.


Por enquanto, só tinham de mantê-lo à vista.


— Esse cara é um maluco — Gillis resmungou.


— Não a perca.


— Ele vai nos matar a todos. Veja o que está fazendo!


Logo adiante, James passou para a pista da esquerda, ultrapassou um carro e voltou à direita, no exato momento em que um caminhão cruzava com ele, vindo em sentido contrário.


— Não o perca de vista! — Poncho ordenou.


— Estou tentando!


Gillis também passou para a pista da esquerda, mas ao ver o grande número de veículos vindo na sua direção, retornou à direita.


Perderam alguns segundos, que James soube utilizar em benefício próprio.


Gillis tentou novamente, desta vez tendo de voltar à direita, um segundo antes de colidir de frente com uma camionete.


James sumira de seu campo de visão.


— Que droga! — Gillis praguejou.


Esquadrinharam a pista, viram lanternas aqui e ali, mas foi só. Continuaram seguindo adiante, prestando atenção a cada esquina, às ruas transversais. A cada quarteirão, o pânico de Poncho crescia.


Pouco depois, foi obrigado a reconhecer o óbvio. Haviam perdido James.


Perdera Anahí.


Gillis dirigia em silêncio. O desespero de Poncho o contagiara. Embora nenhum dos dois dissesse nada, ambos sabiam que Anahí podia ser considerada morta.


— Sinto muito, Poncho — Gillis murmurou. — Meu Deus, eu sinto tanto!


Tudo o que Poncho pôde fazer foi continuar fitando a rua, a visão turvando por trás das lágrimas. Momentos se passaram. Uma eternidade.


Carros-patrulha se reportaram. Nem sinal do carro de Poncho. Ou de James.


Finalmente, à meia-noite, Gillis estacionou. Ambos permaneceram em silêncio.


— Ainda há uma chance — Gillis falou.


Poncho escondeu o rosto nas mãos. Uma chance. James poderia estar a quilômetros de distância, àquela altura. Ou, então, na esquina adiante. Poncho daria tudo por uma única chance.


Baixou os olhos para o telefone do carro de Gillis.


Uma única chance.


Apanhou o fone e discou.


— Para quem está ligando? — Gillis perguntou.


— James.


— O quê?


— Estou ligando para o telefone do meu carro.


Poncho esperou cinco ou seis toques, antes que James atendesse com uma bizarra voz de falsete:


— Alô. Você ligou para o esquadrão antibombas de Portland. No momento, não podemos atendê-lo, pois parece que perdemos nosso maldito telefone!


— Navarro falando — Poncho identificou-se.


— Ora, como vai, detetive Navarro?


— Ela está bem?


— Quem?


— Ela está bem?


— Ah, deve estar falando da bela jovem. Acho que vou deixá-la falar com você.


Fez-se uma pausa. Poncho ouviu o som de vozes abafadas e outros ruídos indistintos. Então, a voz de Anahí soou assustada, porém controlada.


— Poncho?


— Você está ferida?


— Não. Estou bem.


— Onde estão? Para onde ele levou você?


— Opa! — James interrompeu-os. — Assunto proibido, detetive. Receio ter de cortar esta ligação.


— Espere! — Poncho gritou.


— Deseja dar um adeus especial?


— Se alguma coisa acontecer a ela, James, juro que vou acabar com você!


— Ora, estou mesmo falando com um representante da lei?


— É sério, James. Vou matá-lo.


— Estou chocado. Chocado!


— James!


A resposta foi uma gargalhada zombeteira. Então, a ligação foi interrompida.


Desesperado, Poncho discou novamente. A linha estava ocupada. Contou até dez e discou de novo. Ocupado. James retirara o fone do gancho.


Poncho desistiu.


— Ela ainda está viva.


— Onde eles estão?


— Ela não teve chance de dizer.


— Já faz uma hora. Podem estar em qualquer lugar.


— Eu sei, eu sei.


Poncho recostou no banco, tentando clarear o raciocínio em meio à onda de pânico. Durante todos aqueles anos trabalhando como policial, ele sempre conseguira manter a cabeça fria, os pensamentos ordenados. Naquela noite, porém, pela primeira vez em sua carreira, sentia-se paralisado pelo medo. Pelo conhecimento de que, cada minuto que passava, cada momento em que ele não fazia nada, as chances de sobrevivência de Anahí diminuíam.


— Por que ele não a matou? — Gillis murmurou. — Por que ela continua viva?


