Fanfics Brasil - Capítulo XIV Sabor de Perigo [TERMINADA]

Fanfic: Sabor de Perigo [TERMINADA]


Capítulo: Capítulo XIV

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Jl: Como assim, manter os sobrenomes originais?



Penúltimo capítulo!!!!!


As feições de Poncho mostravam-se tensas, enquanto ele estudava o circuito. Eram tantos fios! Levaria horas só para compreender suas ligações. Mas eles só contavam com minutos. Embora ele não pronunciasse uma palavra, Anahí percebeu a urgência um seu semblante, e viu as primeiras gotas de suor formarem-se em sua fronte.


Gillis voltou para o lado do parceiro.


— Verifiquei todo o perímetro. James espalhou quinze ou mais bananas de dinamite pelo armazém. Não há outros mecanismos detonadores. O único é este.


— É fácil demais — Poncho murmurou. — Ele queria que eu cortasse este fio.


— Poderia ser um blefe? Ele sabia que suspeitaríamos. Assim, fez da maneira mais simples, só para nos confundir.


Poncho engoliu seco.


— Parece que o centro do circuito está aqui. Mas bem acima ele soldou as extremidades dos fios. Pode ter invertido a ligação. Se eu tentar remover a solda, poderia detonar o sistema.


Gillis olhou para o timer.


— Temos cinco minutos.


— Eu sei, eu sei.


A voz de Poncho estava rouca de tensão, mas suas mãos apresentavam-se absolutamente firmes, enquanto ele examinava o circuito. Um leve toque no fio errado, e os três seriam vaporizados.


Lá fora, mais sirenes chegavam e paravam. Anahí ouvia as vozes e os sons de confusão.


Lá dentro, porém, o silêncio era total.


Poncho respirou fundo e olhou para ela.


— Você está bem?


Ela assentiu tensa. E viu nos olhos dele os primeiros sinais de pânico. Ele sabe que não conseguirá decifrar o circuito a tempo.


Aquele fora exatamente o plano de James. O dilema inútil. A escolha fatal. Que fio cortar? Um? Nenhum? Devia arriscar a própria vida? Ou tomar a decisão racional de abandonar o armazém... e ela?


Anahí sabia que escolha Poncho faria. Estava clara nos olhos dele.


Os dois morreriam.


— Dois minutos e meio — Gillis anunciou.


— Saia daqui — Poncho ordenou-lhe.


— Você precisa de ajuda.


— E seus filhos precisam de um pai. Saia daqui!


Gillis não se moveu.


Poncho pegou o alicate e isolou o fio branco.


— Está chutando, Poncho. Não sabe que fio cortar.


— Instinto, camarada. Sempre tive bons instintos. É melhor você sair. Temos pouco mais de dois minutos. E você não está me ajudando em nada.


Gillis levantou-se, mas ficou onde estava, dividido entre sair e ficar.


— Poncho...


— Saia!


Gillis falou baixinho:


— Estarei esperando por você com uma garrafa de uísque, camarada.


— Faça isso. Agora, saia daqui.


Sem mais uma palavra, Gillis deixou o edifício. Somente Poncho e Anahí ficaram.


Ele não precisa ficar, não precisa morrer.


— Poncho — ela sussurrou.


Ele pareceu não ouvi-la. Estava concentrado no circuito, os alicates pairando sobre a escolha de vida ou morte.


— Saia, Poncho — ela implorou.


— Este é o meu trabalho, Anahí.


— Seu trabalho não é morrer!


— Não vamos morrer.


— Tem razão. Nós não vamos morrer. Você não vai. Se sair agora...


— Não vou sair. Compreendeu? Não vou.


Seu olhar encontrou o dela. E Anahí viu, naqueles olhos firmes, que ele tomara a sua decisão. Escolhera viver, ou morrer, com ela. Não era o tira quem a fitava, mas sim o homem que a amava. O homem que ela amava.


Sentiu as lágrimas rolarem por suas faces. Só então percebeu que chorava.


— Temos pouco mais de um minuto. Farei uma tentativa — Poncho falou. — Se estiver certo, cortar este fio resolverá o problema. Se estiver errado... — suspirou. — Saberemos em breve. — Deslizou o alicate para o fio branco. — Vou cortar este.


— Espere.


— O que foi?


— Quando James estava preparando o explosivo, ele soldou um fio branco num fio vermelho. Então, cobriu-os com fita adesiva verde. Faz diferença?


Poncho olhou para o fio que estivera prestes a cortar.


— Faz. Faz uma grande diferença.


— Poncho! — Gillis gritou pelo alto-falante. — Você tem dez segundos!


Dez segundos para correr.


Poncho não correu. Posicionou o alicate em torno de um fio preto e ergueu os olhos para Anahí. Fitaram-se por um momento.


— Eu te amo — ele murmurou.


Ela assentiu, as lágrimas corriam soltas.


— Também te amo.


Seus olhares permaneceram fixos um no outro, mesmo enquanto Poncho pressionava o alicate em torno do fio.


O fio partiu-se em dois.


Por um momento, nenhum dos dois se moveu. Continuaram petrificados, paralisados pela certeza da morte.


Então, lá de fora, Gillis gritou:


— Poncho? A contagem terminou! Poncho!


No instante seguinte, Poncho cortava as amarras dos punhos e tornozelos de Anahí. Ela estava abalada demais para se manter de pé, mas não foi preciso, pois ele a tomou nos braços e carregou-a para fora.


A rua era um festival de luzes dos veículos de emergência — carros-patrulha, ambulâncias, bombeiros. Poncho carregou-a em segurança para fora do cordão de isolamento da polícia e colocou-a no chão.


No mesmo instante, estavam cercados por uma multidão de policiais. Coopersmith e Liddell estavam entre eles, todos querendo saber as condições da bomba. Poncho ignorou-os. Limitou-se a ficar ali, abraçando Anahí com força, protegendo-a do caos.


— Afastem-se todos! — Gillis ordenou. — Deixem-nos respirar! — Virou-se para Poncho. — E quanto ao explosivo?


— Está desarmado — Poncho respondeu. — Mas, tenha cuidado. James pode ter preparado alguma surpresa.


— Terei cuidado — Gillis garantiu e virou-se para o armazém. Então, falou: — Poncho?


— Sim?


— Acho que já merece a sua aposentadoria — falou com um sorriso e afastou-se.


Anahí olhou para Poncho. Embora o perigo houvesse passado, sentiu o coração dele bater forte. O seu acompanhava o ritmo.


— Você não me deixou — murmurou com lágrimas nos olhos. — Podia ter...


— Não, eu não podia.


— Eu pedi para você sair! Queria que você saísse!


— E eu queria ficar. — Poncho segurou-lhe o rosto entre as mãos. — Não haveria outro lugar para mim, exceto ao seu lado, Anahí. Não há outro lugar em que deseje estar.


Anahí sabia que dezenas de pares de olhos os observavam. A imprensa já chegara com suas câmaras e holofotes. A noite estava repleta de vozes e luzes. Porém, naquele momento, quando Poncho abraçou-a e beijou-a, não havia mais nada, ou ninguém.


Quando a manhã chegasse, ele ainda a teria nos braços.


 



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Autor(a): letiportilla

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 374



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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:05:03

    Hainnnnnn
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    Que lindo...serio amei essa adaptação...muito boa.
    Obrigado por naum abandonar e sempre postar...amei a web de verdade.
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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:57

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  • jl Postado em 18/09/2010 - 00:04:08

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