Fanfics Brasil - Capítulo II Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo II

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Adna: amiga, sem querer pressionar, como vai a ideia romântica? Beijoss e obrigada pela ajuda! S2


— Isso é loucura! — ela exclamou.


— Tenho de explorar a possibilidade.


— Que possibilidade? De que a bomba fosse para mim?


— Seu casamento estava marcado para duas horas. A bomba explodiu às duas e quarenta, próximo à primeira fila de bancos. Para mim, não há dúvida de que, a julgar pela força da explosão, você e todos os seus convidados teriam sido mortos. Ou, na melhor das hipóteses, gravemente mutilados. Estamos falando de uma bomba, srta. Cormier. Não foi um vazamento de gás, não foi um acidente. Foi uma bomba. E foi plantada ali para matar alguém. O que tenho de descobrir é quem era o alvo.


Ela não disse nada. As possibilidades eram horrorosas demais para serem sequer contempladas.


—Quem foi convidado para o casamento? — ele perguntou.


— Havia... havia...


— Você e o reverendo Sullivan. Quem mais?


— Christopher, meu noivo. E minha irmã Wendy, e Jeremy Wall, o padrinho...


— Mais alguém?


— Meu pai me levaria ao altar. E eu teria a dama de honra e o garoto das alianças...


— Só estou interessado nos adultos. Vamos começar por você.


Ela sacudiu a cabeça atordoada.


— Eu não poderia ser o alvo.


— Por que não?


— É impossível.


— Como pode ter tanta certeza?


— Porque ninguém poderia ter motivos para me matar!


O grito agudo pegou-o de surpresa. Por um momento, Poncho permaneceu em silêncio. Na rua, um policial uniformizado virou-se e observou o carro. Poncho fez-lhe um sinal de que estava tudo bem e o homem voltou a posicionar-se de costas.


Anahí apertava o cetim entre as mãos. Aquele homem era horrível, incapaz de qualquer demonstração de calor humano. Embora estivesse ficando quente dentro do carro, Anahí estremeceu, sentindo-se congelar pela falta de emoção do homem sentado ao seu lado.


— Podemos explorar a questão um pouco mais? — ele perguntou.


Ela não respondeu.


— Tem algum ex-namorado, alguém que pudesse ficar infeliz com o seu casamento?


— Não.


— Nenhum ex-namorado?


— Não... não no último ano.


— Estava com o seu noivo havia um ano?


— Sim.


— Dê-me o nome e endereço completos dele, por favor.


— Cristopher Bledsoe, médico, Ocean View Drive, trezentos e dezoito.


— O mesmo endereço?


— Morávamos juntos.


— Por que o casamento foi cancelado?


— Terá de perguntar a Christopher.


— Então, a decisão foi dele?


— Como costumam dizer, ele me deixou no altar.


— Sabe o motivo?


Ela soltou uma risada amarga.


— Cheguei à triste conclusão, detetive, que a mente dos homens é um completo mistério para mim.


— Ele não lhe deu nenhum tipo de aviso?


— Foi tão inesperado quanto aquela... aquela bomba.


— A que horas o casamento foi cancelado?


— Por volta de uma e meia. Eu já estava na igreja, pronta. Jeremy, o padrinho de Christopher, chegou com o bilhete. Christopher não teve sequer a coragem de me dizer pessoalmente. — Anahí sacudiu a cabeça com ar de desgosto.


— O que dizia o bilhete?


— Que ele precisava de mais tempo e que sairia da cidade por uns dias. Só isso.


— É possível que Christopher tivesse algum motivo para...


— Não, não é possível! — Anahí fitou-o diretamente nos olhos. — Está perguntando se Christopher teve algo a ver com a bomba, não é?


— Tenho de ficar aberto a qualquer possibilidade, srta. Cormier.


— Christopher não é capaz de cometer nenhum ato violento. Ele é um médico!


— Certo. Vamos deixar isso de lado, por ora. Vamos examinar outras possibilidades. Está empregada?


— Sou enfermeira no centro médico Maine.


— Em que departamento?


— Emergência.


— Algum problema no trabalho? Algum conflito com colegas?


— Não. Tenho bom relacionamento com todos.


— Alguma ameaça? De pacientes, por exemplo?