Poncho olhou para o parceiro. Gillis, ao menos, ainda mantinha a mente clara. E estava pensando, tentando decifrar a questão que deveria estar óbvia para ambos.


— Ele a está mantendo viva por alguma razão — Gillis continuou.


— Ela é um passaporte, a segurança dele, caso seja encurralado.


— Não, ele já se livrou de nós. Neste exato momento, ela representa mais um fardo do que uma ajuda. Reféns tornam a fuga mais lenta e difícil. Ainda assim, ele está permitindo que ela viva.


Até agora, Poncho pensou, invadido por uma onda de raiva. Estava perdendo a capacidade de raciocínio, de pensar com clareza. A vida de Anahí dependia dele. Não podia deixar aquilo acontecer.


Olhou para o telefone e teve uma lembrança. Algo que ouvira durante sua breve conversa com James e Anahí.


Uma sirene!


Apanhou o fone e discou 190.


— Emergência — a voz atendeu.


— Aqui fala o detetive Poncho Navarro, da polícia de Portland. Preciso de uma lista de todas as unidades despachadas para a região sul de Portland, nos últimos vinte minutos.


— Que veículos, senhor?


— Todos. Ambulâncias, bombeiros, polícia. Todos. Após um breve silêncio, outra voz veio ao telefone.


— Aqui fala a supervisora, detetive Navarro. Verifiquei junto ao serviço de despacho de unidades de Portland. Só três unidades foram despachadas nos últimos vinte minutos. As onze e cinqüenta e cinco, uma ambulância foi enviada para o número dois mil, duzentos e três da Green Street, em Portland. À meia-noite e dez, a polícia foi enviada para investigar o disparo de um alarme contra roubos, na Bickford Street, setecentos e cinqüenta e um. E, à meia-noite e treze, um carro-patrulha foi atender à queixa de desordem nas vizinhanças de Munjoy Hill. Não houve nenhum chamado para os bombeiros nesse período.


— Certo. Obrigado.


Poncho desligou e apanhou um mapa no porta-luvas. Rapidamente, traçou círculos nos três pontos mencionados.


— E agora? — Gillis inquiriu.


— Ouvi uma sirene, enquanto falava com James. Isso significa que ele tinha de estar próximo de algum veículo de emergência. Estes são os três locais para onde tais veículos foram despachados.


Gillis olhou para o mapa e sacudiu a cabeça.


— São dúzias de quarteirões! Desde o ponto de despacho até os destinos.


— Mas são pontos de partida.


— Como procurar uma agulha num palheiro.


— É tudo o que temos. Vamos começar por Munjoy Hill.


— Isto é loucura. Toda a força policial está varrendo a cidade, à procura do seu carro. Vamos enlouquecer, perseguindo sirenes.


— Munjoy Hill, Gillis. Vamos.


— Você está exausto. Eu estou exausto. Devíamos voltar à delegacia e esperar o desenrolar dos fatos.


— Quer que eu dirija? Então saia daí!


— Poncho, está me ouvindo?


— Sim, droga! — Poncho gritou, desabafando sua raiva. Então, segurou o rosto nas mãos. — A culpa é minha! Serei o responsável pela morte dela. Eles estavam bem na minha frente. E eu não consegui pensar num jeito de salvá-la. Um jeito de mantê-la viva.


Gillis suspirou compreensivo.


— Ela significa muito para você, não é?


— E James sabe disso. De alguma maneira, ele sabe. É por isso que a está mantendo viva. Para me atormentar, me manipular. Está no comando da situação e sabe como fazer uso de sua vantagem. Temos de encontrá-la.


— No momento, ele se encontra em posição de vantagem. Tem em mãos alguém que significa muito para você. E você parece ser o tira no qual ele se concentrou. O tira no qual quer desforrar seu fracasso. — O telefone do carro tocou. Gillis atendeu. Um momento depois, pôs o carro em movimento. — Vamos para a Jackman Avenue. Pode ser a pista que nos falta.


— O que há na Jackman Avenue?


— Um apartamento. Encontraram um corpo.


Poncho ficou imóvel. Um pressentimento terrível apoderou-se de seu peito, dificultando-lhe a respiração.


— Corpo de quem?


— Marilyn Dukoff.


Ele cantava Dixie, enquanto trabalhava com os fios coloridos. Anahí, com os pés e mãos firmemente amarrados a uma cadeira, limitava-se a observá-lo impotente. Ao lado de James havia uma caixa de ferramentas, uma solda e duas dúzias de bananas de dinamite.


— In Dixieland where I was born, early on a frosty mornin`...


