Fanfics Brasil - Capitulo 8 Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)


Capítulo: Capitulo 8

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Os dias foram passando. A Páscoa chegou e se foi. Kate estava cada vez mais es­perta e agora já reconhecia Poncho. Sempre que o via, a garotinha abria um amplo sorriso. E aquilo o deixava muito feliz. Era muito bom ver um ser tão frágil crescer e tomar contato com o mundo que o cercava. Às vezes, quando Kate lhe sorria, Poncho tinha a sensação que o mundo lhe sorria também.


A exposição em San Francisco tinha sido muito boa para ele. Como Annie havia previsto, ganhou o primeiro prêmio e agora, muito mais que antes, os pedidos de novos móveis choviam na Station. Com o dinheiro do prêmio, ele substituiu algumas máquinas que já estavam velhas e comprou um lindo presente para Kate. O resto, previ­dente, Poncho colocou numa poupança.


E a rotina na Station havia se tornado algo muito familiar, tranqüilo. Depois do dia em que tinham ido comer a pizza, Poncho não pôde mais negar a si mesmo a atração que sentia por Annie. E essa atração aumen­tava a cada dia que passava.


Por causa do aumento dos pedidos, oferecera a Annie quase o triplo do salário para que fosse trabalhar todos os dias na Station. E ela havia aceito a proposta.


Poncho, todos os dias às oito horas da manhã, sentia o sangue correr mais veloz pelo seu corpo. E a pontualidade de Annie era exemplar. Só um dia, por causa de um pneu furado, ela havia atrasado meia hora. Mesmo assim, da rua, Annie o avisara que iria atrasar.


Mas num dia claro, iluminado pelo um sol de pri­mavera, algo aconteceu que ameaçou aquela rotina reconfortante.


Um homem entrou na Station. Annie, que estava fa­zendo algumas contas na máquina de calcular, ergueu o olhar e sentiu algo muito ruim.



  • - Oi - o homem disse -, gostaria de falar com a srta. Sinclair.

  • - Sou eu mesma.

  • - Tenho uma carta para a senhorita. Por favor, assine aqui. - O homem lhe estendeu um papel e lhe indicou o local onde deveria assinar.


Trêmula, Annie assinou o papel e o devolveu. O homem agradeceu e foi embora.


Naquele instante, todo sorridente, Poncho apareceu na porta que ligava a loja à oficina com um formão na mão.



  • - Annie, acho que devemos comemorar. Terminei a peça que aquele cliente do Colorado me encomendou. Ficou fantástica.

  • - Não sei se hoje vou conseguir comemorar alguma coisa. - Ela mostrou-lhe a carta. - Isso acabou de chegar.

  • - É para mim?

  • - Não, a carta é para mim. Um homem acabou de entregá-la. E me fez assinar o recebimento. Estou com um pressentimento terrível.

  • - Abra a carta, Annie, não adianta ficar desse jeito. Você está pálida.

  • - Não, eu não quero abrir essa carta.

  • - Não seja criança. - Ele se aproximou da escri­vaninha. - Abra a carta.

  • - Não, eu não vou conseguir.

  • - Vou pegar um copo d`água para você. - Poncho foi até à cozinha e logo voltou com um copo nas mãos. - Beba, vai lhe fazer bem.


Annie, muito trêmula, pegou o copo que Poncho lhe estendia.


-   Vamos, coragem! Beba a água.
Devagar ela bebeu um pouco da água.



  • -Beba tudo, Annie. Pense de maneira positiva. Até que estou achando muito bom esta carta ter chegado. Se for o que estamos pensando, você vai resolver de uma vez por todas esta situação terrível em que está vivendo.

  • -Eu não quero resolver situação nenhuma, só que­ro ficar com Kate.

  • -Annie, por favor, abra essa carta.

  • -Eu... - Ela tomou, de uma só vez, o restante da água e colocou o copo sobre a escrivaninha. - Você nem imagina como estou me sentindo.

