Fanfic: Paixão Oriental
-Acredito que é melhor que tenhamos esta conversa em outro lugar que não seja o escritório... Em um lugar mais... adequado.
-Mas você tem uma entrevista com uma pessoa que está te esperando lá fora!
Sua resposta a isso foi estender a mão e desprender o outro telefone. Disse umas poucas palavras em árabe, e ao que parecia o assunto de sua reunião ficou resolvido.
-O problema está resolvido -murmurou.
-Realmente, eu prefiro tratar deste assunto aqui mesmo -respondeu ela quase em um apelo.
-OH, vamos! -ele ficou de pé. - Agora que tento te mostrar meu lado humano me oferecendo para te escutar, recusa meu gesto?
Se pensava que seria prazenteiro escutá-la durante o almoço, estava equivocado, pensou Anahi.
Ela observou como ele rodeava a mesa de mármore. O comentário de seu lado humano não lhe tinha passado, nem tampouco que no curso da conversa telefônica tivesse mudado totalmente sua atitude para com ela.
Alfonso chegou junto a sua cadeira. Anahi sentiu que lhe arrepiava o pêlo da nuca. Ele estava esperando que ela se desse por vencida e ficasse de pé. Mas seus olhos estavam à altura de certa parte da anatomia dele, e o que viu a envolveu em uma onda de calor.
Aquilo não tinha nada que ver com um almoço juntos nem com a demonstração de seu lado humano! Tinha que ver com o sexo.
-Deixa de fazer isto, Alfonso -disse.
-Deixar de fazer o que?
-Sabe muito bem o que! -Anahi ficou em pé e deu um passo atrás. Topou-se com a cadeira; a mesa de mármore bloqueava sua saída. -Me deixe passar -insistiu.
-É obvio -ele deu um passo atrás para lhe deixar espaço.
Nervosa, Anahi se deslizou entre a mesa e Alfonso.
Este a segurou pela cintura para que não caísse, Era a primeira vez que a tocava em oito anos e seu tato pareceu dar vida a seus sentidos e a fez respirar profundamente.
Ele riu sensualmente.
-Está certa que quer partir?
Ela elevou o olhar para ver seu rosto. Entreabriu seus lábios e emitiu um gemido trêmulo. Anahi abaixou sua cabeça e a beijou.
Alfonso estava confuso. Em um momento ficava a brincar com ela, e no seguinte, sentia-se apanhado na excitação mais escura e quente. Era o beijo mais apaixonado que tinha experimentado! Pôde sentir o estremecimento de seu corpo como se tivessem estado nus. Seu perfume encheu seu olfato, e os pequenos gemidos que estava emitindo enquanto tentava resistir ao que estava acontecendo vibravam em cada uma de suas células nervosas.
Anahi a prostituta, pensou ele enquanto ela se arqueava compulsivamente e se entregava, faminta, no calor do beijo.
Bem, por que não?, perguntou-se ele enquanto a raiva que tinha dentro dele lhe dava a desculpa para fazer o que gostava. O escritório estava bem. Só em elevar o braço, poderia desfrutar dela em um escritório frio de mármore. Sexo em um mausoléu, pensou, ideal para um sacrifício pagão. Ia bem.
Um ruído atrás da porta os distraiu, e Anahi aproveitou para separar-se. Sobressaltada pela experiência, apoiou-se na escrivaninha e tentou esclarecer sua mente.
-O que te fez fazer isto? -perguntou ela quando pôde por fim falar.
Ele riu cinicamente. Mas a verdade era que se sentia confuso.
Horrorizada, ela olhou para baixo e viu que sua jaqueta estava aberta, mostrando uma parte do sutiã. A vaidade lhe tinha feito decidir não usar nada debaixo, para que não danificasse a suave linha do desenho. Mas agora tinha que suportar a idéia de que ele pensasse que tinha ido ali semi-nua.
-Não posso acreditar que tenha acontecido isto... -disse, trêmula, enquanto se grampeava os botões com dedos inseguros.
-Não devia ter vindo aqui, Anahi -respondeu Anahi.
-Não vim para isto! -gritou ela.
-Dou-te um conselho: vá embora daqui -ele deu a volta e rodeou a escrivaninha. - E se tiver um pouco de sensatez, não tentará voltar.
Anahi assentiu e tragou saliva. Suas pernas estavam fracas. Era a pior humilhação a que se podia submeter...
- Quero... meus documentos -murmurou em um último intento de partir dali com certa dignidade.
Ele assentiu friamente, e começou a recolher os papéis. Anahi ficou de pé a seu lado e esperou em silêncio que ele os devolvesse.
-Seu tio segue ocupando-se da granja? -perguntou ele de repente.
Ela franziu o cenho.
-Morreu faz cinco anos em um acidente na granja.
—Sinto muito. Não sabia nada.
Anahi não disse nada. Nunca tinha havido afeto entre seu tio e ela. Não necessitava de seu consolo. Lamentava que tivesse morrido tão tragicamente, mas pelo resto, não lhe perdoava que tivesse tentado destroçar sua vida.
-E Jamie?
" Ah!", não posso suportar isso, pensou ela.
-Meus documentos - pediu-lhe com altivez.
Para Alfonso sua negativa ao falar daquilo era um desafio. Anahi se negava a fazer qualquer comentário a respeito da pessoa com quem o tinha enganado. Alfonso olhou a mão estendida para ele.
-Você mudou -comentou ele. - Melhor dizendo, cresceu.
-A vida te muda.
-E o dinheiro.
-E o dinheiro -assentiu ela.
-O dinheiro que quer que te invista?
-É um inferno cuidar do dinheiro se não estar acostumada a dirigi-lo -respondeu ela.
-Por que eu?
-Porque Randal me assegurou que você era o melhor. "E isso é o único que tirará de mim", adicionou silenciosamente.
-Mentirosa. Você sugeriu ao Randal de que fosse eu.
Aquilo a sobressaltou. Não sabia que Randal lhe daria aquela suculenta informação.
-Quer dizer que não é o melhor?
Alfonso sorriu. E aquele sorriso foi perturbador. Porque Robbie tinha o mesmo sorriso e ela jamais o tinha relacionado com o Alfonso.
-Já vê. Esperava que a ética em seu negócio te fizesse superar outras coisas. Parece que me equivoquei. Foi um engano. Encontrarei outra pessoa...
-Para... —olhou o papel— ... que invista a metade de sua herança a prazo fixo... Enquanto a outra metade fica imobilizada em um fideicomisso... -leu Alfonso em voz alta.
Ela se sentiu levemente alarmada. Alfonso começava a mostrar interesse nos documentos quando já não lhe interessava que o fizesse.
-Randal se ocupará disso -disse ela olhando os papéis que continham os detalhes de sua vida. E da do Robbie, pensou.
-Para quem é esse dinheiro?
-O que isso importa?
-Se quiser que eu trabalhe com você, isso importa sim –murmurou ele.
Autor(a): karoles
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-Mas eu já não quero que trabalhe comigo -adicionou ela. Ele não lhe fez caso e se sentou em sua poltrona, ficando com os papéis. -Sente-se e me explique -convidou-a. -Não. Mudei de idéia, Alfonso. Cometi um engano ao vir te ver... agora eu sei. Tinha razão. Devo partir. