Fanfics Brasil - 2º Capítulo, parte 2 Paixão Oriental

Fanfic: Paixão Oriental


Capítulo: 2º Capítulo, parte 2

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Alfonso apertou os olhos.
-Quer dizer que realmente é Anahi Portreath, a mulher que herdou a fortuna dos Portreath? -perguntou ele sem poder acreditar.
-Parece muito surpreso... - respondeu Anahi secamente. - Até as pobres garotas do campo podem ter um golpe de sorte e receber uma fortuna...
-Refere-te a se casar com alguém que tem uma fortuna...
Assim que o disse, Alfonso preferiu ter mordido a língua. Tinha havido dureza e amargura em suas palavras, e poderia lhe ter feito notar que ainda se importava por ela ter se deixado seduzir por um homem rico.
- Se você o diz... - murmurou ela, e se deu a volta para olhar ao redor.
Naquele momento ele viu seu perfil delicado, e sentiu uma dor em seu peito. "Maldita seja! Não me faça isto!", pensou Alfonso.
-Este lugar é frio como um mausoléu –comentou ela.
Tinha razão. Leona havia dito o mesmo. O escritório de seu meio-irmão tinha mudado por completo desde que sua esposa se ocupou de arrumá-lo para fazê-lo mais acolhedor. Mas Alfonso não a deixava que se aproximasse do seu, porque... Gostava dos mausoléus.
Talvez Anahi soubesse o que ele estava pensando, porque de repente seus olhos se encontraram, e os anos pareceram apagar-se ao sentir aquela luz dourada tocando seus olhos claros. Uma vez lhe havia dito que ele não era capaz de sentir algo profundamente. Que o grande teste de sua vida seria confiar-se em seus sentimentos.
"Terminará sendo frio e cínico, Alfonso", ela tinha lhe dito, "vivendo à margem da vida".
-O que quer, Anahi? -perguntou ele, seriamente.
-Seria bom poder me sentar...
-Não terá muito tempo para fazê-lo.
-Você se arrependerá disso.
-A porta é ali. Minha secretária te acompanhará à saída – disse ele friamente.
-OH, não seja tão arrogante! -ela franziu o cenho. - Poderia, ao menos, ter a delicadeza de ouvir o que vim te dizer.
-Não pode ter nada que dizer que me interesse escutar -virou-se e caminhou ao redor da escrivaninha.
-Além de arrogante, é egocêntrico.
Ele se deu a volta tão zangado que ela deu um passo atrás.
-Sou como um homem enganado!
Anahi olhou seu rosto e sentiu que seus joelhos se debilitavam.
Seus olhos pareciam dispostos a petrificá-la com seu olhar. A boca se transformou em duas linhas entreabertas com dentes brancos a ponto de comê-la. E a mesa de mármore parecia ser o único obstáculo para que ele alongasse a mão e a estrangulasse.
Ela se sentiu em estado de choque, tanto pelo temor que lhe infundia como porque nunca pôde imaginar que ele tiraria sua raiva. O homem que tinha conhecido podia controlar seus sentimentos até um extremo assombroso.
Tinham passado semanas até que ele tinha podido admitir que se sentia atraído por ela. Aproximou-se da granja de sua família com o pretexto de que estava pensando investir dinheiro nela. Estava acostumado a aparecer em lugares estranhos como no quarto de ferramentas do estábulo, ou no celeiro, e observá-la recolher feno para os animais em um carro.
-Não deveria estar fazendo isto – Alfonso havia lhe dito em tom de recriminação sensual.
-Por que? -ela recordou como riu daquilo. - Porque sou uma mulher? -tinha perguntado Anahi.
-Não -ele não tinha sorrido. — Porque odeia fazê-lo.
Tinha sido uma verdade que a tinha deixado confusa, porque não se deu conta de que se notava que não gostava. Levava vivendo na granja desde os dez anos, isso era o que se esperava dela: que compartilhasse o trabalho diário das tarefas próprias da granja. Mas aquilo não era desfrutar da vida. Teria dado algo para voltar para sua vida de antes, quando vivia em Londres com uns pais que a adoravam em lugar de com um tio de mau caráter e seu débil enteado.
-Você enganou a si mesmo -respondeu ela. - E não imagina o mal que...
-Saia daqui -advertiu-lhe ele. - Agora que ainda pode fazê-lo.
Foi uma ameaça direta.
-Igual ao que fez antes, quando preferiu acreditar nas mentiras, em lugar de me dar um minuto para te explicar o que tinha visto? -respondeu ela com a raiva ainda guardada no negro poço das lembranças.
-Acha que se sentirá melhor se eu te deixar sozinho, com o convencimento de que foi o único que saiu ferido há oito anos?
-Saia -disse-lhe ele.
Anahi o olhou. Em apenas dez minutos, tinham chegado ao mesmo que há oito anos.
Riu, trêmulamente, e se afastou. Porque aquelas palavras tinham ainda o mesmo efeito que há oito anos.


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Autor(a): karoles

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Mas havia uma diferença. A jovem Anahi tinha saído correndo. Mas a versão mais amadurecida era feita de um material mais forte. Deu-se a volta, enfrentou-se a ele e lhe disse: -Tenho que te dizer algo importante. -Não tenho vontade de ouvi-la. -É possível que te arrependa de dizer isso. -Saia, Anahi. -insistiu ele. -N& ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 7



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  • melhordeaya Postado em 21/05/2008 - 23:16:51

    Posta mais!!!
    Tá muito legal!
    Bj

  • karoles Postado em 16/05/2008 - 16:53:04

    Postei em PAIXÃO ORIENTAL!
    Web AyA!!!
    x)

  • karoles Postado em 12/05/2008 - 21:32:53

    Raissar: Já postei!!! =)

    Leiam gente! Paixão oriental, AyA =D

  • raissar Postado em 11/05/2008 - 19:57:54

    é bom tbm, posta mais!
    bjos!

  • karoles Postado em 11/05/2008 - 16:14:28

    Postei a parte 2 do capítulo de Paixão Oriental!

    Comentem =D

  • karoles Postado em 11/05/2008 - 06:59:03

    Postei as duas introduções de Paixão Oriental AyA

    Comentem!!!

  • karoles Postado em 10/05/2008 - 19:47:14

    Amanhã
    Estréia de Paixão Oriental, web adaptada p/ AyA =)
    Leiam tbm Paixão Fatal, web adaptada p/ DyU =)


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