Fanfic: Sempre Unidos ©

Ficamos conversando mais um pouco lá no jardim. O Fercho sempre sendo o
palhaço, me chamando de Chuck! E às vezes a Mai dava um tapa ou um beliscão
nele, por ele olhar pra outras garotas de propósito. Isso arrancava risos e
mais risos nossos.

Passou-se um mês. Era dia sete de março. Iria ter uma festa no colégio terça-feira,
era sábado. Eu e os outros estávamos na cantina, conversando, como sempre. De
vez em quando passavam algumas garotas metidas, e ficavam se jogando nos
garotos. Principalmente no Christopher. Eu sentia uma pontada de ciúmes quando
ele sorria – aquele sorriso que somente ele pode dar – para aquelas vacas...
Mas era ciúme de irmã... Eu acho...

XxX: Oi Chris! Tudo bem? Pega meu telefone, e me liga, hein! – e saiu. Que
raiva daquela garota! Por que eu estava assim? Ele era meu irmão, apenas isso,
meu irmão... Meus olhos marearam.

Dulce: Oi Chris! Tudo bem? Pega meu telefone, e me liga, hein! – repeti o
que aquela garota falou, em tom de brincadeira, mas com uma pontadinha de ciúmes.
Christopher ficou sério.

Christopher: O que você tem contra ela? – falou quase gritando, muito
irritado. Não entendi sua reação, eu estava apenas brincando.

Dulce: Contra ela nada, só com algumas va*ias que estão nos rondando faz
hora praticamente jogando-se em cima de vocês! Menos do Fercho, já que a Mai
não deixa. – falei irritada também, ele não tinha o direito de gritar comigo.

Christopher: E QUEM É VOCÊ PRA FALAR ASSIM DELAS? – aquilo doeu
profundamente em mim. Como assim quem era eu? Quer dizer que tudo o que
passamos juntos não foi nada para ele? De que éramos irmãos considerados, isso
não foi nada?

Dulce: COMO ASSIM QUEM SOU EU? – eu e ele já tínhamos nos levantados das
cadeiras em que estávamos. Meus olhos já estavam marejados; todos os que
estavam na lanchonete olhavam para nós, eu pouco estava me importando – Vejo
que sermos melhores amigos e você ser considerado como um irmão pra mim, não
valeu de nada pra você... Com licença, Christopher. Já que não sou nada pra você,
não tenho o que fazer aqui, não é mesmo? – e corri dali, as lágrimas já rolavam
pelo meu rosto, antes de me trancar no banheiro ainda pude ouvir Poncho falar:

Poncho: O QUE DEU EM VOCÊ PRA FALAR
COM ELA ASSIM? – e já não ouvi mais nada, eu já tinha trancado a porta do
banheiro da lanchonete, ele era público, mesmo assim eu o fechei e me sentei em
um canto. Apoiei meus braços em minhas pernas, coloquei as mãos no rosto e
desabei em choro. Não sei por quanto tempo eu fiquei lá, só sei que pude ouvir
um barulho estrondoso. Uma porta estava sendo derrubada. Eu podia ouvir tudo, mas
eu não conseguia abrir os olhos. Eu não sentia nada. Meus olhos estavam
pesados, não conseguia nem ao menos me mexer. Eu apenas ouvia gritos de
desespero, e choros. Escutei Any falar:

- Poncho, ela vai... ficar bem... não vai? – enquanto falava, Any soluçava.
O que teria acontecido comigo? Se ao menos eu conseguisse abrir meus olhos... Nem
sentir meu corpo eu sentia...

Poncho: Eu... não... sei, Any... A Dul vai pro hospital... – Poncho embolava-se
nas palavras, e eu também ouvi seus soluços.

Fercho: Dul, maninha bebê... Você está me ouvindo? Por... favor... fala
alguma... coisa! Nós te... amamos... Dulce... – foi a última coisa que eu ouvi.