Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)

Ao chegaram ao estacionamento do hotel, estavam bem mais relaxados.

Após terem se registrado no hotel, Annie e Poncho se­guiram para a suíte. Diante da porta, após tê-la aberto, ele disse para Annie:

• -Estou com vontade de fazer uma coisa.


• -O quê?


• -Isso! - Ato contínuo, Poncho a ergueu nos braços e entrou na suíte. - Não é assim que um noivo deve agir?

Annie, que não esperava por aquela atitude, caiu na risada. Ele, então, depois de ter percorrido dois cômodos, entrou no quarto e a colocou sobre a cama de casal.

• -Você é muito forte, me ergueu como se eu fosse uma bonequinha.


• -De uma certa maneira você é, sim, uma bone­quinha. Mas o seu jeito frágil, esconde uma mulher muito forte. - Ele olhou para a porta. - Bem, vou pegar as nossas maletas.

Ao voltar, ele estava com as maletas nas mãos.

• -E agora? - Poncho perguntou com um sorriso no lábios.


• -Bem, agora... - Ela titubeou. - Bem, acho que vou tomar um banho. - Annie levantou-se e abriu a maleta que ele havia colocado sobre a cama.

-    Essa suíte é fantástica. Os ricos sabem como se tratar.

A suíte era dividida em quatro cômodos. Uma ante-sala, com uma mesinha e um jogo de poltronas e sofá, uma sala de jantar finamente decorada, o quarto e o banheiro.

• -Você já tinha vindo aqui antes? - Annie quis saber.


• -Não, imagine se tenho dinheiro para tanto luxo.


• -Então, como sabia onde ficava o quarto?


• -Instinto. - Ele riu. - Puro instinto.


• -Sei...


• -Venha - ele estendeu-lhe a mão -, vamos até à janela.

Annie segurou a mão de Poncho e os dois foram para junto da janela.

• -O céu hoje está maravilhoso. Que lua! Sabe, Poncho, que às vezes duvido que o homem já tenha chegado na lua?


• -Eu também. E já faz muitos anos que isso aconteceu.


• -É incrível o desenvolvimento tecnológico que nós alcançamos.


• -Infelizmente, o mesmo desenvolvimento não acon­teceu nos relacionamentos humanos. - Ele colocou o braço sobre os ombros de Annie.

E, calados, os dois ficaram olhando para o céu.

Poncho, depois de ter tomado conhecimento do que acon­tecera com Annie, havia ficado bem mais preocupado. E não sabia como agir. A vontade que tinha era de tomá-la nos braços e de fazer amor com ela. Mas sabia que precisava se conter. Qualquer atitude precipitada po­deria causar danos irreparáveis àquela união que ape­nas se iniciava.

Annie, por sua vez, tinha vontade de abraçá-lo e de lhe dizer o quanto o desejava.

"Não, eu não posso fazer isso. Se eu agir de maneira espontânea e der vazão aos meus sentimentos, Poncho pode pensar que me casei com ele apenas por sexo. E não quero que isso aconteça. Quero que ele se sinta amado, respeitado."

Poncho aproximou a cabeça do pescoço delicado e disse baixinho:

• -O seu perfume é delicioso. - Não resistindo a tanto fascínio, ele a beijou de leve na nuca. Em reposta, Annie estremeceu.


• -Você está com frio? - ele perguntou, num tom de voz zombeteiro.


• -Não é bem frio que eu estou sentindo.


• -Que coincidência, eu também não estou sentindo frio; muito pelo contrário.


• -É bom saber.


• -Entendi direito o que acabou de falar, Annie? - Ele continuava fazendo de tudo para se conter.


• -Entendeu. Entendeu, sim.

Poncho a segurou pelos ombros e fez com que ela o encarasse.

• -Você sabe que nada precisa acontecer entre a gente hoje. Se quiser esperar até que a gente se sinta mais à vontade...


• -Poncho, você também está se sentindo meio intimi­dado com a nossa situação?


• -Muito.


• -Eu também. Não sei o que falar, não sei como agir.


• -Acho que nós dois estamos sentindo a mesma coisa, Annie.