  • -Imagino. Imagino, sim. Eu também estou me sen­tindo muito apreensivo.

  • -Estou vivendo uma grande injustiça, Poncho.

  • -Mas é claro que está. Acontece, Annie, que essa situação tem que ser resolvida.

  • -Você tem razão. - Ela rasgou a borda do envelope e retirou o papel que estava dentro. - Pronto.

  • -Agora leia o que está escrito aí.


-Não, eu não vou ler. - Annie jogou o papel e o envelope sobre a escrivaninha, se levantou e começou a andar de um lado para o outro. - Vou fugir, vou embora dessa cidade. Aí, posso ficar com a minha filha para sempre.



  • -Você não pode fazer isso.

  • -E quem vai me impedir? - Ela o fitou de maneira desafiadora. - Você?

  • -Não, longe de mim pensar em impedi-la de fazer qualquer coisa. Mas fugir não vai resolver o seu problema.

  • -Como você sabe disso?

  • -A fuga só adia a resolução dos nossos problemas. Quando os problemas aparecem, Annie, precisamos enfrentá-los. Se não fizermos isso, sempre seremos per­seguidos por eles.


-    Parece que está falando com conhecimento de causa - ela riu de maneira irônica.



  • -Não só parece, como tenho conhecimento de causa.

  • -Quer dizer, então, que já fugiu de alguma situação constrangedora?

  • -Já. Mas isso já faz muito tempo.

  • -Conte-me o motivo que o levou a fugir. Foi al­guma mulher?

  • -Não, não fugi de nenhuma mulher.

  • -Então, qual foi motivo da sua fuga?


 



  • -Qualquer hora eu lhe conto tudo. Agora, acho melhor você ler aquele papel.

  • -É muita injustiça! - Ela começou a chorar. - Não me conformo em perder a minha filha. Eu a amo tanto, tanto. Se eu pudesse, daria a ela tudo o que esse mundo pode oferecer de melhor. Kate é um ser tão frágil, desprotegido... Será que as pessoas que vão adotá-la conseguirão tratá-la melhor do que eu?

  • -Duvido. Você é uma mãe exemplar.

  • -Acontece que sou solteira. E, no mundo de hoje, as mulheres solteiras são muito discriminadas. Será que é um crime ser solteira?

  • -Existe muita intolerância nessa sociedade que vive­mos, Annie, mas temos que aprender a conviver com elas.

  • -Duvido que tenha aprendido a conviver com as intolerâncias, Poncho. Se tivesse aprendido, não teria op­tado por ficar trancado dia e noite na oficina.

  • -Você tem razão, é muito difícil para mim entender o mundo que vivemos, entender as diferenças sociais, ver a opressão de um ser humano sobre o outro. Na terra existe lugar para todos e parece que as pessoas não se aperceberam disso.

  • -Eu não suporto mais ver tanta violência. Você liga a televisão e é violência o tempo todo. Aí, de repente, por ser uma mulher solteira, essa violência recai sobre mim. Ou melhor, recai sobre uma criancinha de três meses.

  • -Annie, concordo plenamente com o que você está falando mas, neste momento, você tem que ler aquele papel para ver o que está acontecendo.

  • -E muito difícil para mim. Tenho vontade de ras­gar e queimar aquele papel.

  • -Quer que o leia para você?

  • -Não, eu... - Ela inspirou profundamente e disse: - Tudo bem. Vamos lá! Por favor, veja o que está escrito no papel.



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Autor(a): Bela

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Poncho se aproximou da escrivaninha e pegou o papel. Só então percebeu que também tremia muito. -O que foi? Perdeu a coragem? - Annie perguntou. -Ainda não. -Então, por favor, leia. Vou acabar estourando, tamanha é a minha ansiedade. Poncho leu o que estava escrito no papel. -E para você comparecer no tribunal. E, co ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 229



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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)




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