Fanfic: Sempre Unidos ©

Lentamente abri meus olhos. Levantei-me
bruscamente e olhei ao redor do lugar. Tornei a deitar, muito triste. Eu estava
dormindo em meu quarto, sonhando... “Um sonho! Não passou de um sonho...”, pensei
e suspirei.

Dulce: Nunca vai ser mais do que um sonho, Dulce.
Não se iluda. Não se iluda! – eu repetia para mim mesma. “Não se iluda”, a
frase ficava ecoando em minha mente. A quem eu queria realmente enganar? Não me
iludir? Como não me iludir? Isso é tão fácil pra falar! A cada momento que ele
vem em minha direção, é uma ilusão. Uma ilusão do que ele quer falar comigo;
uma ilusão de que um dia, um dia ele vá se declarar; uma ilusão de que um
dia... um dia quem sabe, ele me veja mais que uma irmã; uma ilusão de que as
ilusões podem ser verdade, um dia... Algum dia, talvez...

Sem perceber algumas lágrimas já escorriam por meu
rosto, era tão difícil não pensar nele sem sofrer... Não pensar nele e não se
iludir, simplesmente não pensar nele, era impossível.

Dulce: Te amo... – falei deitada em minha cama, de
lado. As meninas entraram a tempo de ouvir o que eu disse, rapidamente limpei
minhas lágrimas, mas elas viram.

Maite: Dul, o que houve? Você tava chorando? –
disse indo em minha direção e sentando-se em minha cama, junto com a Any.

Anahí: Claro que ela tava chorando, Mai! Você não
viu? – falou olhando para mim, e depois para Mai.

Maite: Any, para de ser grossa! – falou olhando
para mim preocupada.

Anahí: Desculpa amiga! – e a abraçou. Eu mal
prestava atenção na conversa, estava em outro mundo. Completamente em outro
mundo, já não ouvia nem mais o que as meninas falavam. Até que Any gritou em
meu ouvido.

Anahí: DULCE MARÍAAAA! – gritou em meu ouvido, o
que óbvio, fez-me despertar de meu transe.

Dulce: AIIIIIIIIIIIII! – e dei um pulo na cama –
Tá doida, Anahí? – perguntei irritada e sentei-me na cama. As meninas sentaram
do meu lado.

Anahí: Desculpa amiga! Mas é que faz horas que nós
te chamávamos e você parecia que tava surda! Por que tava chorando? –
explicou-se e logo depois me perguntou isso. Eu procurei uma resposta rápida.

Dulce: Ahn, é que... É que... Ér... – elas faziam
gestos com a mão para que eu continuasse. Eu não conseguia achar nenhuma
resposta convincente. Desisti, e deitei-me na cama.

Maite: Não chora! – falou triste.

Dulce: Querem saber por que eu tava chorando? –
perguntei já com lágrimas nos olhos, e um pouco irritada. Novamente sentei-me
na cama, olhei para cada uma, que assentiam com a cabeça – POR MINHA CAUSA! EU
TAVA CHORANDO POR MINHA CAUSA, POR QUE EU SOU A CULPADA DE TUDO! TUDO! EU E A
MERDA DO MEU CORAÇÃO! – e pus-me a chorar. As meninas me deram colo e carinho,
como se fossem uma mãe protegendo uma filha em sua primeira desilusão amorosa.

Anahí: Calma Dul, calma... – ela falava
acariciando meus cabelos – Tudo vai ficar bem. E não precisa falar nada pra
gente, tá? – eu levantei-me do colo da Mai, e limpei minhas lágrimas.

Dulce: Tudo bem, Any. Vocês são minhas amigas,
merecem saber de tudo... – falei calma, mas com umas lágrimas escorrendo por
meu rosto. Elas assentiram com a cabeça e eu contei tudo, estava precisando
muito desabafar com alguém. Quem seria melhor que minhas amigas?

Anahí: Dul, não fica assim... Não sei por que, mas
tenho CERTEZA que ele te ama! – eu neguei com a cabeça, cabisbaixa. As meninas
desistiram de falar que ele também me amava e nós nos abraçamos. Ficamos um
tempo assim.

Era bom ter minhas amigas por perto. Era bom ficar
perto delas, sempre era bom! Depois de um tempo elas foram falar com os namorados
e eu fiquei no quarto. Fiquei no quarto descansando. Lembrei-me que tinha que
fazer um trabalho de história, e fui até a biblioteca. Durante o caminho do meu
quarto até lá, alguns colegas de classe meus me cumprimentavam e davam parabéns
pelo RBD. Sentia-me feliz, o RBD se Deus quiser, faria muito sucesso.

Cheguei à biblioteca e fiquei pesquisando algumas
coisas lá. O trabalho valia nota, e óbvio que eu não iria desperdiçar essa
oportunidade. Minhas notas em história não eram as melhores. Depois de algumas
horas fazendo aquele bendito trabalho, terminei.

Dulce: Até que enfim! Agora vamos ver como
ficou... – li o trabalho todinho, corrigi alguns erros que tinha, e o imprimi. Fiz
uma capa, grampeei e guardei-o em meu quarto. Deitei na minha cama e fiquei
olhando vagamente pro teto.

Dulce: Onde será que as meninas estão? –
estranhei. Já eram cinco da tarde, fazia exatamente três horas que elas tinham
ido ver os garotos – Afe, o que será que eles tão fazendo? – ri do meu
pensamento malicioso.

Já que não tinha mais nada o que fazer, peguei um
livro e fiquei lendo. O livro era envolvente, romântico e muito triste ao mesmo
tempo. Em algumas partes eu chorava, pois as cenas eram tristes. O tempo havia
passado rápido, as meninas já haviam chegado, e tomado banho e estavam
comentando comigo sobre o livro. Elas também já haviam lido.

Anahí: Ain, ele é muito lindo, meninas! Eu chorei
muito nele.

Maite: Então somos duas! Ele é super romântico,
mas tem muitas partes tristes...

Dulce: Somos três. – falei sorrindo.

Ficamos mais um tempo conversando, e acabamos
adormecendo. No dia seguinte seria sábado, e eu iria visitar meus pais. Estava
com tanta saudade deles. A Any havia novamente brigado com o pai, e por isso
ficaria no colégio, a Mai iria visitar os pais, já que estava com saudades também.