James terminou o trabalho com os fios e concentrou-se na dinamite. Com fita adesiva elétrica verde, juntou as bananas em feixes cuidadosos de três em três e colocou-os numa caixa de papelão.


— In Dixieland we`ll make our stand, to live and die in Dixie. Away, away, away down south, in Dixie! — ele cantou alto, a voz ecoava pelos cantos do imenso armazém vazio. Então, virou-se para Anahí e curvou-se numa reverência.


— Você é louco — ela sussurrou.


— O que é a loucura? Quem pode dizer? — James passou a fita adesiva em torno das três últimas bananas de dinamite. Então, examinou o trabalho com ar orgulhoso. — Como é que dizem? "Não enlouqueça, vingue-se"? Bem, não estou louco, de maneira alguma. Mas, que vou me vingar, ah, isso eu vou!


Apanhou a caixa com dinamite e a carregava na direção de Anahí quando pareceu tropeçar. O coração de Anahí quase parou, quando ela viu a caixa inclinar-se para o chão, bem à sua frente.


James emitiu um som assustado um momento antes de endireitar a caixa. Para surpresa de Anahí, ele explodiu em gargalhadas.


— É uma velha brincadeira — James admitiu. — Mas sempre funciona.


Ele era realmente louco, Anahí pensou, com o coração aos saltos.


Carregando a caixa de dinamite, ele deu a volta no armazém, colocando os feixes de dinamite a intervalos regulares.


— É uma pena — ele comentou —, gastar tanta dinamite de excelente qualidade num único edifício. Mas quero deixar uma boa impressão. Uma impressão duradoura. E já cansei de Poncho Navarro e suas nove vidas. Isto vai pôr um fim a qualquer vida extra que ele ainda possua.


— Isto é uma armadilha!


— Ah, como você é inteligente!


— Por que quer matá-lo?


— Por que sim.


— Ele é apenas um policial fazendo o seu trabalho.


— Apenas um policial? Navarro é mais que isso. Ele é um desafio. Pensar que depois de todos esses anos de sucesso em cidades como Boston e Miami eu encontraria um verdadeiro oponente num lugarzinho como Portland. — Soltou uma risada de desprezo. — Meu caso com Navarro termina aqui, neste armazém.


James aproximou-se de Anahí, carregando o último feixe de dinamite. Ajoelhou-se ao lado da cadeira, onde ela se sentava, com os pés e mãos amarrados.


— Reservei a última explosão para você, Srta. Cormier — disse, amarrando o feixe sob a cadeira. — Não vai sentir nada. Será tudo tão rápido que, quando se der conta, estará voando com asas de anjo. Assim como Navarro. Se é que ele vai ganhar alguma asa.


— Ele não é burro. Vai saber que é uma armadilha.


James começou a desenrolar mais fios coloridos.


— Sim, ficará evidente que isto não se trata de uma ameaça. Todo este fio é para confundi-lo. Um circuito que não faz o menor sentido. — Cortou um fio branco e um vermelho. Com a solda, conectou as extremidades.


— E o tempo correndo. Minutos, depois segundos. Qual é o fio que liga o detonador? Que fio ele deveria cortar? Uma decisão errada e tudo voará pelos ares. O armazém, você e ele, se é que ele terá coragem de ir até o fim. Trata-se de um dilema inútil, percebe? Se ele ficar para desarmar a bomba, vocês dois morrem. Se ele se acovardar e fugir, você morre, deixando-o com um sentimento de culpa que ele jamais vai superar. De qualquer maneira, Navarro sofrerá. E eu vencerei.


— Você não pode vencer.


— Poupe-me de sermões moralistas. Tenho um trabalho a fazer e pouco tempo para terminá-lo.


Conectou os fios aos outros feixes de dinamite, trançando as cores e soldando extremidades.


Ele dissera que tinha pouco tempo. A que tempo estaria se referindo?


Anahí olhou para os objetos no chão. Havia um timer digital, um radio transmissor... Ora, o timer seria acionado pelo rádio. James estaria longe do edifício e em segurança, quando armasse a bomba. Fora de perigo, quando ocorresse a explosão.


Fique longe, Poncho. Por favor, fique longe. E viva.


James pôs-se de pé e consultou o relógio.


— Mais uma hora e estarei pronto para fazer a ligação. — Olhou para Anahí e sorriu. — Três horas da madrugada é uma boa hora para morrer, não acha, Srta. Cormier?



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Autor(a): letiportilla

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Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

    Hainnnnnn
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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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