Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)
Já fazia duas semanas que acontecera o encontro no restaurante com Susy. A situação entre Annie e Poncho, depois daquele dia, havia se tornado muito tensa.
Apesar continuar se mostrando muito educada, Poncho sentia que Annie estava perdendo o interesse pelo trabalho. Tal fato, e a maneira que ela passara a agir, o estava deixando profundamente chateado. No entendimento dele, não merecia ser tratado com tanto desinteresse. O que tinha dito no restaurante, fora com as melhores das intenções. Só havia tentado ajudar. Mas Annie era uma pessoa extremamente honesta e jamais admitiria qualquer tipo de mentira. Porém, na maneira de Poncho ver as coisas, não havia mentido. Com o maior prazer do mundo, faria tudo que estivesse ao seu alcance para que Kate crescesse forte e saudável.
Apesar de saber das injustiças sociais e lutar contra elas, Poncho realmente não via a menor condição de Susy criar a filha. E a moça, na verdade, queria doar a garotinha para um casal. E o que impedia que ele e Annie formassem esse casal? Nada. Não seriam um casal como a maioria mas, sim, um casal de amigos, dispostos a fazer tudo pela felicidade de Kate.
Annie, após o dia em que tinham ido ao restaurante, passara a levar Kate ao trabalho. E estava se mostrando ausente, reticente e já não o tratava de maneira afetiva. Ao contrário, fazia questão de se mostrar arredia e raramente lhe dirigia palavra. Quando o fazia era para falar de trabalho.
Kate, uma semana depois, já estava completamente recuperada do resfriado. Mesmo assim, Annie continuou levando a garotinha para a Station.
Às vezes, fingindo estar atento em alguma outra coisa, Poncho ficava prestando atenção na maneira carinhosa com que ela tratava a criança. Chegava a ser emocionante o amor que Annie demonstrava pela garota. E Poncho estava acreditando que o fato de ela continuar levando a menina para o trabalho, se devia ao medo que tinha de perdê-la. Era como se Annie quisesse ficar a maior parte do tempo com Kate para depois, quando a perdesse, pudesse recordar cada segundo que haviam passado juntas.
Mas Annie, cuidadosa do jeito que era, temendo que a serragem prejudicasse a menina, a deixava na casa de Beth e sempre que podia, ia até lá para vê-la.
Ao perceber o que estava acontecendo, Poncho fez uma grande limpeza na oficina e só passou a serrar madeira nos dias em que Annie e Kate não se encontravam lá. Não queria que nada de mal acontecesse à menina.
Porém, para ele, Annie parecia não estar percebendo os cuidados que estava tendo. E gostaria muito de conversar com ela, pedir-lhe desculpas pelo que fizera no restaurante. Mas lhe faltava coragem.
Agora via que Annie tinha, sim, razão. Era melhor não fazer nada de maneira impensada, pois, se viessem a descobrir qualquer coisa de errado, qualquer mentira, com toda certeza Annie perderia a criança.
Naquela manhã, Poncho tinha acordado às cinco horas e, depois de deixar a oficina e a loja toda em ordem, ficou à espera de Annie e de Kate. Estava morrendo de saudades das duas.
As oito horas da manhã, Annie entrou na Station. Ao se deparar com Poncho sentado à escrivaninha, ela se assustou. Mesmo assim, com extremo distanciamento, disse:
- -Bom dia, Poncho.
- -Bom dia. Como você está?
- -Bem, muito bem.
- -E Kate? Sarou mesmo do resfriado? - ele perguntou, morrendo de vontade de se levantar para ver a garotinha. Mas se conteve.
- -Sarou, sim. - Annie colocou a bolsa num cabide ao lado da porta. - Vou levar Kate para a casa da Beth. Tudo bem?
- -Tudo bem.
- -Então, vou até lá.
Annie deixou a Station e foi para a casa da Beth. Quando ela voltou, Poncho comentou:
- -Gostei da moça que a minha irmã arrumou para cuidar da casa dela.
- -Beth merecia um bom emprego.
- -É verdade. Ela teve muita sorte em arrumar esse novo emprego.
- -Já era tempo do talento dela ser reconhecido. Ela é muito esforçada.
Annie não disse mais nada e ficou esperando que ele saísse da escrivaninha.
Devagar, Poncho se levantou e comentou:
- -O bom é que a Lilly também pode cuidar da Kate, quando você vem trabalhar.
- -Foi muita sorte essa moça ter vindo trabalhar na casa da sua irmã.
- -Foi sorte mesmo. - Poncho se afastou um pouco e, quando estava perto da porta da oficina, voltou-se e quis saber: - Por favor, Annie, tem certeza que os Carlton vão querer os móveis do quarto que me encomendaram em cerejeira?
- -Não foi isso que eu marquei no pedido que fizeram?
- -Foi, mas me encontrei com John Carlton na rua e ele, na hora que estava se despedindo, me disse que adorava mogno.
- -Ele disse isso? - Annie perguntou, preocupada.
- -Disse.
- -Então, vou ligar para a sra. Carlton e ver se houve algum engano da minha parte.
- -Faça isso, por favor.
Cinco minutos mais tarde, transtornada, Annie entrava na oficina.
- -O que está acontecendo? - ele perguntou, ao notar-lhe a palidez.
- -Você tinha razão. Os móveis devem mesmo ser feitos em mogno. - Os olhos dela se encheram e lágrimas. - Me desculpe, Poncho, prometo que um erro desse não vai acontecer de novo.
- -Eu sei que não vai - ele respondeu, num tom baixo de voz.
- -Sei que nada justifica o meu erro, mas eu ando muito tensa, mal tenho conseguido dormir à noite.
- -Teve notícias da Susy?
- -Não, mas meu advogado me disse que em breve terei novidades.
- -Ele não disse mais nada?
- -Não, eu comecei a chorar e não fui capaz de continuar a conversa com ele.
- -Mas depois você telefonou para ele, não telefonou?
- -Não, não tive coragem.
- -Mas...
- -Não tive coragem - ela voltou a repetir. - Ontem à noite, comecei a preparar a malinha da Kate.
- -Você está pretendendo viajar?
- -Não, mas tenho certeza que ela vai ser tirada de mim.
- -Não perca as esperanças, Annie.
- -Estou apenas sendo realista. Não quero mais continuar me enganando. Faz muito tempo que não acredito em milagres, Poncho.
- -Mas eles acontecem...
- -Pode ser que aconteçam com os outros, não comigo. Bem, vou para a loja. Tenho muito serviço para fazer.
Autor(a): Bela
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Depois que Annie saiu da oficina, ele não conseguiu mais trabalhar. Precisava fazer alguma coisa para ajudá-la. Não dava para Annie ficar o tempo todo se torturando tanto. Meia hora mais tarde, ele entrava na loja. -Está precisando de alguma coisa? - ela quis saber. -Só estou querendo conversar um pouco com você. -N&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 229
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
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jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :) -
jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)