• -Será que nós nos precipitamos?


• -Como assim?


• -Não sei, talvez devêssemos ter esperado mais tem­po para nos casar.


• -Não, não acredito nisso. E esse constrangimento entre nós dois vai acabar. A única coisa que não quero é pressioná-la.


• -Você não está me pressionando. Apesar do cons­trangimento, sinto-me muito à vontade ao seu lado.


• - Isso é maravilhoso de ouvir. - Ele beijou-lhe de leve os lábios. Não se contendo, Annie segurou-lhe a cabeça e beijou com avidez aquela boca que tanto desejava.

Poncho, finalmente, se sentiu à vontade para demons­trar-lhe o quanto a queria.

Quando os dois deram por si, estavam na cama tro­cando carinhos íntimos. Porém, o desejo que Poncho sentia aumentava mais e mais. Num ímpeto, livrou-a das roupas e despiu-se. Ao voltar a abraçá-la, temeu que estivesse indo rápido demais e interrompeu as carícias.

• -O que aconteceu? - ela, preocupada, mas arden­do em desejo, perguntou.


• -Tenho que ir com mais calma.


• -Não, você não tem que se reprimir. Vá em frente, Poncho, eu quero ser sua.

Aquilo não era um pedido, mas uma súplica, ele constatou. Annie  também o desejava com desespero.

Poncho, então se colocou sobre ela mas, quando estava para penetrá-la, hesitou.

-   Continue, Poncho, continue...

Naquele instante ele deixou de pensar e passou ape­nas a sentir. Num movimento brusco de quadril, a penetrou por completo e, instantes depois, viu que o orgasmo era inevitável. Porém, ao mesmo tempo em que sentia aquela energia imensa percorrer-lhe o corpo, Poncho sentia que Annie não o acompanhava.

-   Me desculpe - ele disse baixinho, junto ao ouvido
de  Annie. - Me desculpe... Eu...

Uma forte contração de corpo interrompeu-lhe a fra­se e ele gemeu de prazer.

-   Oh, Annie, Annie...

Então, Poncho a abraçou e ficou calado, respirando com extrema dificuldade. Minutos mais tarde, ele voltou a dizer:

-    Me desculpe, fui muito egoísta.

• - Você não tem do que de se desculpar, Poncho.


• -Tenho. Tenho, sim. Agi de maneira muito preci­pitada. De repente comecei a seguir o meu ritmo, as minhas necessidades e me esqueci de você.


• -Você não se esqueceu de mim.


• -Mas eu queria que a nossa primeira vez fosse perfeita.


• -E ela foi perfeita, fique tranqüilo.


• -Não, eu também queria lhe dar muito prazer.


• -Eu senti muito prazer, Poncho.


• -Mas você não atingiu o orgasmo.


• -Desta vez, não. Mas nós teremos muitas outras vezes. - Ela acariciou-lhe a cabeça. - Apenas estamos começando, Poncho. Apenas estamos começando.

Poncho, que ainda se encontrava sobre Annie, beijou-a na boca com suavidade e se colocou ao lado dela.

-    Você é uma pessoa incrível. - Ele a abraçou com carinho. - Tive muita sorte em encontrá-la.

-    E eu tive muita sorte em encontrar você.
Poncho ficou um instante pensativo, e depois disse:

• -Fazia muito, muito tempo que eu não me rela­cionava com uma mulher.


• -Eu também... Fazia muito tempo que eu não me relacionava com um homem.


• -Apesar do meu fiasco de há pouco, Annie, sei que posso fazê-la muito feliz.


• -Não houve fiasco nenhum aqui dentro. Poncho, pare de se comportar como se o mundo tivesse caído. O que aconteceu com você é normal.


• -Mas eu não gostei nada do que aconteceu.


• -Você está parecendo um garotinho frustrado. - Ela riu.


• -E é exatamente assim que eu me sinto: como um garotinho frustrado.


• -Que tal, então, esse garotinho descansar um pou­co? - Annie sugeriu e depois de beijá-lo, recostou a ca­beça sobre o peito forte.