Fanfics Brasil - 1º capítulo, parte 5 Paixão Fatal

Fanfic: Paixão Fatal


Capítulo: 1º capítulo, parte 5

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- A senhora garantiu que tudo o que eu disse seria confidencial - Sawyer lembrou-a - Vai aceitar o caso, ou não? Não tenho tempo a perder.

     Dulce perguntou-se se o aluguel do escritório e a excursão de Joanne valiam o risco que o caso envolvia. Até então, só trabalhara em investigações de divórcios e de companhias de seguro. O que mal dava para viver.

     Se ignorasse as insinuações exageradas de seu cliente, o caso não passaria de uma busca simples. Alicia trabalhara para Christopher. Outros empregados do haras se lembrariam dela. Seria fácil descobrir por que partira e para onde fora.

- Vou precisar de mais alguns detalhes - declarou por fim, nas esperança de que não fosse se arrepender da decisão que acabara de tomar. - Quando suspeitou de que Christopher Kallerman estava interessado em sua esposa? Falou com ela depois que ela o deixou? Ela levou todos os pertences, quando se mudou?

->->->

     Já passava das oito horas, quando Dulce entrou no apartamento que partilhava com a mãe e a filha, em Milner Court. A noite fria caíra por completo, enquanto ela dirigia o antigo Vauxhall de seu pai, pelas ruas desertas de King's Montford. O apartamento, porém, estava quente e agrdável. A sala, onde sua mãe e Joanne, de doze anos, assistiam à televisão, oferecia grande aconchego.

- Você demorou! - a mãe exclamou ao vê-la, levantando-se do sofá. - Deixei seu prato no forno, já faz quase duas horas. Não creio que a comida ainda esteja saborosa.

- Não se preocupe. Comi um sanduíche, às três horas da tarde. Por isso, não estou com fome - Dulce replicou com um sorriso para a filha. - Olá querida. Espero que tenha feito a lição de casa, antes de começar assistir à televisão.

- Eu fiz - Joanne garantiu.

- Ela fez os deveres antes do jantar - a avó confirmou. - Quando você telefonou, avisando que se atrasaria, decidimos esperar, mas não imaginei que fosse demorar tanto.

- Nem eu - Dulce admitiu, tirando o casaco. - Meu cliente se atrasou e quando foi embora, decidi passar nos escritórios dos Herald's, para afzer uma pesquisa preliminar sobre alguns detalhes do caso. Sei que deveria ter ligado, mas não pensei que fosse demorar. Desculpe se a deixei preocupada mamãe.

- Susie estava com você, não? - Blanca Ross perguntou.

- Não. Ela tinha um encontro essa noite e eu a dispensei.

    Susie era apenas uma adolescente, que atendia telefonemas e cuidava do trabalho de datilografia.

     Blanca sacudiu a cabeça.

- Acho uma grande tolice receber clientes fora do horário comercial. Seu pai era homem e sabia se defender.

- Também sei me defender, mamãe. Francamente! Às vezes, você é muito machista!

- Realista - Joanne a corrigiu. - Você sabe muito bem que seu curso de artes marciais não faria a menor difrença diante de um homem armado. Voc~e não tem a menor chance diante de um bandido, mamãe.

- Não costumo lidar com bandidos - Dulce retrucou com impaciência. - Você tem assistido à televisão demais. Meus casos são os mais comuns.

- Até agora... - Joanne replicou. - Quem era o homem que você atendeu depois do expediente? Um sujeito comum?

     Dulce sentiu uma pontada de culpa ao pensar nas duas mil libras que tinha na bolsa, mas tratou de afastar o pensamento.

- Muito comum - mentiu. - E você sabe que não discuto meus casos com você.

     Foi somente depois de se certificar que a filha dormia profundamente, que Dulce se permitiu voltar a pensar naquele caso. Ainda não estava certa de ter tomado a decisão correta ao aceitá-lo.

     Bem, tinha apenas a palavra de Henry Sawyer de que Alicia havia desaparecido e a idéia de que isso era suspeito não passava de suposição. Seu cliente não inspirava con­fiança e, com um marido como ele, era possível que Alicia estivesse apenas se protegendo.

     Provavelmente, ela havia, se mudado para outra cidade e conseguido um novo emprego, decidida a não deixar que o marido conhecesse seu paradeiro. Dulce não acreditava que Christopher estivesse envolvido no desaparecimento da­quela mulher.

     Se Alicia realmente tivera um relacionamento com Christopher, o que teria de ser comprovado, qual o problema? Não existia lei alguma que impedisse um homem de se relacionar com uma funcionária. O único aspecto desagradável seria o fato de ele ter levado outra mulher para viver na casa que havia partilhado com Pamela. Ele deveria saber que tal atitude provocaria fofocas. Bem, talvez ele não se importasse.Os Kellerman estavam casados havia apenas três anos, quando Pamela morrera, segundo os arquivos do Herald's. Dulce também soubera que a filha do casal não presenciara o acidente por pouco.

Com um suspiro profundo, desejou que o pai estivesse vivo, para que ela pudesse discutir com ele suas idéias. A expe­riência do pai a ajudara muito, antes. O problema era que haviam trabalhado juntos apenas uns poucos meses, quando um ataque cardíaco o matara. Sua mãe estava convencida de que o ataque fora provocado pela tensão do trabalho.

