Fanfic: Sempre Unidos ©

Terminei meu banho, vesti a farda do colégio, e desci. As meninas
continuavam dormindo.

Dulce: Dorminhocas! – pensei rindo, e fui acordá-las, se não acabariam
atrasando-se para a aula. Pulei na cama da Mai e ela acordou assustada, eu
gargalhei e ela lançou-me um olhar mortal – ACOOOORDA! – gritei para Any ouvir,
ela apenas se mexeu. Eu e a Mai sorrimos, a Any era a mais preguiçosa – É assim?
Pois tá certo! Vou dizer pro Poncho que você não quer vê-lo... – falei brincando,
ela despertou na hora, fazemos eu e a Mai rirmos.

Anahí: Não achei graça! – falando emburrada e voltando a deitar-se na cama,
Mai já havia ido tomar banho.

Dulce: Ain, sua dorminhoca! Pára com isso, anda, acorda! – tirei a coberta
dela, e ela levantou muito a contra gosto – Você devia me agradecer ouviu,
senhorita? Ou você queria perder a primeira aula, ser chamada pelo diretor,
talvez levar uma advertência, ter que ouvir o papo dele e misturado também com
o bafo que ele tem, e ainda... – eu ainda ia falar milhares de coisas, mais ela
me interrompeu.

Anahí: Dul, Dul! – me chamou, eu olhei para ela – Já entendi, tá? Thanks! –
disse olhando-se no espelho, esperando a Mai terminar o banho. Eu ri, e fui até
onde ela estava. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, perfumei-me e passei
apenas um lápis de olho.

Depois fiquei esperando as meninas arrumarem-se, ainda era cedo, com certeza
o professor ainda nem se encontrava na sala. Enquanto as meninas ficavam se
arrumando, eu pensava em como olhar pra cara do Chris. Ele devia estar me
achando uma doida! Enterrei meu rosto no travesseiro e fiquei lá por um tempo,
pensando, até que sou despertada.

Maite: Dul! Vamos? – chamou Mai já abrindo a porta para sairmos. Levantei-me
da cama e fomos. Chegando lá, as meninas foram falar com os garotos, o Chris
ainda não havia chegado. Cumprimentei o Poncho e o Fercho e fui para minha
cadeira. Fiquei rabiscando lá coisas que eu nem sabia o que era. Na verdade,
minha atenção nem era para o que eu estava fazendo e sim na descoberta que eu
havia feito. Amar... Suspirei. Por tantas vezes eu queria que essa palavra
estivesse longe de mim, que esse sentimento estivesse longe do meu coração. Por
quantos anos evitei olhar para algum garoto com outros olhos, por tantos anos
evitei ter muitos amigos garotos, por tantos anos, me isolei do amor. E agora,
não pude evitar, me apaixonei... E pela única pessoa que eu não devia nem
pensar em amar. Minha cabeça foi invadida de várias imagens, lágrimas queriam sair, mas eu não
deixava. Já chorei tanto por tantas coisas e pessoas que não mereciam, mas
agora, não. Eu não deixaria abater-me. Não deixaria abater-me... Essa frase
ecoava em minha mente, até que sinto que alguém me observava. Levantei a
mirada, e o vi ali. Meu coração acelerou, e eu senti raiva. Raiva de mim! Não
devia ter me apaixonado justamente por Christopher Uckermann. Mas, no fundo, eu
sabia que a culpa não era minha. Nunca mandei no meu coração, se eu mandasse,
teria evitado tanto sofrimento... Saí novamente de meus pensamentos, ele não se
mexia, apenas olhava-me. Isso já estava deixando-me envergonhada, o que ele
tanto olhava em mim? Eu também não deixava de olhar seus olhos, seus lindos e
profundos olhos...

Dulce: O que tanto olhas? – perguntei, ainda olhando-o nos olhos.

Christopher: Você. – ruborizei na hora. O que ele tanto olhava em mim? Suspirei,
algumas ilusões estavam me invadindo. Ilusões! Malditas ilusões! E elas não
passam apenas de meras ilusões...