Fanfics Brasil - Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)


Capítulo: 12? Capítulo

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Poncho voltou a olhar para o desenho que tinha diante de si.


-   Acho que hoje não estou muito inspirado. - Ele, em seguida, olhou para um porta-retrato que estava sobre a escrivaninha. - Annie foi muito gentil em ter me presenteado com esse porta-retrato. Como ela mesmo disse, jamais me preocuparia em ter um, onde pudesse colocar as duas fotos minhas que saíram no jornal, junto com a reportagem que fizeram sobre mim no mês passado.


Numa das fotografias, Poncho, com um formão, traba­lhava um pedaço de madeira. Na outra, aparecia com um cinzel nas mãos, dando acabamento na porta de um guarda-roupa.


"Ela foi muito gentil em ter me presenteado. O pre­sente deve ter sido por causa do berço..."


Poncho, vendo que não conseguiria terminar o desenho, resolveu ir para o oficina. No instante em que ia co­meçar a trabalhar, ouviu a porta da frente se abrindo.


-   É você, Annie?


-   Sou eu, sim - ela respondeu, num tom de voz baixo.
Preocupado, Poncho foi até à loja e viu que Annie estava com a criança nos braços.



  • - Me desculpe por ter trazido Kate, mas ela está meio resfriadinha.

  • - Tudo bem.

  • - Tem certeza que está tudo bem?

  • - Está, sim. Só não sei onde vamos poder colocá-la. - Ele pensou um pouco e disse: - Espere um pouco. Eu já volto.


Poncho subiu a escada que ligava a oficina a sua casa e instantes depois voltava com uma cesta de vime nas mãos.



  • -Acha que a garota cabe aqui?

  • -Mas é claro que cabe. A cesta é bem grande.

  • -Eu a comprei há muito tempo para ajudar um artesão.

  • -Ela é muito bonita.

  • -Acho que podemos colocá-la ali sobre aquela cama de casal.

  • -É uma boa idéia.


Quando Kate já estava acomodada, Poncho  voltou para o trabalho. Meia hora mais tarde, Annie entrava na oficina.



  • - Será que posso ir lá na cozinha fazer um chá para Kate?

  • - Sinta-se à vontade. Se quiser usar a cozinha de cima...

  • - Não, eu faço o chá aqui embaixo mesmo.


Mal Annie tinha entrado na cozinha, Kate começou a chorar. Preocupada, ela foi ver o que estava aconte­cendo e voltou para a cozinha com a criança nos braços. Dez minutos depois, com Kate adormecida, ela deixava a cozinha.


"Pelo jeito, hoje é um dia que não vou conseguir trabalhar", Poncho constatou em pensamento. "E ainda tem o Tyler que logo vem para cá ficar comigo. Bem que Beth poderia ter desmarcado a hora do dentista. Afinal, faz dois dias que ficou sabendo que o garoto não teria aula hoje..."


Meia hora mais tarde, Tyler entrava na oficina.



  • - Tio Poncho, minha mãe disse que você ia fazer um sanduíche para mim.

  • - E onde está ela?

  • - Minha mãe já foi para o dentista.

  • - Certo, garotão! Vamos fazer o sanduíche. - Os dois foram para a cozinha. - Gostou do seu quarto novo?

  • - Gostei. - Beth e Tyler moravam numa pequena casa que ficava nos fundos da oficina. - Mas eu quero peixinhos.

  • -Peixinhos? - Poncho começou a preparar o sanduíche para o garoto. - E os peixinhos vão ficar fora d`água?

  • -Não, assim eles morrem.

  • -Bem, então você também quer um aquário.

  • -Quero.

  • -Se tudo der certo, no final do mês a gente compra o aquário e os peixinhos.

  • -Eu queria hoje.

  • -Hoje não vai dar, garotão.

  • -Por quê?

  • -Porque para comprar os peixinhos eu preciso tra­balhar e ganhar dinheiro.

  • -Mas você tem dinheiro no banco, tio Poncho.

  • -E quem lhe disse que eu tenho dinheiro no banco?

  • -Eu é que sei. - O menino deu de ombros.

  • - Mas o dinheiro que eu tenho no banco é para uma emergência. E comprar um aquário com vários peixinhos não é uma emergência.

  • - E o que é uma emergência? - Tyler quis saber.

  • - Bem, emergência é algo que acontece quando a gente não está esperando.

  • - Sei...


Era dessa maneira que Poncho tratava o sobrinho. Com muito carinho, mas colocando sempre limites. Não dava para fazer tudo o que o garoto queria. Ele precisava saber, desde cedo, que na vida não se conseguia tudo assim, de repente, na hora que a gente bem entendesse.


Quando Beth havia engravidado, Poncho tinha ficado muito chateado. Mas ela amava o namorado e os dois resolveram se casar. Depois, um mês após o casamento, no quarto mês de gravidez Linus, o marido de Beth, havia falecido. A morte surpreendera a todos, inclusive os médicos. O rapaz tinha uma doença gravíssima no coração, uma doença congênita, e jamais se dera conta.


Ao ver a irmã tão nova, desamparada e grávida, Poncho prometera a si mesmo que nada faltaria a ela e nem à criança que estava para nascer. Não queria que o sobrinho, nem de longe, passasse pelas privações que ele mesmo havia passado.



  • - Por que você tem duas cozinhas, tio?

  • - Porque fica mais fácil para mim quando estou trabalhando aqui embaixo.

  • - Mas é só subir a escada.

  • - Eu sei, mas preferi ter duas cozinhas.

  • - Na minha casa só tem uma cozinha.

  • - E você quer outra?

  • - Não, aquela está boa.


Poncho terminou de fazer o sanduíche e o entregou ao garoto.



  • - Quer tomar um copo de leite?

  • - Não, tio, já tomei o meu leite.

  • - E frutas? Você já comeu frutas?

  • - Não gosto muito de frutas. Eu gosto de chocolate.

  • - Chocolate... - Poncho teve vontade de rir, mas man­teve-se firme. - Chocolate logo de manhã?

  • - Eu gosto de chocolate - Tyler voltou a dizer.

  • - Eu também gosto, mas não dá para ficar comendo chocolate a todo instante.

  • - Minha mãe sempre diz a mesma coisa.

  • - E ela está certa.

  • - Tio?

  • - O que foi?

  • - Depois você vê a minha lição de casa?

  • - Quer que eu faça isso hoje?

  • - Quero.

  • - Certo. Termine de comer seu sanduíche e depois vá pegar o caderno. Agora eu vou voltar para o meu trabalho. Tem certeza que não quer um copo de leite?

  • - Eu queria um chocolate.

  • - Agora não é hora de chocolate... - Poncho passou a mão pela cabeça do garoto e voltou para a oficina.



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Autor(a): Bela

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Prévia do próximo capítulo

Em torno das onze horas, Annie foi conversar com Poncho. -Pelo jeito, Kate se acalmou - ele disse, atento ao que fazia. -É... Agora ela está bem quietinha. Mas acho que fiz uma coisa que não deveria ter feito. -Algo muito grave? -Bem, como Kate não dormiu bem à noite e estava chorando muito, resolvi ligar para a mãe dela. -Por ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 229



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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28

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    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)




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