Fanfic: Paixão Fatal
— Já fiz o intervalo para o café, srta. Hughes — ele replicou. Com dezesseis anos, era o mais jovem dos cavalariços e, segundo Guthrie, o menos inteligente. — E melhor eu voltar ao trabalho.
— Que pena! — Dulce lamentou. — Então, terei de tomar café sozinha. Achei que você gostaria de me fazer companhia.
— Bem, eu gostaria muito, mas tenho trabalho a fazer. Se o sr. Guthrie voltar e me encontrar aqui...
— Ah, mas ele só vai voltar a tarde, pois foi até Bristol. — ela o interrompeu, apressando-se em fechar a porta e encher duas xícaras de café. — Relaxe. Se alguém entrar, direi que foi idéia minha.
— Eles não acreditariam — o rapaz protestou, visivelmente aflito.
— Não creio que o sr. Kellerman faça qualquer objeção. Ele me pareceu bastante impressionado com o seu trabalho, quando conversamos, ontem.
— Verdade?
Billy arregalou os olhos. Tomada pelo sentimento de culpa, Dulce foi adiante, mas manteve o olhar fixo no café, para não ter de encará-lo enquanto mentia;
— Claro! Quando eu disse a ele que estava ajudando você, ele insinuou que você é um dos melhores cavalariços que já passaram por aqui.
O jovem aceitou a xícara de café e sentou-se na beirada da mesa.
— Quem diria! Eu pensava que ele e o sr. Guthrie não gostavam de mim! Talvez esteja na hora de pedir um aumento. Esse emprego paga muito mal. Se eu não morasse com meus pais, não conseguiria sobreviver com meu salário.
Dulce ficou apreensiva e lamentou ter começado aquela conversa, mas, agora, não poderia voltar atrás.
— Bem, se fosse você, eu esperaria até o ano que vem. Afinal, todos sabem que a situação do haras não é nada boa, no momento.
— Tem razão — Billy concordou, resignado. Aproveitando a chance, Dulce mudou de assunto:
— Imagino que tenha sido muito difícil para o sr. Kellerman, retomar uma vida normal, depois da morte da esposa.
— Gosta dele, não é? — o rapaz perguntou com um sorriso. — Todas as mulheres gostam do sr. Kellerman. Ou, pelo menos, gostavam.
— Não era a isso que eu me referia. O sr. Guthrie me contou que vários problemas ocorreram no haras.
A verdade era que Sam Guthrie não havia sequer mencionado os problemas do patrão e Dulce teria de rezar para que Billy não comentasse nada sobre aquela conversa. O que era improvável, uma vez que o gerente tratava o rapaz como um simples empregado, sem lhe dar qualquer liberdade.
— Acho que ele se referia a Allie.
Dulce mal pôde acreditar na sorte, pois imaginara que seria muito mais difícil obter alguma informação sobre Alicia Sawyer.
— Allie? — repetiu, erguendo as sobrancelhas.
— Sim, a sra. Sawyer, a mulher que trabalhou aqui antes da senhorita. Ela gostava de ser chamada de Allie, pois isso a fazia lembrar-se de quando era uma garotinha.
— Ela foi demitida? — Dulce perguntou, esforçando-se para soar casual.
— Não — Billy respondeu, ligeiramente indignado. — O sr. Guthrie não a mandaria embora, pois gostava muito dela.
Dulce lembrou-se de que, em teoria, não sabia nada sobre sua antecessora.
— Então, ela arranjou outro emprego?
— Ela simplesmente foi embora. Nem se despediu. O sr. Kellerman disse...
Billy parou de falar, ao mesmo tempo em que uma expressão de horror tomava conta de seu rosto. Dulce arrepiou-se, certa de que ele havia se lembrado de algo importante, algo que o aterrorizava. Então, ouviu o som que o fizera entrar em pânico. Passos se aproximavam e Billy depositou a xícara na mesa, derrubando boa parte do café.
— É o sr. Kellerman — murmurou, lívido, ao avistar o patrão pela janela. — O que vou fazer agora?
Dulce, que tinha suas próprias razões para não desejar o encontro naquele momento, disfarçou a impaciência.
— Você só aceitou uma xícara de café! Se alguém está encrencado, sou eu.
Billy não se convenceu e, abrindo a porta, confrontou o patrão com um sorriso nervoso.
— Eu já estava de saída, sr. Kellerman. Já limpei as baias, como o sr. Guthrie mandou.
Christopher ergueu uma sobrancelha, mas não teve tempo de fazer qualquer comentário, pois o rapaz afastou-se com a rapidez de um raio.
— Algo errado? — perguntou a Dulce e, então, seus olhos pousaram na poça de café sobre a mesa. — Interrompi alguma coisa?
— É claro que não — Dulce respondeu, tensa. — Billy veio procurar o sr. Guthrie e eu o convidei para tomar um café.
— É mesmo?
— Sim. — Dulce sorriu. — Creio que não deveria ter feito isso, mas sinto-me solitária, quando o sr. Guthrie não está.
Autor(a): karoles
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— Imagino que seja demais esperar que você não tenha ouvido os boatos — ele acrescentou com ironia. — Como? — Dulce sentiu as faces arderem. Teria Kellerman ouvido sua conversa com Billy? Mais uma vez, Dulce arrepiou-se, mas então, disse a si mesma que uma boa detetive não se deixaria intimidar com tamanha facilid ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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marques Postado em 30/07/2008 - 15:38:37
Posta ++++++++
EStá muito lagal,
Estou muuuito curiosa
Posta
Bjs -
tikalili Postado em 18/07/2008 - 00:26:42
nossa posta mais
amei
posta +++++++++++++
bejokas -
raissar Postado em 17/07/2008 - 20:14:53
posta mais
bjos -
raissar Postado em 05/07/2008 - 08:43:39
posta mais tá otima
bjos -
karoles Postado em 20/05/2008 - 09:00:24
Novo Capítulo em PAIXÃO FATAL!!!
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karoles Postado em 16/05/2008 - 16:41:24
Postei em PAIXÃO FATAL!
Comentem x) -
karoles Postado em 13/05/2008 - 15:08:35
Postei em Paixão Fatal =)))
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raissar Postado em 11/05/2008 - 19:43:47
passa na minha web karoles? se chama garotas rebeldes tem uma enquete lá, tenho tbm uma web de supense e uma polical.
bjos! -
raissar Postado em 11/05/2008 - 19:42:20
posta mais, quero q chegue logo amanhãp ra ler sua web karoles!
bjos! -
karoles Postado em 11/05/2008 - 19:37:50
No próximo post de Paixão Fatal:
Um raio de luar iluminou a bolsa que Dulce levara para o quarto, com medo de que a filha, ou a mãe, pudesse encontrar o dinheiro. De onde viera aquele dinheiro? Era legal? Por quê, exatamente, Henry Sawyer queria que Dulce en-contrasse sua esposa?