Fanfics Brasil - Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)


Capítulo: 21? Capítulo

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Enquanto os dois caminhavam para casa, Poncho con­tinuou mergulhado em pensamentos:


"Por que só hoje me dei conta realmente que estou funcionando como pai do Tyler? Será que os meus blo­queios emocionais são tão grandes assim? Na minha idade, já era para ter superado tudo. Bem, não é isso que uma vez eu ouvi um psiquiatra dizendo na tele­visão. Ele dizia que os adultos guardam no peito muitos problemas que não resolveram pela vida a fora. Lembro que naquele dia, fiquei com tanta raiva do comentário do psiquiatra que desliguei imediatamente a televisão."



  • -Tio?

  • -Diga, garoto.

  • -Quando é que vou poder a começar a trabalhar na oficina com você?

  • -Quando crescer mais um pouco, Tyler.

  • -Mas quanto tempo é isso?

  • -Talvez daqui uns três ou quatro anos.

  • -Ah... Eu queria começar logo - o garoto tinha ficado muito frustrado.

  • -Não dá para começar agora, Tyler. Uma marce­naria é muito perigosa. Você pode se machucar.

  • -É... O seu amigo perdeu um dedo na serra, não perdeu?

  • -Perdeu. E ele é adulto, tem quinze anos de pro­fissão. Uma marcenaria não é lugar para uma criança tão pequena.

  • -Mas eu podia, pelo menos, aprender a lixar as madeiras. Não vou me machucar lixando madeira.

  • -Você quer tanto assim aprender a minha profissão?

  • -Claro que quero.

  • -Por quê, Tyler? -Poncho perguntou, sorrindo?

  • -Porque eu quero ver a minha fotografia no jornal.

  • -Pensei que você fosse estudar bastante, fazer uma faculdade.

  • -Eu quero estudar bastante, tio. Mas também que­ro ser marceneiro. - De repente, o garoto mudou to­talmente de assunto: - Se eu fosse o juiz, eu deixava Kate ficar com a Annie.

  • -Eu também - Poncho concordou.

  • -Por que você não vai falar com o juiz?

  • -Há pouco lhe respondi esta pergunta, Tyler. Não vou falar com o juiz porque não posso, porque isso não é possível.

  • -Então, vá falar com a mãe da Kate.

  • -Já tentei, mas parece que não deu muito certo.

  • -Eu acho que os adultos são muito complicados, tio.

  • -É mesmo? - Poncho riu do jeito do sobrinho.

  • -Minha mãe sempre me diz que eu não devo brigar com as outras crianças, que devo conversar com elas.

  • -E você conversa?

  • -Converso.

  • -E dá certo? - Poncho lembrou-se da sua época de escola, onde não havia lugar para o diálogo. - Per­guntei se dá certo as conversas que você tem com o seus colegas, Tyler.

  • -Às vezes dá, tio. Mas tem vezes que a gente briga. Mas os adultos não deviam brigar, deviam conversar.

  • -É verdade.


Os dois caminharam um quarteirão em silêncio. E foi Tyler quem retomou a conversa:



  • -Você vai me ensinar, tio Poncho?

  • -O que você quer que eu lhe ensine?

  • -A lixar madeira.

  • -Vou pensar no assunto.

  • -Pense agora. Ainda faltam dois quarteirões para chegar em casa. Você tem tempo.


Tyler, estrategicamente, voltou a ficar em silêncio. Depois de andarem mais um quarteirão, ele voltou ao assunto:



  • -Já pensou?

  • -Combinado, garotão. Vou ensinar você a lixar ma­deira. Mas só a lixar. Você tem que me prometer que ficará longe das máquinas. E também vai me prometer que não pegará nenhuma das minhas ferramentas.

  • -Eu prometo - Tyler estava muito compenetrado.

  • -Posso confiar em você?

  • -Pode. Eu fico num cantinho lixando madeira.

  • -Mas isso, só depois que tiver feito o seu dever escolar. E é melhor que você fique no quintal.

  • -Por quê?

  • -Não quero que fique aspirando aquela serragem toda.

  • -Está bem.


Ficaram em silêncio por alguns minutos.



  • -Tio? - Tyler chamou.

  • -O que foi agora?

  • -Não quer mesmo dar uma rosa para a Annie?

  • -Não, obrigado. Você mesmo entrega a rosa para ela. Quando os dois chegaram em frente à Station, Annie saía com Kate no colo.


Feliz, Tyler se aproximou dela e lhe entregou a rosa.



  • - Tyler, muito obrigada - ela agradeceu, emociona­da. - É a primeira vez na vida que recebo uma rosa.

  • - Verdade?

  • - É verdade, sim - Annie confirmou.

  • - E para você ficar feliz e não chorar mais.

  • - Você é uma gracinha de menino.

  • - Eu ia comprar uma rosa para Kate, mas não comprei. Ela ainda é muito pequena. Agora, vou levar essa rosa para a minha mãe. - O garoto abriu o portão que ficava ao lado da Station e entrou correndo.


Frente a frente, a situação constrangedora que havia se criado entre Annie e Poncho ficou muito evidente.



  • - Queria de lhe fazer um pedido - ela disse, num tom baixo de voz.

  • - Pode fazer.

  • - Até que Kate melhore do resfriado, gostaria de trazê-la comigo quando vier trabalhar.

  • - Sinta-se à vontade.

  • - Obrigada. - Ela deu-lhe as costas e rumou para o carro.


 



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Autor(a): Bela

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 229



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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28

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