Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Ao sair da escola, Poncho passou numa loja e comprou uma camiseta para Tyler. Sa­bia que iria precisar ter muito cuidado para conversar com o sobrinho que, pelo jeito, havia simplesmente reagido a uma provocação maldosa de um dos colegas. E Poncho  sabia muito bem o quanto uma provocação da­quele tipo podia ser difícil de suportar.

Tyler, na própria loja, trocou a camisa suja de sangue pela camiseta nova e os dois foram até uma lanchonete.

• -Você não vai comer? - Tyler quis saber, quando viu que o tio não fizera nenhum pedido à garçonete.


• -Não, eu já almocei.


• -Você está bravo comigo?


• -Não estou bravo, Tyler, apenas preocupado. Não dá para ir agredindo as pessoas assim, sem mais nem menos. Já lhe disse que nada é mais poderoso do que o diálogo.


• -Eu sei, tio, mas o Paul não quis conversar comigo.


• -Eu entendi. Mas mesmo assim, Tyler, você vai ter de aprender a se controlar.

E os dois continuaram conversando.

Depois que  o garoto terminou de almoçar, Poncho resolveu levá-lo até ao zoológico e os dois só foram chegar em casa às seis horas da tarde.

Junto ao portão que levava até a casa do garoto, Poncho disse:

• - Agora entre e vá tomar um banho. E não se es­queça de tudo o que eu lhe disse.


• - Eu não vou esquecer tio.

O garoto entrou e Poncho ficou parado alguns instantes à porta da Station.

"Não é nada fácil educar uma criança. E as crian­ças de hoje em dia, pelo jeito, continuam iguais as de antigamente."

Ele inspirou profundamente e entrou na loja.

Annie, que estava sentada, levantou-se.

• - Tudo bem com o Tyler? - ela quis saber.


• - Felizmente está tudo bem, sim.


• - Fiquei muito preocupada. Você demorou muito.


• - Resolvi fazer um passeio com ele. - Poncho contou à Annie tudo o que havia acontecido.


• - Coitadinho...


• - Eu também fiquei com muita pena, mas tive que conversar muito seriamente com ele.


• - Fez bem.


• - Obrigada, Annie.


• - Por que você está me agradecendo?


• - Por não ter ido embora, por ter me esperado.


• - Não podia ir embora sem saber o que tinha acontecido.


• - Você é uma pessoa incrível. - Poncho se aproximou mais dela. - E estou morrendo de vontade de beijá-la.


• - Eu...


• - Não quer que eu a beije, Annie?


• - Bem, não acho que nós devemos nos... - Apa­vorada, Annie parou a frase na metade.


• - Pois eu acho que nós devemos, sim - ele disse e, em seguida, a beijou.

Mas o beijo foi muito rápido, muito tímido. Profundamente sem jeito, Annie  se afastou e disse:

-    Bem agora vou pegar Kate. Preciso ir embora.

Poncho, espantado com aquela reação, não moveu um só músculo e deixou que ela se fosse.