— Detetive — ela falou irritada —, não acha que eu saberia, se tivesse algum inimigo?


— Não necessariamente.


— Está fazendo o possível para que eu fique paranóica.


— Estou pedindo que examine sua vida pessoal com objetividade e distanciamento. Pense em todas as pessoas que poderiam não gostar de você.


Anahí afundou no banco. Todas as pessoas que poderiam não gostar de mim. Pensou na família. A irmã mais velha, Wendy, a quem nunca fora muito chegada. A mãe, Lydia, casada com um milionário esnobe. O pai, George, atualmente ao lado da quarta esposa, um troféu loiro de corpo perfeito, que considerava os filhos do marido uma grande chateação. Era verdade que se tratava de uma grande e complicada família, mas também era certo que não havia nenhum assassino entre eles. Sacudiu a cabeça.


— Ninguém, detetive.


Poncho suspirou e fechou o bloco.


— Tudo bem, srta. Cormier. Por enquanto, é tudo.


— Por enquanto?


— Provavelmente, terei outras perguntas depois que conversar com os outros. — Abriu a porta, saiu e voltou a fechá-la. Pelo vidro aberto, falou: — Se pensar em algo, qualquer coisa, telefone. — Rabiscou o bloco, arrancou a página e entregou-a a ela, com seu nome, detetive Alfonso Navarro, e um número de telefone. — Esta é a minha linha particular. Também posso ser localizado vinte e quatro horas por dia, através das telefonistas da polícia.


— Então... posso ir embora?


— Sim.


Ele começou a afastar-se.


— Detetive Navarro?


Poncho voltou a fitá-la. Anahí não se dera conta do quanto ele era alto. Agora, vendo-o em pé ao lado do carro, perguntou-se como ele conseguira sentar-se ao volante.


— Lembrou-se de alguma coisa, srta. Cormier? — ele perguntou.


— Disse que posso ir embora.


— Certo.


— Não tenho um carro, nem um telefone à disposição. Pode ligar para minha mãe e pedir-lhe que venha me buscar?


— Sua mãe? — Ele olhou em volta, obviamente ansioso para livrar-se daquele embaraço. Então, com ar resignado, deu a volta no carro e abriu a porta de Anahí. — Venha. Podemos ir no meu carro. Vou levá-la.


— Só pedi para dar um telefonema.


— Não será problema. — Poncho estendeu a mão para ajudá-la. — Eu teria de ir à casa de sua mãe, de qualquer maneira.


— Por quê?


— Ela estava na igreja. Terei de fazer-lhe algumas perguntas. Talvez, eu possa matar dois coelhos com um só tiro.


Ele não poderia ter escolhido palavras mais simpáticas, pensou Anahí.


Ignorando a mão que Poncho lhe estendera, Anahí saiu do carro com dificuldade, uma vez que a cauda do vestido havia se enroscado em suas pernas. Quando, finalmente, viu-se de pé, fora do automóvel, deparou com o olhar divertido do detetive. Juntando o amontoado de cetim branco nos braços, empinou o queixo e passou por ele.


— Srta. Cormier?


— O que foi? — ela inquiriu por cima do ombro.


— Meu carro está do outro lado.


Ela parou, suas faces ardiam. O sr. detetive sorria.


— É o Taurus azul — ele apontou. — A porta está aberta. Estarei lá em um instante. — Virou-se e foi falar com os policiais reunidos diante da igreja.


 



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Autor(a): letiportilla

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Leitoras fantasmas... quero comentários!!! Anahí aproximou-se do Taurus. Olhou com desgosto pela janela. Teria de ir naquele carro? Naquela bagunça? Abriu a porta. Um copo de papel caiu no asfalto. No chão do carro, diante do banco do passageiro, havia um saquinho do McDonald`s amassado e mais copos de papel, além de uma ediçã ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

    Hainnnnnn
    Acabou com o casamento *--*
    Que lindo...serio amei essa adaptação...muito boa.
    Obrigado por naum abandonar e sempre postar...amei a web de verdade.
    Parabensss
    E quero ler a nova *-*
    beijoooo

  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

    Hainnnnnn
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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:51

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:45

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:39

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:34

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:24

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:19

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:13

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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