Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)
Enquanto os dois caminhavam para casa, Poncho continuou mergulhado em pensamentos:
"Por que só hoje me dei conta realmente que estou funcionando como pai do Tyler? Será que os meus bloqueios emocionais são tão grandes assim? Na minha idade, já era para ter superado tudo. Bem, não é isso que uma vez eu ouvi um psiquiatra dizendo na televisão. Ele dizia que os adultos guardam no peito muitos problemas que não resolveram pela vida a fora. Lembro que naquele dia, fiquei com tanta raiva do comentário do psiquiatra que desliguei imediatamente a televisão."
- -Tio?
- -Diga, garoto.
- -Quando é que vou poder a começar a trabalhar na oficina com você?
- -Quando crescer mais um pouco, Tyler.
- -Mas quanto tempo é isso?
- -Talvez daqui uns três ou quatro anos.
- -Ah... Eu queria começar logo - o garoto tinha ficado muito frustrado.
- -Não dá para começar agora, Tyler. Uma marcenaria é muito perigosa. Você pode se machucar.
- -É... O seu amigo perdeu um dedo na serra, não perdeu?
- -Perdeu. E ele é adulto, tem quinze anos de profissão. Uma marcenaria não é lugar para uma criança tão pequena.
- -Mas eu podia, pelo menos, aprender a lixar as madeiras. Não vou me machucar lixando madeira.
- -Você quer tanto assim aprender a minha profissão?
- -Claro que quero.
- -Por quê, Tyler? -Poncho perguntou, sorrindo?
- -Porque eu quero ver a minha fotografia no jornal.
- -Pensei que você fosse estudar bastante, fazer uma faculdade.
- -Eu quero estudar bastante, tio. Mas também quero ser marceneiro. - De repente, o garoto mudou totalmente de assunto: - Se eu fosse o juiz, eu deixava Kate ficar com a Annie.
- -Eu também - Poncho concordou.
- -Por que você não vai falar com o juiz?
- -Há pouco lhe respondi esta pergunta, Tyler. Não vou falar com o juiz porque não posso, porque isso não é possível.
- -Então, vá falar com a mãe da Kate.
- -Já tentei, mas parece que não deu muito certo.
- -Eu acho que os adultos são muito complicados, tio.
- -É mesmo? - Poncho riu do jeito do sobrinho.
- -Minha mãe sempre me diz que eu não devo brigar com as outras crianças, que devo conversar com elas.
- -E você conversa?
- -Converso.
- -E dá certo? - Poncho lembrou-se da sua época de escola, onde não havia lugar para o diálogo. - Perguntei se dá certo as conversas que você tem com o seus colegas, Tyler.
- -Às vezes dá, tio. Mas tem vezes que a gente briga. Mas os adultos não deviam brigar, deviam conversar.
- -É verdade.
Os dois caminharam um quarteirão em silêncio. E foi Tyler quem retomou a conversa:
- -Você vai me ensinar, tio Poncho?
- -O que você quer que eu lhe ensine?
- -A lixar madeira.
- -Vou pensar no assunto.
- -Pense agora. Ainda faltam dois quarteirões para chegar em casa. Você tem tempo.
Tyler, estrategicamente, voltou a ficar em silêncio. Depois de andarem mais um quarteirão, ele voltou ao assunto:
- -Já pensou?
- -Combinado, garotão. Vou ensinar você a lixar madeira. Mas só a lixar. Você tem que me prometer que ficará longe das máquinas. E também vai me prometer que não pegará nenhuma das minhas ferramentas.
- -Eu prometo - Tyler estava muito compenetrado.
- -Posso confiar em você?
- -Pode. Eu fico num cantinho lixando madeira.
- -Mas isso, só depois que tiver feito o seu dever escolar. E é melhor que você fique no quintal.
- -Por quê?
- -Não quero que fique aspirando aquela serragem toda.
- -Está bem.
Ficaram em silêncio por alguns minutos.
- -Tio? - Tyler chamou.
- -O que foi agora?
- -Não quer mesmo dar uma rosa para a Annie?
- -Não, obrigado. Você mesmo entrega a rosa para ela. Quando os dois chegaram em frente à Station, Annie saía com Kate no colo.
Feliz, Tyler se aproximou dela e lhe entregou a rosa.
- - Tyler, muito obrigada - ela agradeceu, emocionada. - É a primeira vez na vida que recebo uma rosa.
- - Verdade?
- - É verdade, sim - Annie confirmou.
- - E para você ficar feliz e não chorar mais.
- - Você é uma gracinha de menino.
- - Eu ia comprar uma rosa para Kate, mas não comprei. Ela ainda é muito pequena. Agora, vou levar essa rosa para a minha mãe. - O garoto abriu o portão que ficava ao lado da Station e entrou correndo.
Frente a frente, a situação constrangedora que havia se criado entre Annie e Poncho ficou muito evidente.
- - Queria de lhe fazer um pedido - ela disse, num tom baixo de voz.
- - Pode fazer.
- - Até que Kate melhore do resfriado, gostaria de trazê-la comigo quando vier trabalhar.
- - Sinta-se à vontade.
- - Obrigada. - Ela deu-lhe as costas e rumou para o carro.
Autor(a): Bela
Este autor(a) escreve mais 37 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Já fazia duas semanas que acontecera o encontro no restaurante com Susy. A situação entre Annie e Poncho, depois daquele dia, havia se tornado muito tensa. Apesar continuar se mostrando muito educada, Poncho sentia que Annie estava perdendo o interesse pelo trabalho. Tal fato, e a maneira que ela passara a agir, o estava deixando profu ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 229
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
-
jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :) -
jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)