Fanfics Brasil - Capitulo 10 Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)


Capítulo: Capitulo 10

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No carro, a caminho do hotel, que ficava a oitenta quilômetros de White Star, Annie e Poncho se mantinham em silêncio. Os dois estavam se sentindo muito constrangidos.


"E estranho, muito estranho isso tudo. De repente, quando dei por mim, estava casada com Poncho. Ele, desde o primeiro momento que o conheci, me despertou algo que não sabia explicar a mim mesma. E, com o passar do tempo, descobri que aquele sentimento era amor. Nun­ca na minha vida senti nada semelhante por outro homem. Mas nós praticamente quase não nos tocamos. Estou me sentindo totalmente inadequada, com a sensação que, se não fosse por causa da Kate, ele jamais se casaria comigo."


O silêncio se mantinha entre os dois, mas os pen­samentos de Poncho também corriam soltos:


"Por quê? Por que não tive coragem de dizer à Annie que eu a amo? Com toda certeza, está pensando que me casei com ela por causa da Kate. Mas não foi por causa da Kate. Depois que a vi conversando com a Susy naquele restaurante, a grande atração que sem­pre senti por ela se transformou em algo mais forte, se transformou em amor. E eu nunca a toquei de ma­neira mais íntima. Como será que vai ser a nossa lua-de-mel? Eu tenho que ir com muita calma. Se Annie não quiser fazer amor comigo, não posso apressá-la. Tenho que respeitar o ritmo dela. Mas o desejo que estou sentindo é grande demais. Se ao menos pudéssemos conversar abertamente sobre essa situação que esta­mos vivendo, tudo seria muito mais fácil. Se eu tivesse a coragem de lhe dizer que a amo... Não, não posso continuar em silêncio. O silêncio só vai fazer aumentar o constrangimento que existe entre nós dois!"



  • -O que você achou da festa?

  • -Foi linda. A Beth caprichou em tudo. Não esque­ceu um detalhe sequer.

  • -Ela ficou muito feliz com a nossa união.

  • -Beth me disse que podia jurar que você jamais se casaria.

  • -Beth tinha razão para pensar assim.

  • -Por quê?

  • -Eu nunca tive uma namorada de verdade na vida.

  • -Nunca? - ela perguntou espantada.

  • -Nunca. Sempre me senti extremamente rejeitado, cheio de complexos.

  • -Mas você é um homem muito bonito, Poncho.

  • -Não basta ser bonito, Annie, a gente tem que se sentir bonito. E esse não é o meu caso.

  • - Quando o conheci, eu o achei esnobe e muito senhor de si.

  • - Insegurança. Esse meu jeito quieto, calado, não passa de pura insegurança.

  • - Quem diria!

  • - Pois é...

  • - Acredite, Poncho, nunca poderia imaginar que você fosse um homem tímido.

  • - Até que eu melhorei bastante. Houve época que eu passava dias sem conversar com ninguém.

  • - Nem com os seus clientes?

  • - Bem, com eles eu precisava conversar. Mas era extremamente lacônico.

  • - E isso não os afastava?

  • - Felizmente, não. Pelo jeito eles estavam interes­sados nos meus trabalhos e não nas minhas palavras. - Ele fez uma pausa e perguntou: - E você, Annie, teve muitos namorados?

  • -Alguns.

  • -Era de se esperar. Você é muito bonita.

  • -Como você acabou de dizer, Poncho, não basta ser bonito: precisamos nos sentir bonitos.


Ele riu.



  • -É verdade. Eu também nunca me senti bonita.

  • -Como pode dizer uma coisa dessa?

  • -E a mais pura verdade.

  • -E alguns desse namoros que teve foi sério?

  • -O último foi, sim. O nome do rapaz era John e até pensei em me casar com ele.

  • -E por que não se casou?

  • -John, descobri depois de um ano de relaciona­mento, era uma pessoa muito egoísta e imatura. Para ele o que importava era apenas a carreira.

  • -E o que ele fazia?

  • -John é ator.

  • -Você morava em Hollywood...

  • -Morava, sim. Mas não gostava muito da vida de lá. Para mim era uma vida muito superficial.

  • -E por que vocês terminaram a relação?

  • -Bem, eu queria uma família, filhos, e John queria a fama. Para consegui-la, ele não media esforços e fazia qualquer coisa. Um belo dia, eu o acompanhei até onde estavam rodando um filme, no interior do Arizona, num local onde não havia absolutamente nada. De repente, comecei a sentir muitas dores. - Ela deu um profundo suspiro. - Eu estava grávida e não sabia. Pedi ao John que me levasse a um médico. Mas ele, alegando que a cidade mais próxima ficava longe, nem se importou com o que eu estava sentindo. Se não bastasse, naquela noite, resolveu que iria seduzir a filha do diretor, que estava visitando as loca­ções da filmagem, e me deixou sozinha no trailer. Desesperada, eu não sabia o que fazer. No meio da ma­drugada, sai para procurá-lo e o encontrei aos beijos e abraços com a moça. John não me viu. Aí, bati na porta do trailer da atriz principal, por sinal uma mu­lher muito famosa, e pedi ajuda.

  • -E ela?

  • -Ela não pensou duas vezes: pegou uma caminho­nete e me levou para o hospital.

  • -E o que estava acontecendo com você?

  • -Eu estava abortando.

