Fanfic: ALGUEM COMO VOCE AYA

 Capitulo II 
. “Eles nunca vão saber”


Ao som do sinal, se levantaram, e foram para a sala de aula, de mãos dadas, e notaram vários cochichos e olhares direcionados a eles, porem mais uma vez não se importaram, como sempre faziam, entraram e sentaram nos seus devidos lugares, ela na primeira cadeira na fila perto da parede, e ele na cadeira atrás dela, ficaram jogando conversa fora até o professor chegar e começar a aula, aula de geografia, nem um nem outro gostavam, mas hoje era dia de entrega de provas, e como de costume uma tensão fica no ar, e então no meio desta o professor começou a entregar as provas por ordem de chamada.

- Alfonso Herrera! – falou o professor vendo o mesmo se levantar e ir na sua direção. 
Alfonso pegou a sua prova e logo se sentou, viu a nota, não fez a melhor cara do mundo, mas tão pouco foi a pior, e conferiu os cálculos e anotações do professor na prova.

- Anahí Portilla! – falou o professor e assim como fez com Alfonso, a olhou até a entregar a prova para a mesma.

Anahí olhou sua nota, em quanto se sentava, e conferiu os cálculos, e logo a guardou com uma feição tranqüila, de quem já esperava por aquilo, virou-se pra trás e olhou o namorado, e viu que sua cara não era das melhores.

- O que foi? Foi tão ruim assim? - perguntou baixinho, em quanto o professor continuava a entrega.

- Não, foi até melhor, mas não o que eu esperava – falou baixo também, mas com certa desanimação na voz.

- Hum... Menos mal, aaah não fica triste, na próxima você vai melhor, até porque você sabe que nem estudou direito – falou mais uma vez baixinho.
- É eu sei, mas você poderia estudar com o seu amor aqui, né minha menina? – perguntou baixinho, com um sorriso no rosto.

- Primeiro não me chame de “minha menina” – imitou a voz dele – sabe que eu odeio apelidinhos melosos, segundo eu posso sim, mas vai ter que prometer que vamos estudar, e que não vai ficar enrolando como sempre faz? – perguntou baixo, olhando seria pra ele.

- Ah eu até prometo, não vou fazer nada, que vou ficar quietinho e estudar direito, mas eu não vou parar de chama a senhorita Anahí Portilla, minha namorada, de minha menina. – falou baixo, sorrindo e apertou as bochechas dela.

- OK ok, senhor Herrera – falou em tom normal, e se virou pra frente emburrada, o que fez Alfonso ri.

Alfonso ficou mexendo nos cabelos dela, e ela desenhando no caderno, até que o professor terminasse a entrega, assim logo começou a corrigir a prova, e foi assim até o fim da aula de geografia, logo a próxima de Biologia, depois de tantos nomes científicos, estudo do sistema respiratório, e mais uma vez bronca por mau comportamento, finalmente o intervalo. Todos fecharam os cadernos, fichários e livros, guardaram correndo os matérias e com a mesma pressa saíram pro pátio. Anahí fazia tudo com calma, e Alfonso a aguardava, assim que terminou levantou e junto a ele, saíram de mãos dadas. Foram andando até o cantinho deles, até a grande árvore, e sentaram-se. Ele ficou mexendo nos cabelos dela, e ela brincando com as mãos dele. 

- Eles parecem gado quando o vaqueiro os soltam no pasto – comentou Anahí, com um sorriso.

- Ai credo, coitados, se bem que eles são um pouco desesperados mesmo, e eu estaria junto a eles, se não fosse por você. – riu.

- Ah! Mas é uma boa causa, e alem de que você é mais bonito quando é um animal racional. – falou sorrindo e orgulhosa.

- Está querendo dizer o que com isso, minha menina – falou meio serio.

- Aaaaaaaah não me chame assim, que brega – falou emburrada.

- Não, minha menina, não pararei.- beijou-lhe a bochecha e riu.

- Chato – rosnou seria.