Dulce gostaria muito de poder contar com a sabedoria dele, agora. Na verdade, aceitaria o conselho de qualquer homem, pensou, consciente de que sua vida deixava muito a desejar, naquele departamento. Desde a morte de Sean, ela fugira de envolvimentos sérios e, embora dez anos hou­vessem se passado, Dulce raramente permitia a entrada de um homem em sua vida.

     No início, usara Joanne como desculpa e, na verdade, apegara-se muito à filha, logo após o acidente. Abrira mão de muitas com a morte de Sean Hughes e, por mais que a morte dele a houvesse de­vastado, ele a decepcionara.Seus pais haviam sido maravilhosos, oferecendo-lhe ajuda e conforto, apesar de nunca terem aprovado seu relaciona­mento com Sean. Haviam recebido Dulce e Joanne, quando a casa que ela partilhara com Sean tivera de ser vendida. E, ainda, sustentaram as duas, até que Dulce conseguisse encontrar um emprego e dar continuidade à própria vida.Dulce cursava o primeiro ano da faculdade, quando co­nhecera Sean. Trabalhava no supermercado, nos feriados da Páscoa, quando ele se mostrara interessado. Dulce ainda se lembrava da emoção que sentira. Todas as outras garotas estavam fascinadas pelo jovem e atraente sub-gerente e ela não teria sido humana, se não houvesse ficado lisonjeada com a atenção.Começaram um relacionamento um tanto casual, a prin­cípio, mas quando chegou o Natal, o envolvimento já se tornara muito sério. Sean pedira que ela ficasse em King's Montford e se mudasse para a casa dele, em vez de voltar para a universidade, em Warwick, em janeiro. Dizia ser louco por ela e que não saberia o que fazer, se Dulce o dei­xasse sozinho.O que Sean realmente queria dizer era que, se ela voltasse à universidade, ele não esperaria pelo seu retorno. Haveria outra mulher, quando Dulce voltasse no verão. E, por acre­ditar que estava apaixonada por ele, Dulce abandonara a faculdade e se casara com Sean. Então, fora viver na casinha minúscula que ele possuía, na Queen Street, e passara a trabalhar no supermercado em período integral.Haviam sido felizes, ao menos, por algum tempo. Até mesmo os pais de Dulce, tão desapontados pela decisão da filha em abandonar a faculdade, haviam deixado o orgulho de lado e ajudado o jovem casal a comprar um carro. Quando Joanne nascera, haviam recebido a neta, deliciados.Então, alguns dias antes do segundo aniversário de Joan­ne, o mundo de Dulce desabara. Sean lhe dissera que viajaria a Bristol, a trabalho, mas quando os policiais haviam batido em sua porta com a terrível notícia do acidente, haviam sido forçados a lhe contar que havia uma mulher no carro. Os dois haviam morrido instantaneamente.Mais tarde, Dulce soubera que Sean se relacionava com a mulher que morrera com ele, desde quando Dulce estava grávida de Joanne.Só então ela se dera conta de que já suspeitava da traição havia muito tempo. Sean passara tempo demais fora de casa, e as desculpas de horas extras de trabalho haviam se tornado excessivas. Dulce recusara-se a encarar a verdade por tanto tempo, que haviam sido necessários muitos meses para que ela fosse capaz de olhar para o futuro com algum otimismo.

 

Continua



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Autor(a): karoles

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     Ainda assim, não se arrependeia de nada do que fizera. Joanne era uma constante fonte de felicidade e realização. Quando a filha completou seis anos, Dulce decicdiu que já era tempo de retomar sua vida. Assim, matriculara-se na Universidade de Bristol, onde terminara o curso iniciado em Warwick.     No ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 16



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  • marques Postado em 30/07/2008 - 15:38:37

    Posta ++++++++
    EStá muito lagal,
    Estou muuuito curiosa
    Posta
    Bjs

  • tikalili Postado em 18/07/2008 - 00:26:42

    nossa posta mais
    amei
    posta +++++++++++++
    bejokas

  • raissar Postado em 17/07/2008 - 20:14:53

    posta mais
    bjos

  • raissar Postado em 05/07/2008 - 08:43:39

    posta mais tá otima
    bjos

  • karoles Postado em 20/05/2008 - 09:00:24

    Novo Capítulo em PAIXÃO FATAL!!!

  • karoles Postado em 16/05/2008 - 16:41:24

    Postei em PAIXÃO FATAL!
    Comentem x)

  • karoles Postado em 13/05/2008 - 15:08:35

    Postei em Paixão Fatal =)))

  • raissar Postado em 11/05/2008 - 19:43:47

    passa na minha web karoles? se chama garotas rebeldes tem uma enquete lá, tenho tbm uma web de supense e uma polical.
    bjos!

  • raissar Postado em 11/05/2008 - 19:42:20

    posta mais, quero q chegue logo amanhãp ra ler sua web karoles!
    bjos!

  • karoles Postado em 11/05/2008 - 19:37:50

    No próximo post de Paixão Fatal:

    Um raio de luar iluminou a bolsa que Dulce levara para o quarto, com medo de que a filha, ou a mãe, pudesse encontrar o dinheiro. De onde viera aquele dinheiro? Era legal? Por quê, exatamente, Henry Sawyer queria que Dulce en-contrasse sua esposa?


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