  • -Que coisa mais terrível.

  • -Infelizmente, a situação se complicou e eu tive uma forte infecção. Depois disso foi que o médico me disse que eu nunca mais poderia ter filhos.

  • -E o John?

  • -Nunca mais eu quis vê-lo. Aí, resolvi me mudar para White Star. Queria morar num lugar tranqüilo, onde pudesse viver em paz, apesar da minha dor.

  • -E você já conhecia White Star antes?

  • -Estive aqui com o meu pai e com a minha mãe quando era adolescente.

  • -Seu pai já é falecido, não?

  • -Infelizmente, sim. Ele faleceu há dez anos. Minha mãe se casou de novo e está morando no Japão.

  • -No Japão? - Poncho perguntou espantado. - E você não se comunica com ela?

  • -Raramente.

  • -Por quê?

  • -Não gosto do marido dela. Ele é um alto executivo e só pensa em dinheiro. É um homem completamente diferente do meu pai.

  • -E como era ele?

  • -Quem? Meu pai?

  • -É. Como era o seu pai?

  • -Meu pai era um homem fantástico. - Annie sentiu os seus olhos se encherem de lágrimas. - Tenho cer­teza que você gostaria dele.

  • -Ele trabalhava com quê?

  • -Meu pai era médico.

  • -Médico? Jamais imaginei que seu pai fosse médico.

  • -Era, sim. E dos bons. Meu pai era um homem muito respeitado pela comunidade médica.

  • -E qual era a especialidade dele?

  • -Neurologia.

  • -E como foi que ele faleceu?

  • -Meu pai faleceu em um acidente aéreo. Ele tinha ido a um congresso em Berlim. Depois do término do congresso, resolveu ficar dois dias em Paris para ver um paciente de um colega que havia encontrado em Berlim. O avião caiu.

  • -Meu Deus, que tristeza!

  • -Eu fiquei muito abalada com a morte do meu pai. Ele, além de um profissional renomado, tinha a alma de um artista. Era modesto, calado e adorava tocar piano.

  • -E você aprendeu a tocar piano?

  • -Aprendi, sim. - Ela sorriu de maneira triste. - Michael e eu aprendemos piano com ele.

  • -Quer dizer que você é pianista? - ele perguntou, surpreso.

  • -Não, eu não sou pianista. Apenas sei tocar um pouquinho.

  • -E como foi que resolveu fazer contabilidade, Annie?

  • -Bem, depois da morte do meu pai, me senti to­talmente perdida. Comecei a ir mal na escola, a não me interessar por nada. Até que um dia, decidi que tinha que enfrentar a vida sem o meu pai. Terminei o colegial e...

  • -Foi fazer ciências contábeis - ele completou-lhe a frase.

  • -Também.

  • -Também? Como assim, Annie?

  • -Comecei a fazer ciências contábeis pela manhã e, à tarde, fazia arquitetura.

  • -O quê? - Poncho não pôde conter o espanto. - Você estudou arquitetura?

  • -Eu me formei em arquitetura.

  • -Eu não acredito!

  • -Pois pode acreditar: me formei em arquitetura e em ciências contábeis.

  • -E...

  • -Você está querendo saber o que aconteceu depois, não está, Poncho?

  • -Estou.

  • -Bem, no dia do baile da minha formatura de arquitetura, eu conheci o John, que já era um ator de uma certa fama em Hollywood. Larguei tudo e fui mo­rar com ele.

  • -Você é louca!


- Não, eu fui louca. Agora sei exatamente o que quero da minha vida.



  • -E você morava onde?

  • -Em Nova York. Nasci e fui criada em Nova York.

  • -Estou espantado com essa história toda. Você nunca comentou nada sobre o seu passado.

  • -Também sou uma pessoa calada e muito tí­mida, Poncho.

  • -E acha que não sei disso? E depois do John? Não teve mais nenhum namorado?

  • -Não, depois do John jamais quis me relacionar com outro homem.


Ao ouvir aquilo, Poncho estremeceu.


"E eu... Será, será que vou conseguir dar um pouquinho de felicidade à Annie? Será que fiz bem em me casar com ela? Afinal, o que eu sou? Um simples marceneiro e..."



  • -Por que você se calou? - ela quis saber.

  • -Nada, eu...

  • -Por favor, Poncho, me diga a verdade. Ele pigarreou e resolveu dizer:

  • - Tenho medo de decepcioná-la.

  • - Você jamais vai me decepcionar.

  • - Mas Annie, eu não estudei, eu...


-   Poncho, você tem uma coisa muito rara hoje em dia: caráter. E isso, para mim, é a única coisa que importa. Você é um homem de verdade.


Os dois continuaram conversando e, com mais de­talhes, ela contou a Poncho sobre o pai.



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Autor(a): Bela

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Ao chegaram ao estacionamento do hotel, estavam bem mais relaxados. Após terem se registrado no hotel, Annie e Poncho se­guiram para a suíte. Diante da porta, após tê-la aberto, ele disse para Annie: -Estou com vontade de fazer uma coisa. -O quê? -Isso! - Ato contínuo, Poncho a ergueu nos braços e entrou na suít ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 229



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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44

    Linda a web amei.

  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

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  • kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43

    Linda a web amei.

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34

    AAAAAAAaa

    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)

  • jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28

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    Que lindo *----*

    Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)




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