Fanfics Brasil - 4º Capítulo, Parte 2 Paixão Fatal

Fanfic: Paixão Fatal


Capítulo: 4º Capítulo, Parte 2

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  Está insinuando... — Conrad começou, furioso, mas Christopher já voltava para o carro.


Uma vez na estrada, a raiva deu lugar a uma dor pro­funda, provocada pela saudade da filha. Apesar de todos os seus esforços, a situação não mudara e Christopher tinha vontade de chorar, ao pensar no mal que fizera a si mesmo.


Bem, de nada adiantaria permitir que a atitude de Con­rad o deprimisse e, assim, Christopher decidiu visitar Wayside e fazer as pazes com Lacey.


Porém, lembrou-se de que deveria informar a governanta de que Rachel não iria almoçar com eles. Agnes Muir ficaria tão decepcionada quanto ele.


Quando entrava no haras, teve de brecar bruscamente, para não atropelar uma adolescente. A menina parecia in­decisa quanto a tomar a direção da casa, ou dos estábulos. Era relativamente alta e esbelta e usava uniforme escolar. Embora tivesse certeza de que não a conhecia, Christopher notou algo familiar no rosto jovem. Abriu a janela.


— Posso ajudá-la? — Christopher inquiriu.


— Estou procurando... por minha mãe... — a menina gaguejou. — Ela trabalha aqui... Chama-se Dulce...


— Dulce Hughes?


— Sim.


  É filha dela? — Christopher perguntou, surpreso, pois não sabia que Dulce era casada. — Se entrar no carro, posso lhe dar uma carona até os estábulos.


—Bem,eu...                                                             


  Sou Christopher Kellerman. Tenho certeza de que sua mãe a ensinou a não aceitar caronas de estranhos, mas sou o dono desta propriedade. Entre. — Abriu a porta e, assim que a menina se acomodou, perguntou: — Não deveria estar  na escola, a esta hora?


Ela lhe lançou um olhar maroto.


  É exatamente o que mamãe vai dizer, mas não vou voltar para lá. Ao menos, não hoje.


— Algum problema? — Christopher indagou. — O que quer que tenha acontecido, não poderia esperar até a noite?


— Mamãe também vai dizer isso. Ela fala muito em boa educação e coisas assim, mas nem sempre é tão fácil quanto parece.              


— Está enfrentando problemas — ele afirmou, enquanto punha o carro em movimento. — Não é fácil convencer as pessoas de que está dizendo a verdade. Eu sei como é isso.


— Imagino que saiba — ela declarou, mas voltou a corar. — Desculpe. Não deveria dizer isso, pois não sei nada sobre o senhor.


— O que não impediu muita gente de emitir suas opiniões — Christopher replicou com ironia. Então, sorriu, satisfeito por en­contrar alguém capaz de admitir seus próprios preconceitos.


— Bem, já que sou uma autoridade no assunto, por que não me conta o que a está perturbando? Que escola frequenta?


— Lady Montford.


— E está encontrando dificuldades nos estudos?


  Não! — ela exclamou, indignada. — Não tenho difi­culdades para aprender. E essa é justamente uma parte do problema.


Christopher avistou os estábulos e lamentou que o trajeto fosse tão curto. Estava gostando de conversar com ela e queria descobrir o que a levara até ali.


— E qual é o problema... Bem, você ainda não me disse o seu nome.


— Joanne.


  Muito bem, Joanne. Por acaso, suas colegas a estão perturbando por que você é melhor do que elas, nos estudos?


  Não.


Christopher gostaria de continuar, mas já haviam chegado ao seu destino.


  Bem, seja o que for, tenho certeza de que sua mãe será capaz de compreender.


  Acha mesmo? — Joanne mostrou-se cética. — Não conhece mamãe como eu. Alguma vez, já fez alguma coisa que sabia estar errada e, depois, se arrependeu, sr. Keller­man? Algo que gostaria de deixar para trás, mas que al­gumas pessoas não permitem que se esqueça?


— Todos nós fazemos coisas das quais nos arrependemos. No meu caso, foi escolher a esposa errada, mas não vamos discutir isso. O que você pode ter feito de tão errado? Quan­tos anos tem?


— Doze.


— Com doze anos, o que você pode ter feito de tão mau?


— Não é preciso ser maior de idade para infringir a lei. Ah, meu Deus! Mamãe vai me matar, quando descobrir!


Christopher estudou-a por um momento. Joanne parecia estar falando sério. O que quer que tivesse feito, acreditava que causaria sofrimento à mãe. Mas, o que ela fizera? Matara aulas? Desrespeitara um professor? Tomara drogas? Christopher foi tomado de profunda apreensão, ao mesmo tempo em que dizia a si mesmo que aquela garota não tinha nada a ver com ele. Ainda assim, não pôde se conter.


