Fanfics Brasil - Capítulo XIII - Final Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo XIII - Final

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Não postei ontem porque fui numa excursão, mas aí está...


Jl: Leia e verá hahauahauhauahua



A mulher estava nua da cintura para cima, o corpo tombado no chão. Levara um tiro na cabeça.


— Recebemos o chamado as dez e quarenta e cinco — informou Yeats, de Homicídios. — O vizinho de baixo percebeu manchas de sangue se formando no teto e chamou a zeladora. Ela abriu o apartamento, viu o corpo e nos chamou. Encontramos a identidade da moça na bolsa. Foi por isso que chamamos vocês.


— Alguma testemunha? Alguém viu, ou ouviu, alguma coisa? — Gillis perguntou.


— Não. Ele deve ter usado um silenciador. E saiu sem ser visto.


Poncho olhou em volta, examinando o apartamento de mobília escassa. As paredes estavam nuas, os armários quase vazios, e havia caixas com roupas no chão: sinais de que Marilyn Dukoff ainda não se estabelecera ali.


Yeats confirmou-lhe as suspeitas:


— Ela se mudou ontem, usando o nome de Marilyn Brown. Pagou o depósito e o primeiro aluguel em dinheiro. Foi tudo o que a zeladora soube dizer.


— Ela recebeu alguma visita? — Gillis inquiriu.


— O vizinho do lado ouviu a voz de um homem, ontem, mas não o viu.


— James — Poncho concluiu.


Voltou a concentrar-se no corpo. Os criminalistas já estavam revistando tudo, em busca de impressões digitais ou qualquer outra evidência. Poncho sabia que eles não encontrariam nada. James teria cuidado de tudo.


Não fazia sentido perder tempo ali. Teriam maiores chances se fossem perseguir sirenes. Virou-se para a porta, mas parou ao ouvir um dos detetives dizer:


— Não há muita coisa na bolsa. Apenas uma carteira, chaves, contas...


— Que contas? — Poncho perguntou.


— Energia elétrica, telefone, água. Parece que são do outro apartamento. O nome Dukoff consta de todas elas. Foram entregues a uma caixa postal.


— Deixe-me ver a conta telefônica.


Poncho quase gemeu de frustração ao bater os olhos na conta. Eram duas folhas repletas de ligações interurbanas. A maioria havia sido feita para Bangor, Massachusetts e Flórida. Levaria horas para checar todos aqueles números, e a eles poderiam levar apenas a amigos e parentes da vítima.


Então, notou um número no final da lista. Tratava-se de uma ligação a cobrar, feita da região sul de Portland, com data de uma semana e meia antes, as dez e dezessete da noite. Alguém ligara a cobrar e Marilyn Dukoff aceitara a ligação.


— Isto pode nos levar a alguma pista — Poncho falou. — Preciso localizar este número.


— Podemos ligar para a telefonista, do meu carro — Gillis ofereceu —, mas não sei o que poderemos conseguir.


— É só um palpite — Poncho admitiu.


De volta ao carro de Gillis, Poncho ligou para a telefonista. Depois de consultar o computador, ela confirmou que se tratava de um telefone público.


—Fica próximo da esquina da Calderwood com a Hardwick.


— Não há um posto de gasolina naquela esquina? — Poncho perguntou.


— Pode ser, detetive. Não posso afirmar com certeza. Poncho desligou e apanhou o mapa, onde apontou a localização do telefone público.


— Aqui — mostrou a Gillis.


— Existem apenas edifícios industriais por ali.


— Exatamente o que torna uma ligação às dez e dezessete da noite muito interessante.


— Qualquer pessoa pode ter ligado: amigos, parentes. Pelo que sabemos...


— Foi James — Poncho afirmou convicto. — Vamos para lá. Agora.


— Para onde?


Poncho exibiu o mapa a Gillis.


— Aqui está Bickford Street. Um carro-patrulha foi enviado para lá à meia-noite e dez. E aqui está o cruzamento da Calderwood com a Hardwick. O carro-patrulha teria passado exatamente por aqui.


— Acha que James tem um esconderijo por lá?


Poncho rabiscou um círculo no mapa, num raio de três quarteirões em torno do cruzamento mencionado.


