Fanfic: Promessa de Paixão AyA (Terminada)
- -Muito. Susy é uma adolescente. Ela tem quinze anos, apenas quinze anos. E estava apavorada. De repente, enquanto esperávamos ser atendidas, Susy começou a falar comigo. E me contou que o namorado a obrigara a fazer vários testes de gravidez. Depois, quando não havia mais dúvida, ele sugeriu que Susy abortasse. A garota, enfim, se abriu comigo. E foi muito difícil ouvi-la falar em aborto quando eu... - Annie fez uma pausa. - Bem, não foi nada fácil para mim.
- -Quer dizer, então, que vocês duas se conheceram no consultório do médico. E depois, o que aconteceu?
- -Susy parece que gostou muito de mim e falou com o dr. Jonathan a meu respeito. Aí, talvez por alguma coisa que eu tenha comentado, ela ficou sabendo que eu não podia ter filhos. Depois de algum tempo, a garota, sem mais nem menos, decidiu que eu deveria ficar com a criança que ia nascer. Foi o dr. Jonathan quem cuidou da adoção.
- -E tudo ia muito bem até o pai de Kate resolver voltar.
- -Exatamente.
Os dois ficaram em silêncio.
- - Quer mais um pouco de café? - ele perguntou, após algum tempo.
- - Não, obrigada. - Annie passou a mão pelo rosto, num gesto aflito. - Às vezes penso que tudo não passa de um grande pesadelo e acredito que, de repente, vou acordar e estará tudo resolvido. Mas esse pesadelo não tem fim.
- - Mas a moça pode acabar desistindo de ter a filha de volta.
- - Pode ser que isso aconteça, mas eu não acredito. Meu advogado me aconselhou a estar preparada para tudo.
- - Você não está com a custódia da menina?
- - Estou, mas é uma custódia provisória. E Susy ameaça não assinar os papéis definitivos da adoção.
- - Mas o juiz na certa...
- - Não, não em Michigan. Se fosse uma adoção através de uma agência, não teria com que me preocupar. Mas em Michigan a adoção particular é considerada ilegal. Essa história de leis me deixa muito confusa e não vou conseguir lhe explicar direito. O que sei é que tudo vai ter que ser feito lá em Ohio.
- - Por quê?
- - Porque Kate nasceu em Ohio.
- - Mas você já está com a criança. Isso pode facilitar tudo.
- - Antes fosse assim.
- - E o que diz o seu advogado?
- - Ele diz que tenho chance de ficar com Kate.
- - Então, anime-se!
- - Poncho, seria insuportável para mim perdê-la diante de um juiz. E não quero continuar me sentindo assim tão fragilizada, tão impotente. A situação que estou vivendo é insuportável.
- - Pelo que posso perceber, só lhe resta um opção: desistir logo dessa criança.
- - Isso também é muito doloroso. Sinto como se uma faca fosse enterrada no meu peito, sempre que penso em desistir de tudo.
- -Tem certeza que essa garotinha é assim tão importante para você, Annie?
- Mas é claro que tenho!
Ele pensou um pouco e disse:
- -Se eu fosse você, desistiria de tudo. Já pensou? Advogados, juizes, discussões... Isso acaba com qualquer mortal; física, emocional e financeiramente. Acho que tem que cair fora dessa história antes de se machucar. Você tem que se proteger, Annie. Você tem que se proteger enquanto ainda é tempo.
- -Como pode falar assim comigo? - ela perguntou, indignada. - Você nem me conhece direito!
- -Isso que está vivendo não é o fim do mundo. Milhões de pessoas sabem funcionar muito bem sem filhos.
- -Acontece, Poncho, que eu não sou uma máquina! Portanto, eu não quero funcionar. Eu quero sentir. E quero que a minha filhinha fique comigo.
- -Você, pelo jeito, quer mesmo muito essa criança.
- Claro que quero. Será que ainda tem alguma dúvida?
Poncho deu um profundo suspiro e respondeu:
- - Olha, Annie, não quero ficar aqui atormentando você, mas existe a possibilidade de acabar perdendo essa criança.
- - Isso seria o fim do mundo para mim. Eu morreria de infelicidade.
- - Bem, não sei mais o que lhe dizer. Só acho que deveria pensar melhor sobre tudo o que está acontecendo.
- - E você acha que não estou pensando? Tenho a sensação que meu cérebro vai acabar fundindo de tanto pensar no assunto.
- - Pois acho que deveria pensar mais ainda. Por que não volta para casa e relaxa?
- - Mas eu preciso trabalhar.
- - Você faz isso uma outra hora. Agora vá para casa e tente pensar friamente na situação que está vivendo.
- -Sou incapaz de pensar friamente no assunto.
- -Pois tente, Annie. Não dá para fugir de um problema como esse. É na quinta que você volta, não é?
- -É.
- -Pois eu vou trabalhar no berço e na quinta ele estará pronto. Traga Kate com você. Aí, a gente pergunta a ela se gostou do berço.
- -Oh, Poncho... Muito obrigada por ter me ouvido. Na quinta-feira estarei aqui de volta.
Autor(a): Bela
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Annie pegou Kate no colo e a aconchegou contra o peito. - Está com frio, minha querida? A garotinha, de olhos bem abertos, a fitava com atenção. - Não vai me responder? Não vai me dizer se está com frio? - Ela beijou a testa da menina. - Não, você não está com frio. Mas garanto qu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 229
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:44
Linda a web amei.
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
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kikaherrera Postado em 24/08/2010 - 00:21:43
Linda a web amei.
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jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:34
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :) -
jl Postado em 22/08/2010 - 19:35:28
AAAAAAAaa
Que lindo *----*
Muito bom essa web. Obrigado por transcrever :)