— Você não cheirou cola, ou algo parecido, não é?


  Não sou idiota, sr. Kellerman. Nunca tomei drogas, embora já tenham me oferecido.


Christopher ficou horrorizado. Haviam oferecido drogas a uma garota de doze anos! Para onde o mundo ia, afinal? Seria possível que as crianças não pudessem mais ter infância?


  Fico contente em ouvir isso — disse, esforçando-se para esconder os verdadeiros sentimentos. — Se não tomou drogas, não creio que tenha motivo para se preocupar tanto.


— O senhor não sabe de nada! — Joanne exclamou, ir­ritada, e saiu do carro. — Tente dizer à minha mãe que eu não queria roubar o batom.


Christopher suspeitou que ela não havia planejado contar-lhe a verdade e, pela expressão no rosto dela, Joanne já se arrependera.


Quando já se preparava para manobrar o Range Rover, Christopher deu-se conta de que Joanne continuava parada, sem saber para onde ir. Ignorando a voz interior que o advertia contra envolver-se naquela questão, desligou o motor e saiu do carro.


— Joanne — chamou. — O escritório fica ali — apontou.


Ela se virou e, quando se aproximava da porta, Dulce apareceu.


— Joanne! — exclamou, ignorando Christopher, exceto por um olhar rápido e nervoso na direção dele. — O que está fazendo aqui?


— Mamãe..,


  Não deveria estar na escola? Ainda são onze horas! Aconteceu alguma coisa? Sua avó...


— Vovó está bem.


  Então, por que o sr. Kellerman...


— Eu a encontrei no portão — ele explicou, percebendo que Dulce tremia de frio. — É melhor vocês duas entrarem no escritório, antes que fiquem doentes.


— O quê? — ela indagou, parecendo confusa. —Ah, sim... Joanne, acabei de preparar chá. Entre e sirva duas xícaras.


Os lábios de Christopher se curvaram.


— Uma atitude muito apropriada, considerando-se o que fiz ontem — murmurou.                


  Bem, eu... — Mais uma vez, a ansiedade de Dulce tornou-se óbvia. — Se quiser se juntar a nós, sr. Kellerman, será bem vindo.


  Serei?


Estudou-a com olhar cínico, pensando que era muito fácil desconsertá-la. Então, foi invadido por um sentimento de pesar, provocado pelo fato de ela ser casada e, portanto, estar fora de seu alcance. Com a experiência que tivera, ele jamais submeteria outro homem ao que ele mesmo tivera de enfrentar.


 



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Autor(a): karoles

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— Quem sabe um outro dia — replicou por fim, lançando um olhar para a porta aberta, que Joanne acabara de atra­vessar. — E vá com calma. Acho que sua filha está atra­vessando um momento difícil. — Acha o quê? — Dulce inquiriu, sem esconder o ressen­timento provocado pelo comentário. &mda ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • marques Postado em 30/07/2008 - 15:38:37

    Posta ++++++++
    EStá muito lagal,
    Estou muuuito curiosa
    Posta
    Bjs

  • tikalili Postado em 18/07/2008 - 00:26:42

    nossa posta mais
    amei
    posta +++++++++++++
    bejokas

  • raissar Postado em 17/07/2008 - 20:14:53

    posta mais
    bjos

  • raissar Postado em 05/07/2008 - 08:43:39

    posta mais tá otima
    bjos

  • karoles Postado em 20/05/2008 - 09:00:24

    Novo Capítulo em PAIXÃO FATAL!!!

  • karoles Postado em 16/05/2008 - 16:41:24

    Postei em PAIXÃO FATAL!
    Comentem x)

  • karoles Postado em 13/05/2008 - 15:08:35

    Postei em Paixão Fatal =)))

  • raissar Postado em 11/05/2008 - 19:43:47

    passa na minha web karoles? se chama garotas rebeldes tem uma enquete lá, tenho tbm uma web de supense e uma polical.
    bjos!

  • raissar Postado em 11/05/2008 - 19:42:20

    posta mais, quero q chegue logo amanhãp ra ler sua web karoles!
    bjos!

  • karoles Postado em 11/05/2008 - 19:37:50

    No próximo post de Paixão Fatal:

    Um raio de luar iluminou a bolsa que Dulce levara para o quarto, com medo de que a filha, ou a mãe, pudesse encontrar o dinheiro. De onde viera aquele dinheiro? Era legal? Por quê, exatamente, Henry Sawyer queria que Dulce en-contrasse sua esposa?


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