Alfonso gargalhou e ficaram assim, até avistarem três pessoas vindo em direções a eles, uma dos cabelos tão negros, que se tivessem pequenas presilhas de strass, se igualaria a um céu estrelado, outro de cabelos meio cacheados, e com uma cara enjoada, de quem não esta tão contente assim, e o ultimo de um cabelo roxo, que chegava a agredir os olhos quando o sol batia nele. Eles se aproximaram e sentaram-se.

- Hola queridos – falou sorrindo a morena.

- Fala cambada – disse rindo o de cabelo roxo, levando um pequeno tapa da morena.

- Oie pessoas – falou o outro sem emoção na voz.

- Oi, o que foi Christopher? – perguntou Anahí.

- Oie molecada – disse Alfonso, assim que Anahí terminou de falar.

- A Dulce não veio – respondeu o de cabelo roxo, rindo do desanimo de Christopher.

- Ah! entendi, a Christopher nem fica assim, provavelmente você ira a casa dela, como sempre faz depois da aula e assim matara a saudade. – disse Anahí, pra animar o amigo.

- É um fresco mesmo esse moleque. – zoou Alfonso, levando um tapa no ombro de Anahí.

- Não piore a situação Herrera – Anahí disse em tom de briga.

- Deixa ele Anny, quando você não pode vim pro colégio, ele fica pior – riu Christopher.

- Aaaaah coloca pior nisso, parece que o mundo vai acabar a qualquer minuto e ele não conseguiu realizar o maior sonho de sua vida. – gargalhou o de cabelo roxo.

- Não seja exagerado Christian, a gente sabe que não é esse desespero todo. – defendeu a morena.

- Obrigado May. E nem vem, pelo menos eu tento me divertir – disse Alfonso, abraçando Anahí.

- Mas porque a Maria não veio? – perguntou Anahí curiosa.

- Porque hoje é o dia que o professor de matemática vai entregar a prova –disse Christopher.

- E como a Dul diz, “melhor adiar acontecimento ruins, ainda mais quando você sabe, então adie a certeza, pra ficar um pouquinho melhor” – falou Maite imitando a voz de Dulce.

- A Maria não toma jeito – disse Anahí, rindo.

Ficaram conversando e rindo o intervalo inteiro, aproveitando o momento, juntos, o momento de paz e diversão. Maite, Christian eram namorados, Dulce Maria e Christopher também, e juntos eram amigos de Anahí e Alfonso, juntos eram inseparáveis, eles eram uns dos poucos que não se importavam com o jeito de Anahí, as meninas achavam fofo, sempre a comparavam a uma boneca, e os meninos não se importavam, afinal isso não tiraria a beleza natural e única de Anahí e nem sua personalidade, que era única, e os divertia, ela era uma ótima amiga, lembra? Quando o sinal tocou foram cada um pra suas salas, e nosso casal entrou mais uma vez de mãos dadas, ouviram uma piadinha de mau gosto direcionada a Anahí, onde ela fingiu não escutar e apertou a mão de Alfonso, que acariciou a mesma, e assim que se sentaram, ele sussurrou:

-Não liga, minha menina, você é muito mais que eles, e temos nossos amigos, que realmente gostam da gente e eu te amo. – beijou-lhe a testa e ela sorriu, e ficaram abraçados e conversando até o professor de português entrar em sala. 

Depois de muitas regras e quinhentas exceções e mais uma dúzia de exceções das exceções, a aula acabou e veio o professor de redação, onde todos tiveram que fazer uma redação, e quem terminasse esperaria o final da aula lá fora, ou esperaria próximo tempo e estaria liberado pra ir para casa. Anahí assim que escreveu a ultima palavra e colocou o ponto final se levantou, entregou a redação ao professor pegou suas coisas e se retirou de sala, sentando no banco em frente à sala de aula, e ficou ali sozinha esperando o namorado, e esse era um problema, ela estava sozinha, sozinha era um alvo mais fácil aos deboches, as brincadeiras, não que fosse uma garota frágil, mas quando está com o namorado, é mais difícil lhe atingir, é mais difícil fazer as gracinhas, e mais difícil fazer com que ela perceba, afinal Alfonso tem toda a sua atenção, e com ele junto, ela sabe que não importa nada, a não ser ela e ele.