— Ele está aqui. Tem de estar por aqui.


Gillis deu a partida no motor.


— Acho que nosso palheiro acaba de se tornar um bocado menor.


Vinte minutos depois estavam na esquina da Calderwood com a Hardwick. Havia mesmo um posto de gasolina, mas fora fechado e exibia uma placa com os dizeres: "Vende-se Propriedade Comercial". Por alguns instantes, Poncho e Gillis limitaram-se a vigiar a rua. Não havia nenhum movimento.


Gillis subiu a Hardwick. A região era predominantemente industrial. Havia terrenos baldios, uma oficina de barcos, uma empresa madeireira, uma fábrica de móveis. Todos os estabelecimentos estavam fechados, os estacionamentos vazios, os edifícios às escuras. Viraram na Calderwood.


Poucos metros adiante, Poncho divisou a pequena janela iluminada. Era a única janela do edifício. Ao se aproximarem, Gillis apagou os faróis e estacionou um quarteirão antes.


— É o velho armazém Stimson — Poncho falou.


— Não há nenhum carro no estacionamento, mas parece que tem alguém em casa — Gillis comentou. — A Stimson não fechou no ano passado?


Poncho não respondeu, pois já estava saindo do carro.


— Ei! — Gillis sussurrou. — Não deveríamos pedir reforços?


— Peça você, enquanto dou uma busca na área.


— Poncho! — Gillis chamou. — Poncho!


Com o coração acelerado, Poncho ignorou a advertência do parceiro e aproximou-se do armazém. A escuridão estava a seu favor. Quem quer que estivesse lá dentro não perceberia a sua aproximação. Pelas frestas da grande porta, Poncho avistou mais luz.


Deu a volta no edifício, mas não encontrou nenhuma janela baixa, nenhuma maneira de ver o que acontecia lá dentro. O armazém contava com duas portas: uma na frente, outra nos fundos. Ambas estavam trancadas. Diante do edifício, deparou com Gillis.


— O reforço está a caminho — Gillis informou-o.


— Preciso entrar.


— Não sabemos o que vamos encontrar lá dentro... — Gillis interrompeu-se.


O telefone de seu carro tocava. Os dois correram para atender. Navarro apanhou o fone.


— Navarro falando.


— Detetive Navarro — disse a telefonista da polícia —, temos uma ligação para o senhor. O homem diz ser urgente. Vou completar.


Houve uma pausa, alguns ruídos e, então, uma voz masculina falou:


— Fico contente em encontrá-lo, detetive. Esse telefone em seu carro é mesmo muito útil.


— James?


— Gostaria de lhe fazer um convite pessoal, detetive. Só para você. Uma reunião com uma certa pessoa que está bem aqui, ao meu lado.


— Ela está bem?


— Está ótima. — Em tom de ameaça, James acrescentou: — Por enquanto.


— O que quer de mim?


— Nada. Só quero que venha tirar a Srta. Cormier do meu caminho. Ela se tornou uma grande inconveniência e eu tenho mais o que fazer.


— Onde ela está?


— Por acaso o nome Stimson lhe diz alguma coisa? Pode procurar o endereço. Desculpe, mas não estarei aqui para recebê-lo, pois preciso ir andando.


James desligou o telefone e sorriu para Anahí.


— Está na hora de eu ir embora. Seu herói chegará a qualquer momento.


Apanhou a caixa de ferramentas e colocou-a no carro.


Ele vai embora, Anahí pensou, me deixando aqui como isca para a sua armadilha.


Embora estivesse um pouco frio dentro do armazém, ela sentiu uma gota de suor escorrer de sua testa, quando viu James apanhar o radiotransmissor. Tudo o que ele teria de fazer seria apertar um botão, e a contagem regressiva começaria.


Dez minutos depois, o armazém explodiria.


Seu coração saltou ao vê-lo empunhar o transmissor.


Ele sorriu.


— Ainda não — falou. — Não quero que nada aconteça prematuramente.


Virou-se e caminhou para a porta do armazém. Acenou para Anahí.


— Diga adeus a Navarro por mim. Diga-lhe que lamento perder o show.


