Fanfics Brasil - Capitulo 7 Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)


Capítulo: Capitulo 7

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Já fazia duas semanas que acontecera o encontro no restaurante com Susy. A si­tuação entre Annie e Poncho, depois daquele dia, havia se tornado muito tensa.


Apesar continuar se mostrando muito educada, Poncho sentia que Annie estava perdendo o interesse pelo tra­balho. Tal fato, e a maneira que ela passara a agir, o estava deixando profundamente chateado. No enten­dimento dele, não merecia ser tratado com tanto de­sinteresse. O que tinha dito no restaurante, fora com as melhores das intenções. Só havia tentado ajudar. Mas Annie era uma pessoa extremamente honesta e ja­mais admitiria qualquer tipo de mentira. Porém, na maneira de Poncho ver as coisas, não havia mentido. Com o maior prazer do mundo, faria tudo que estivesse ao seu alcance para que Kate crescesse forte e saudável.


Apesar de saber das injustiças sociais e lutar contra elas, Poncho realmente não via a menor condição de Susy criar a filha. E a moça, na verdade, queria doar a garotinha para um casal. E o que impedia que ele e Annie  formassem esse casal? Nada. Não seriam um casal como a maioria mas, sim, um casal de amigos, dispostos a fazer tudo pela felicidade de Kate.


Annie, após o dia em que tinham ido ao restaurante, passara a levar Kate ao trabalho. E estava se mos­trando ausente, reticente e já não o tratava de maneira afetiva. Ao contrário, fazia questão de se mostrar arredia e raramente lhe dirigia palavra. Quando o fazia era para falar de trabalho.


Kate, uma semana depois, já estava completamente recuperada do resfriado. Mesmo assim, Annie continuou levando a garotinha para a Station.


Às vezes, fingindo estar atento em alguma outra coisa, Poncho ficava prestando atenção na maneira carinhosa com que ela tratava a criança. Chegava a ser emocionante o amor que Annie demonstrava pela garota. E Poncho estava acreditando que o fato de ela continuar levando a menina para o trabalho, se devia ao medo que tinha de perdê-la. Era como se Annie quisesse ficar a maior parte do tempo com Kate para depois, quando a perdesse, pudesse re­cordar cada segundo que haviam passado juntas.


Mas Annie, cuidadosa do jeito que era, temendo que a serragem prejudicasse a menina, a deixava na casa de Beth e sempre que podia, ia até lá para vê-la.


Ao perceber o que estava acontecendo, Poncho fez uma grande limpeza na oficina e só passou a serrar madeira nos dias em que Annie e Kate não se encontravam lá. Não queria que nada de mal acontecesse à menina.


Porém, para ele, Annie parecia não estar percebendo os cuidados que estava tendo. E gostaria muito de con­versar com ela, pedir-lhe desculpas pelo que fizera no restaurante. Mas lhe faltava coragem.


Agora via que Annie tinha, sim, razão. Era melhor não fazer nada de maneira impensada, pois, se viessem a descobrir qualquer coisa de errado, qualquer men­tira, com toda certeza Annie perderia a criança.


Naquela manhã, Poncho tinha acordado às cinco horas e, depois de deixar a oficina e a loja toda em ordem, ficou à espera de Annie e de Kate. Estava morrendo de saudades das duas.


As oito horas da manhã, Annie entrou na Station. Ao se deparar com Poncho sentado à escrivaninha, ela se as­sustou. Mesmo assim, com extremo distanciamento, disse:



  • -Bom dia, Poncho.

  • -Bom dia. Como você está?

  • -Bem, muito bem.

  • -E Kate? Sarou mesmo do resfriado? - ele per­guntou, morrendo de vontade de se levantar para ver a garotinha. Mas se conteve.

  • -Sarou, sim. - Annie colocou a bolsa num cabide ao lado da porta. - Vou levar Kate para a casa da Beth. Tudo bem?

  • -Tudo bem.

  • -Então, vou até lá.


Annie deixou a Station e foi para a casa da Beth. Quando ela voltou, Poncho comentou:



  • -Gostei da moça que a minha irmã arrumou para cuidar da casa dela.

  • -Beth merecia um bom emprego.

  • -É verdade. Ela teve muita sorte em arrumar esse novo emprego.

  • -Já era tempo do talento dela ser reconhecido. Ela é muito esforçada.


Annie não disse mais nada e ficou esperando que ele saísse da escrivaninha.


Devagar, Poncho se levantou e comentou:



  • -O bom é que a Lilly também pode cuidar da Kate, quando você vem trabalhar.

  • -Foi muita sorte essa moça ter vindo trabalhar na casa da sua irmã.

  • -Foi sorte mesmo. - Poncho se afastou um pouco e, quando estava perto da porta da oficina, voltou-se e quis saber: - Por favor, Annie, tem certeza que os Carlton vão querer os móveis do quarto que me encomen­daram em cerejeira?

  • -Não foi isso que eu marquei no pedido que fizeram?

  • -Foi, mas me encontrei com John Carlton na rua e ele, na hora que estava se despedindo, me disse que adorava mogno.

  • -Ele disse isso? - Annie perguntou, preocupada.

  • -Disse.

  • -Então, vou ligar para a sra. Carlton e ver se houve algum engano da minha parte.

  • -Faça isso, por favor.


Cinco minutos mais tarde, transtornada, Annie entra­va na oficina.



  • -O que está acontecendo? - ele perguntou, ao notar-lhe a palidez.

  • -Você tinha razão. Os móveis devem mesmo ser feitos em mogno. - Os olhos dela se encheram e lá­grimas. - Me desculpe, Poncho, prometo que um erro desse não vai acontecer de novo.

  • -Eu sei que não vai - ele respondeu, num tom baixo de voz.

  • -Sei que nada justifica o meu erro, mas eu ando muito tensa, mal tenho conseguido dormir à noite.

  • -Teve notícias da Susy?

  • -Não, mas meu advogado me disse que em breve terei novidades.

  • -Ele não disse mais nada?

  • -Não, eu comecei a chorar e não fui capaz de con­tinuar a conversa com ele.

  • -Mas depois você telefonou para ele, não telefonou?

  • -Não, não tive coragem.

  • -Mas...

  • -Não tive coragem - ela voltou a repetir. - Ontem à noite, comecei a preparar a malinha da Kate.

  • -Você está pretendendo viajar?

  • -Não, mas tenho certeza que ela vai ser tirada de mim.

  • -Não perca as esperanças, Annie.

  • -Estou apenas sendo realista. Não quero mais con­tinuar me enganando. Faz muito tempo que não acre­dito em milagres, Poncho.

  • -Mas eles acontecem...

  • -Pode ser que aconteçam com os outros, não comigo. Bem, vou para a loja. Tenho muito serviço para fazer.



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Autor(a): Bela

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Depois que Annie saiu da oficina, ele não conseguiu mais trabalhar. Precisava fazer alguma coisa para aju­dá-la. Não dava para Annie ficar o tempo todo se tor­turando tanto. Meia hora mais tarde, ele entrava na loja. -Está precisando de alguma coisa? - ela quis saber. -Só estou querendo conversar um pouco com você. -N&at ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 229



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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)




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