Fanfic: Paixão Fatal
— Imagino que seja demais esperar que você não tenha ouvido os boatos — ele acrescentou com ironia.
— Como? — Dulce sentiu as faces arderem. Teria Kellerman ouvido sua conversa com Billy? Mais uma vez, Dulce arrepiou-se, mas então, disse a si mesma que uma boa detetive não se deixaria intimidar com tamanha facilidade. Afinal, não fizera nada errado.
Exceto por ter se empregado ali sob falsos pretextos, por ter mentido sobre suas verdadeiras razões, por haver omitido o fato de que fora paga para investigar o desaparecimento de Alicia.
Christopher aproximou-se e ela sentiu o ar abandonar seus pulmões, pois os olhos castanho-escuros apresentavam-se quase negros, enquanto se mantinham fixos nos dela. Ocorreu a Dulce que ele a demitiria e, se isso acontecesse, não haveria como impedi-lo.
— Estou me referindo à morte de minha esposa — ele falou. — Era sobre isso que você e Billy conversavam? Você queria saber todos os detalhes escabrosos sobre como ela morreu?
Dulce fícou aliviada ao constatar que ele não ouvira nada.
— O acidente que matou sua esposa não é da minha conta. Além disso, Billy ainda não trabalhava aqui quando isso aconteceu.
— Há pouco mais de dois anos — Christopher esclareceu. — E Billy trabalha aqui há menos de um ano, mas deve ter conversado sobre isso com os outros.
— Mas não comigo. Não estávamos falando sobre isso.
— Não acha que está ficando paranóico, sr. Kellerman? As pessoas têm outros interesses.
— Têm? — ele inquiriu, cético. — Às vezes, tenho a impressão de que não falam de outra coisa. A senhorita tem o direito de achar que estou exagerando, mas receio ter me tornado sensível demais, nos últimos meses.
Dulce acreditou em cada uma das palavras dele e foi invadida pelo ímpeto de reassegurá-lo.
— É compreensível — murmurou, lançando um olhar para a cafeteira e tomando uma decisão rápida. — Aceita uma xícara de café, sr. Kellerman?
— Por que não? — ele aceitou e, olhando para o café derramado por Billy, sorriu e acrescentou: — Tentarei não fazer tanta sujeira.
Sem pensar, Dulce devolveu-lhe o sorriso. Então, virou-se para a cafeteira, perguntando-se qual seria a intenção dele? Estaria flertando? Ou apenas tentando compensar as maneiras duras de pouco antes? Dulce não saberia dizer, mas quando Christopher deixava de lado a postura rígida, tornava-se muito agradável.
Agradável!
Apanhou a xícara com movimentos bruscos. Ora, "agradável" não era um adjetivo a ser usado para descrevê-lo. Agressivo, talvez; sarcástico, sem dúvida; perigoso, possivelmente. E como ela poderia saber se o envolvimento de Christopher Kellerman com Alicia não havia começado exatamente da mesma maneira?
Estremeceu ao dar-se conta de que, por um momento, contemplara a possibilidade de envolver-se com ele. Tal linha de raciocínio era assustadora e ela se sentiu exposta e vulnerável.
Usou as duas mãos para estender-lhe a xícara, pois não queria que seu tremor indicasse quanto ele a perturbava.
— Obrigado — ele agradeceu. — Posso me sentar?
— Claro. O escritório é seu.
— Tem razão — Christopher concordou com mais um sorriso, antes de se acomodar. — Bem, vai me contar o que Roach estava fazendo aqui?
— Para ser sincera, não me lembro o que ele queria.
— Se não estou enganado, ele comentou algo sobre Guthrie — Christopher refrescou-lhe a memória.
— Tem razão. Foi isso. — Dulce fingiu ter se lembrado. — Billy estava à procura do sr. Guthrie. Veio procurá-lo, também?
— Para ser sincero, queria falar com você.
— Comigo? Por quê?
— Achei que já estava na hora de saber um pouco mais sobre nossa mais nova funcionária.
A boca de Dulce secou.
— Mas o sr. Guthrie...
— Sam não tem nenhuma queixa. Deve saber que o conquistou no primeiro dia.
— Mas não foi assim com o senhor — ela murmurou, antes mesmo de se dar conta do que dizia. — Quero dizer... Bem, não foi exatamente o que eu quis dizer... Não está satisfeito com o meu trabalho?
— Estou, mas sua presença aqui pode causar repercussões. Eu gostaria de saber o que sua família pensa a respeito.
— Minha família não tem nada contra meu emprego — Dulce mentiu, recusando-se a pensar no que sua mãe dissera ao ser informada do que a filha pretendia fazer.
— Não acreditam que matei minha esposa por causa do dinheiro dela?
— Pelo dinheiro? — Dulce repetiu em um fio de voz.
— Não me diga que não ouviu essa parte da história! — ele retrucou com cinismo.
Autor(a): karoles
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— Bem, se continuar trabalhando aqui, logo vai ter ouvido tudo o que há para ouvir. Dulce respirou fundo. — Deve ter sido muito difícil. — É o que todos dizem. Bem, ao menos, aqueles que acreditam em minha inocência. Creio que deveria sentir-me grato. — E não sente? — Não tenho uma explica& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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marques Postado em 30/07/2008 - 15:38:37
Posta ++++++++
EStá muito lagal,
Estou muuuito curiosa
Posta
Bjs -
tikalili Postado em 18/07/2008 - 00:26:42
nossa posta mais
amei
posta +++++++++++++
bejokas -
raissar Postado em 17/07/2008 - 20:14:53
posta mais
bjos -
raissar Postado em 05/07/2008 - 08:43:39
posta mais tá otima
bjos -
karoles Postado em 20/05/2008 - 09:00:24
Novo Capítulo em PAIXÃO FATAL!!!
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karoles Postado em 16/05/2008 - 16:41:24
Postei em PAIXÃO FATAL!
Comentem x) -
karoles Postado em 13/05/2008 - 15:08:35
Postei em Paixão Fatal =)))
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raissar Postado em 11/05/2008 - 19:43:47
passa na minha web karoles? se chama garotas rebeldes tem uma enquete lá, tenho tbm uma web de supense e uma polical.
bjos! -
raissar Postado em 11/05/2008 - 19:42:20
posta mais, quero q chegue logo amanhãp ra ler sua web karoles!
bjos! -
karoles Postado em 11/05/2008 - 19:37:50
No próximo post de Paixão Fatal:
Um raio de luar iluminou a bolsa que Dulce levara para o quarto, com medo de que a filha, ou a mãe, pudesse encontrar o dinheiro. De onde viera aquele dinheiro? Era legal? Por quê, exatamente, Henry Sawyer queria que Dulce en-contrasse sua esposa?