Fanfic: Sempre Unidos ©

Abri meus olhos. Onde eu estava? O que havia acontecido? Olhei ao meu
redor... Eu estava em um hospital. Meus amigos estavam lá, menos Christopher.
Lembrei-me de tudo, e comecei a chorar descontroladamente. Eu não era nada pra
ele... Simplesmente, NADA. Christopher ultimamente estava me tratando
diferente, era frio comigo. Nós mal nos falávamos, e quando eu perguntei o que
estava acontecendo com ele, ele simplesmente me ignorou e saiu. Nem ao menos
olhou em meus olhos... Chorei mais ainda, já estava soluçando, e meus olhos
estavam fechados tentando conter as lágrimas. Senti alguém perto de mim e abri
meus olhos.

Anahí: DULCE! – Any chorava descontroladamente, ela me abraçou, e seu grito
fez com que os outros despertassem, pois estavam dormindo. Todos ao ouvirem meu
nome, correram para ver, quando me viram acordada começaram a chorar.

Poncho: Vo-cê... Está bem? – algumas lágrimas caiam do rosto de Poncho.

Dulce: Acho que sim... – tentei descontrair o clima, sem sucesso.

Fercho: Dulce, você nos matou de susto! Por que se trancou naquele banheiro?
Quando chegamos você já estava caída, parecia que estava... – ele parou de
falar e me abraçou – Nunca mais faça isso! Se você morresse... – coloquei meu
dedo sobre sua boca.

Dulce: Eu não morri. E também não quero mais lembrar daquilo... Apenas me abracem,
por fav... – nem terminei de falar, todos já estavam me abraçando. Eu queria Christopher
ali, mesmo depois de tudo... Mas o que eu estava falando? Meu Deus! O que eu
realmente sentia por ele? Por que lembrar-se como ele me tratou estava me fazendo
tão mal? Eu não me senti ofendida como irmã, eu me senti ofendida como
mulher...

Todos: Amamos-te!

Dulce: Eu também amo vocês...

No dia seguinte eu saí do hospital, junto com os outros. Eu já estava bem.
Eu só não estava preparada para encarar Christopher mais uma vez. Por mais que
queria vê-lo, ao mesmo tempo eu não queria. Meu orgulho estava ferido, e meu
coração despedaçado. Assim que chegamos ao colégio, fui correndo até meu
quarto. Não queria ter que vê-lo, seria um tormento.

As palavras dele ainda ressoavam em minha mente... “Por que os homens têm
que ser assim? Por que não podemos confiar neles? Por que eles sempre nos
machucam, de uma forma ou outra? Por que assim que conseguimos confiar em alguém,
esse alguém nos apunhala pelas costas? Por que ele me tratou assim?”

Anahí: Porque ele é um idiota. – Any e Mai sentaram-se na minha cama.

Maite: Não chore. – disse limpando minhas lágrimas.

Dulce: Vocês já estão aí há muito tempo?

Anahí: O suficiente para ter escutado tudo o que você disse.

Dulce: Vocês não precisam ficar com raiva dele por minha causa.

Maite: Como não vamos ficar com raiva dele? Ele te deixou mal, Dul, e já que
ele fez isso, nos deixou mal também.

Anahí: E além do mais, como vamos olhar pra ele? Como iríamos ficar ao lado
do Christopher sabendo o que ele fez com a NOSSA Best? Você por acaso se lembra
do nosso juramento?

Dulce: Eu nunca esqueci... – algumas lágrimas ainda teimavam em descer.

Maite: “Não magoaremos umas as outras, e nunca deixaremos ninguém machucar
uma de nós...”. A promessa que fizemos nunca, nunca, será quebrada! Ele te machucou...
Te fez sofrer, e não admitimos isso. Você é a nossa amiga, Dul!

Dulce: Obri-ga-da... meninas! – eu soluçava de tanto chorar. As abracei.

Anahí: Você correu pra cá porque não queria vê-lo, não foi?

Dulce: Foi...

Maite: Amiga! Mais cedo ou mais tarde você terá que vê-lo! Até porque, nós
somos todos da mesma sala...

Anahí: A Mai tem razão, Dul...

Dulce: Eu sei que vocês têm razão, mas hoje eu prefiro não vê-lo. Evitá-lo!
Pelo menos por hoje, por favor...

Anahí: Tudo bem Dul, você que sabe... Vamos à cantina pegar um lanche para nós,
quer ir conosco?

Dulce: Não, não, vou ficar por aqui mesmo...

Maite: Tá certo... E o que você vai querer?

Dulce: Ah... Um suco de laranja!

Anahí: Ok! Vamos Mai. Beijo amiga!

Dulce: Beso.

Assim que as meninas saíram, eu peguei meu inseparável caderninho. Como eu
sempre fazia, iria escrever uma canção. Eu ainda estava mal. Ele não podia ter
me tratado daquele jeito, tão absurdo, tão bruto! E eu estava confusa sobre
meus sentimentos por ele. Escrevi na folha do meu caderninho tudo o que o meu
coração sentia, eu nem lia o que eu escrevia, apenas escrevia o que o meu coração
mandava.