Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)
Os dias foram passando. A Páscoa chegou e se foi. Kate estava cada vez mais esperta e agora já reconhecia Poncho. Sempre que o via, a garotinha abria um amplo sorriso. E aquilo o deixava muito feliz. Era muito bom ver um ser tão frágil crescer e tomar contato com o mundo que o cercava. Às vezes, quando Kate lhe sorria, Poncho tinha a sensação que o mundo lhe sorria também.
A exposição em San Francisco tinha sido muito boa para ele. Como Annie havia previsto, ganhou o primeiro prêmio e agora, muito mais que antes, os pedidos de novos móveis choviam na Station. Com o dinheiro do prêmio, ele substituiu algumas máquinas que já estavam velhas e comprou um lindo presente para Kate. O resto, previdente, Poncho colocou numa poupança.
E a rotina na Station havia se tornado algo muito familiar, tranqüilo. Depois do dia em que tinham ido comer a pizza, Poncho não pôde mais negar a si mesmo a atração que sentia por Annie. E essa atração aumentava a cada dia que passava.
Por causa do aumento dos pedidos, oferecera a Annie quase o triplo do salário para que fosse trabalhar todos os dias na Station. E ela havia aceito a proposta.
Poncho, todos os dias às oito horas da manhã, sentia o sangue correr mais veloz pelo seu corpo. E a pontualidade de Annie era exemplar. Só um dia, por causa de um pneu furado, ela havia atrasado meia hora. Mesmo assim, da rua, Annie o avisara que iria atrasar.
Mas num dia claro, iluminado pelo um sol de primavera, algo aconteceu que ameaçou aquela rotina reconfortante.
Um homem entrou na Station. Annie, que estava fazendo algumas contas na máquina de calcular, ergueu o olhar e sentiu algo muito ruim.
- - Oi - o homem disse -, gostaria de falar com a srta. Sinclair.
- - Sou eu mesma.
- - Tenho uma carta para a senhorita. Por favor, assine aqui. - O homem lhe estendeu um papel e lhe indicou o local onde deveria assinar.
Trêmula, Annie assinou o papel e o devolveu. O homem agradeceu e foi embora.
Naquele instante, todo sorridente, Poncho apareceu na porta que ligava a loja à oficina com um formão na mão.
- - Annie, acho que devemos comemorar. Terminei a peça que aquele cliente do Colorado me encomendou. Ficou fantástica.
- - Não sei se hoje vou conseguir comemorar alguma coisa. - Ela mostrou-lhe a carta. - Isso acabou de chegar.
- - É para mim?
- - Não, a carta é para mim. Um homem acabou de entregá-la. E me fez assinar o recebimento. Estou com um pressentimento terrível.
- - Abra a carta, Annie, não adianta ficar desse jeito. Você está pálida.
- - Não, eu não quero abrir essa carta.
- - Não seja criança. - Ele se aproximou da escrivaninha. - Abra a carta.
- - Não, eu não vou conseguir.
- - Vou pegar um copo d`água para você. - Poncho foi até à cozinha e logo voltou com um copo nas mãos. - Beba, vai lhe fazer bem.
Annie, muito trêmula, pegou o copo que Poncho lhe estendia.
- Vamos, coragem! Beba a água.
Devagar ela bebeu um pouco da água.
- -Beba tudo, Annie. Pense de maneira positiva. Até que estou achando muito bom esta carta ter chegado. Se for o que estamos pensando, você vai resolver de uma vez por todas esta situação terrível em que está vivendo.
- -Eu não quero resolver situação nenhuma, só quero ficar com Kate.
- -Annie, por favor, abra essa carta.
- -Eu... - Ela tomou, de uma só vez, o restante da água e colocou o copo sobre a escrivaninha. - Você nem imagina como estou me sentindo.
- -Imagino. Imagino, sim. Eu também estou me sentindo muito apreensivo.
- -Estou vivendo uma grande injustiça, Poncho.
- -Mas é claro que está. Acontece, Annie, que essa situação tem que ser resolvida.
- -Você tem razão. - Ela rasgou a borda do envelope e retirou o papel que estava dentro. - Pronto.
- -Agora leia o que está escrito aí.
-Não, eu não vou ler. - Annie jogou o papel e o envelope sobre a escrivaninha, se levantou e começou a andar de um lado para o outro. - Vou fugir, vou embora dessa cidade. Aí, posso ficar com a minha filha para sempre.
- -Você não pode fazer isso.
- -E quem vai me impedir? - Ela o fitou de maneira desafiadora. - Você?
- -Não, longe de mim pensar em impedi-la de fazer qualquer coisa. Mas fugir não vai resolver o seu problema.
- -Como você sabe disso?
- -A fuga só adia a resolução dos nossos problemas. Quando os problemas aparecem, Annie, precisamos enfrentá-los. Se não fizermos isso, sempre seremos perseguidos por eles.
- Parece que está falando com conhecimento de causa - ela riu de maneira irônica.
- -Não só parece, como tenho conhecimento de causa.
- -Quer dizer, então, que já fugiu de alguma situação constrangedora?
- -Já. Mas isso já faz muito tempo.
- -Conte-me o motivo que o levou a fugir. Foi alguma mulher?
- -Não, não fugi de nenhuma mulher.
- -Então, qual foi motivo da sua fuga?
- -Qualquer hora eu lhe conto tudo. Agora, acho melhor você ler aquele papel.
- -É muita injustiça! - Ela começou a chorar. - Não me conformo em perder a minha filha. Eu a amo tanto, tanto. Se eu pudesse, daria a ela tudo o que esse mundo pode oferecer de melhor. Kate é um ser tão frágil, desprotegido... Será que as pessoas que vão adotá-la conseguirão tratá-la melhor do que eu?
- -Duvido. Você é uma mãe exemplar.
- -Acontece que sou solteira. E, no mundo de hoje, as mulheres solteiras são muito discriminadas. Será que é um crime ser solteira?
- -Existe muita intolerância nessa sociedade que vivemos, Annie, mas temos que aprender a conviver com elas.
- -Duvido que tenha aprendido a conviver com as intolerâncias, Poncho. Se tivesse aprendido, não teria optado por ficar trancado dia e noite na oficina.
- -Você tem razão, é muito difícil para mim entender o mundo que vivemos, entender as diferenças sociais, ver a opressão de um ser humano sobre o outro. Na terra existe lugar para todos e parece que as pessoas não se aperceberam disso.
- -Eu não suporto mais ver tanta violência. Você liga a televisão e é violência o tempo todo. Aí, de repente, por ser uma mulher solteira, essa violência recai sobre mim. Ou melhor, recai sobre uma criancinha de três meses.
- -Annie, concordo plenamente com o que você está falando mas, neste momento, você tem que ler aquele papel para ver o que está acontecendo.
- -E muito difícil para mim. Tenho vontade de rasgar e queimar aquele papel.
- -Quer que o leia para você?
- -Não, eu... - Ela inspirou profundamente e disse: - Tudo bem. Vamos lá! Por favor, veja o que está escrito no papel.
Autor(a): Bela
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Poncho se aproximou da escrivaninha e pegou o papel. Só então percebeu que também tremia muito. -O que foi? Perdeu a coragem? - Annie perguntou. -Ainda não. -Então, por favor, leia. Vou acabar estourando, tamanha é a minha ansiedade. Poncho leu o que estava escrito no papel. -E para você comparecer no tribunal. E, co ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 229
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
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jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :) -
jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)