Retirou a pesada tranca da porta e empurrou-a, fazendo com que deslizasse com ruído metálico. A porta estava quase totalmente aberta quando James imobilizou-se.


Bem diante dele, os faróis de um carro se acenderam.


— Parado, James! — o comando soou de algum ponto na escuridão. — Erga as mãos acima da cabeça!


Poncho, Anahí pensou, ele a encontrara.


— Mãos ao alto! — Poncho gritou. — Agora!


Com a silhueta recortada pela luz dos faróis, James pareceu hesitar por um instante. Então, lentamente, ergueu as mãos.


Ainda segurava o transmissor.


— Poncho! — Anahí gritou. — Há uma bomba! Ele está com o transmissor!


— Solte-o — Poncho ordenou. — Solte-o ou vou atirar!


— É claro — James concordou.


Devagar, abaixou-se e colocou o transmissor no chão. Mas, quando o fez, ouviu-se o inconfundível clique. Meu Deus, ele armou a bomba, pensou Anahí.


— É melhor apressar-se — James declarou e atirou-se para o lado, desaparecendo na escuridão.


Não foi rápido o bastante. Poncho disparou dois tiros. As duas balas atingiram o alvo.


James tropeçou, caiu de joelhos e começou a arrastar-se. Mas seus membros moviam-se como os de um bêbado, ou de um nadador tentando dar braçadas em terra firme. Com suas últimas forças, ainda praguejou:


— Mortos... Vocês estão todos mortos...


Poncho passou por cima do corpo inerte de James e foi direto na direção de Anahí.


— Não! — ela gritou. — Fique longe!


Ele parou, fitando-a confuso.


— O que há?


— Há uma bomba sob a minha cadeira. Se tentar me libertar, ela explodirá!


No mesmo instante, Poncho olhou para os fios ligados à cadeira e seguiu-os com o olhar, até o primeiro feixe de dinamite visível.


— Ele colocou dezoito bananas de dinamite em torno do armazém — Anahí informou-o. — Três estão debaixo da cadeira. Estão armados para explodir em dez minutos. Menos, agora.


Seus olhares se encontraram. E, naquele momento, Anahí viu o desespero de Poncho. Ele logo recuperou o controle e aproximou-se da cadeira.


— Vou tirar você daqui — prometeu.


— Não há tempo!


— Dez minutos? — ele riu tenso. — É tempo de sobra. — Ajoelhou-se e espiou debaixo da cadeira. Não disse nada, mas, quando se levantou, sua expressão era sombria. Virou-se e chamou: — Gillis!


— Estou aqui — o parceiro respondeu, aproximando-se com cuidado. — Trouxe a caixa de ferramentas. O que temos?


— Três bananas de dinamite sob a cadeira e um timer digital. — Poncho retirou o timer com cuidado e colocou-o no chão. — Parece um circuito paralelo simples. Preciso de tempo para analisá-lo.


— Quanto tempo temos?


— Oito minutos e quarenta e cinco segundos.


Gillis praguejou.


— Não há tempo para esperarmos o caminhão com o equipamento.


Uma sirene aproximou-se e dois policiais entraram no armazém.


— O reforço chegou — Gillis anunciou e correu para a porta. — Fiquem onde estão! Temos uma bomba aqui! Quero evacuação do perímetro agora mesmo! E chamem uma ambulância!


Não precisarei de ambulância, Anahí pensou. Se esta bomba explodir, não sobrará nada de mim. Tentou acalmar-se e conter a histeria que a ameaçava. Mas o terror tomava conta de seu ser, tornando sua respiração difícil. Não havia nada que pudesse fazer para salvar a própria vida. Seus punhos estavam firmemente amarrados, assim como seus tornozelos. Se tentasse mover-se, a bomba poderia explodir.


Estava tudo nas mãos de Poncho.



Gente, como essa web tah terminando, eu quero postar outra, alguma sugestão de livro????



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Autor(a): letiportilla

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Jl: Como assim, manter os sobrenomes originais? Penúltimo capítulo!!!!! As feições de Poncho mostravam-se tensas, enquanto ele estudava o circuito. Eram tantos fios! Levaria horas só para compreender suas ligações. Mas eles só contavam com minutos. Embora ele não pronunciasse uma palavra, Anahí percebe ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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