Fanfic: Paixão Fatal
Dulce ficou boquiaberta, mas tratou de se recompor depressa. Era difícil acreditar que um homem como Kallerman fosse se envolver com a esposa de Sawyer.
Disse a si mesma que não tinha o direito de pensar assim. Pelo o que vira na fotografia, Alicia era uma mulher muito bonita. O fato de Christopher Kallerman ter tido... problemas, não significava que era imune às mulheres. Afinal a vida era cheia de surpresas, como Dulce bem sabia. Sua própria vida não desenrolara exatamente como fora planejada.
- É claro que já ouvi falar do sr. Kallerman. O Jamaica Hill é muito conhecido, em King's Montford. Como sua esposa conheceu o sr. Kallerman?
- Ela trabalhou pra ele! - Sawyer respondeu irritado
- Bem, isso explica muita coisa - Dulce murmurou, pensativa. - O que ela fazia, lá?
- Era secretária.
- Sua esposa trabalhou lá por muito tempo?
- Tempo suficiente para aquele patife persuadi-la a me deixar. Vivíamos felizes, até Alicia começar a trabalhar lá.
- E pra onde ela foi, quando o deixou?
- Pra Jamaica Hill, é claro! Foi viver com Christopher, há mais ou menos seis meses.
- Certo... E o senhor acredita que os dois tinham um caso?
- Não acredito. Eu sei! Ela me deixou, não? Por que mais faria isso?
Dulce poderia fazer uma lista de motivos, mas decidiu guardá-los para si.
- E, agora, o senhor diz que ela não está mais lá.
- Ela desapareceu - Sawyer corrigiu. - Eu... eu amava aquela mulher! Mantive-me informado sobre tudo o que ela fazia, desde que me deixou.
- E o senhor quer saber onde ela trabalha, agora - falou com cuidado, recusando-se a dar crédito a possibilidade mais sinistra.
- Se é que está trabalhando - ele declarou em tom sombrio. - Minha esposa desapareceu há mais de oito semanas e ninguém teve notícias dela desde então.
Dulce engoliu em seco.
- Ela deve ter ido embora de King's Mortford - murmurou, ignorando as próprias dúvidas. - Talvez não queira que ninguém saiba onde está.
- Não acredito nisso! Aquele patife está escondendo alguma coisa. A senhora deve se lembrar do que aconteceu à esposa de Christopher.
Dulce respirou fundo.
- Não está sugerindo...
- Que ele a matou? - Sawyer interrompeu-a. - Por que não? Ele já fez isso antes, não fez?
Os olhos de Dulce arregalaram-se.
- A morte da sra. Kallerman foi acidental - protestou.
- Foi mesmo?
- Sim - ela insistiu, embora suas convicções estivessem abaladas. - Além do mais, a sra Sawyer era apenas uma funcionária. Se ele quisesse se livrar dela, bastaria demiti-la.
- E se Alicia tivesse se recusado a sair quieta? Quem sabe que tipo de escândalo ela não poderia provocar? Todos sabem que os negócios de Kallerman não resistiriam a mais publicidade negativa.
Dulce sacudiu a cabeça. O que havia começado com uma simples busca, tomava proporções de uma grande investigação. Isso, se ela desse crédito às insinuações de Sawyer. Ora, o homem devia estar louco! Christopher Kallerman não era um monstro. Sua esposa morrera em circunstâncias suspeitas, mas ele fora absolvido do suposto crime.
Ainda assim...
Embora não quisesse considerar os antecendentes, Dulce não pode evitar a lembrança das manchetes dos jornais, alguns anos antes, quando Pamela Kallerman quebrara o pescoço. Aparentemente, ela havia montado um cavalo em que o marido sabia ser perigoso. Na ocasião estava grávida de seis meses, esperando, o segundo filho do casal.
Dulce também se lembrava dos rumores e especulações. Apesar da gravidez de Pamela, todos sabiam que Christopher Kallerman e sua esposa enfrentavam uma crise conjugal. Diziam que fora somente por causa da filha, com dois anos na época, que não havia se divorciado. Havia até mesmo insinuado que a criança que Pamela esperava não era do marido. Que vinha mantendo um relacionamento com outro homem, o que teria provocado a tragédia.
Bem, tudo não passara de especulações. E os jornais haviam tomado cuidado de não publicar nada que pudesse dar a Kallerman motivo para um processo judicial. Porém, era fato que Pamela não deveria ter montado aquele cavalo em particular e nunca ninguém encontrara uma explicação satisfatória para o fato de que dois animais fisicamente muito parecidos, mas de temperamentos completamente diferentes, ocupassem baias vizinhas.
O inquérito fora dramático, com o pai de Pamela acusando o genro, no tribunal, mas ninguém encontrava evidências suficientes para culpá-lo. A morte de Pamela fora considerada acidental e, embora os rumores persistissem durante algum tempo, acabaram morrendo.
- A morte da sra. Kallerman foi um acidente - insistiu com firmeza. - Não é de admirar que a polícia não o tenha levado a sério, se o senhor fez alegações infundadas.
Autor(a): karoles
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- A senhora garantiu que tudo o que eu disse seria confidencial - Sawyer lembrou-a - Vai aceitar o caso, ou não? Não tenho tempo a perder. Dulce perguntou-se se o aluguel do escritório e a excursão de Joanne valiam o risco que o caso envolvia. Até então, só trabalhara em investigações de d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 16
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marques Postado em 30/07/2008 - 15:38:37
Posta ++++++++
EStá muito lagal,
Estou muuuito curiosa
Posta
Bjs -
tikalili Postado em 18/07/2008 - 00:26:42
nossa posta mais
amei
posta +++++++++++++
bejokas -
raissar Postado em 17/07/2008 - 20:14:53
posta mais
bjos -
raissar Postado em 05/07/2008 - 08:43:39
posta mais tá otima
bjos -
karoles Postado em 20/05/2008 - 09:00:24
Novo Capítulo em PAIXÃO FATAL!!!
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karoles Postado em 16/05/2008 - 16:41:24
Postei em PAIXÃO FATAL!
Comentem x) -
karoles Postado em 13/05/2008 - 15:08:35
Postei em Paixão Fatal =)))
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raissar Postado em 11/05/2008 - 19:43:47
passa na minha web karoles? se chama garotas rebeldes tem uma enquete lá, tenho tbm uma web de supense e uma polical.
bjos! -
raissar Postado em 11/05/2008 - 19:42:20
posta mais, quero q chegue logo amanhãp ra ler sua web karoles!
bjos! -
karoles Postado em 11/05/2008 - 19:37:50
No próximo post de Paixão Fatal:
Um raio de luar iluminou a bolsa que Dulce levara para o quarto, com medo de que a filha, ou a mãe, pudesse encontrar o dinheiro. De onde viera aquele dinheiro? Era legal? Por quê, exatamente, Henry Sawyer queria que Dulce en-contrasse sua esposa?