Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Poncho em menos de dez minutos estava na escola que o sobrinho freqüentava. Sem perda de tempo, ele se encaminhou para a diretoria.

• -Onde está o meu sobrinho? - ele perguntou, assim que o diretor o atendeu.


• -Não precisa ficar tão preocupado, sr. Gray, seu sobrinho está bem.


• -Mas onde está ele?


• -Neste instante está conversando com a nossa psicóloga.


• -Foi ele quem provocou a briga?


• -Ainda não sabemos. Mesmo assim, quero que o senhor e a sua irmã conversem seriamente com ele e lhe expliquem que não dá para ficar brigando com os colegas por qualquer motivo.


• -Mas o Tyler é um menino muito calmo.


• -Também me surpreendeu muito a atitude dele. Que eu saiba, Tyler nunca se desentendeu com nin­guém aqui dentro.

Poncho continuou conversando com o diretor por mais alguns minutos e, depois, foi esperar o sobrinho na ante-sala da psicóloga. Quando o garoto saiu, ostentava com um certo orgulho, um curativo na testa.

• -Você vai brigar comigo, tio? - o garoto quis saber.


• -Não sem antes saber exatamente o que aconteceu.


• -Eu só me defendi - Tyler disse e sentou-se ao lado de Poncho.


• -Por quê? Por que você teve que se defender?


• - Paul, um menino da minha classe disse que a minha mãe não prestava. Não sei direito o que isso significa, mas sei que não é coisa boa.


• - Daria para me explicar melhor o que esse me­nino disse?


• - Ele disse que eu não tenho pai e que por causa disso a minha mãe não presta. Aí, eu disse a ele que meu pai morreu. Aí, o Paul disse que era mentira e mais um montão de coisas. Como você sempre me diz que a gente tem que conversar, e não brigar, quis ex­plicar ao Paul que era tudo verdade, que meu pai tinha morrido mesmo. Ele riu de mim. Aí, tio, não agüentei: dei um murro na cara dele. O Paul caiu mas logo se levantou. Então, pegou um pedaço de madeira que es­tava ao lado dele e deu uma pancada na minha testa. - O garoto lhe mostrou a camisa toda manchada de sangue. - Ainda bem que o sangue parou.


• -Bem, acho melhor a gente ir embora. - Poncho se levantou e estendeu a mão para o garoto. - Vamos.


• -Você vai me colocar de castigo?


• -Não, filho, não vou colocar de castigo. Você já almoçou?


• -Ainda não.


• -Então vamos passar numa loja. Vou comprar uma camiseta para você. Depois vou levá-lo para almoçar. Precisamos conversar bastante.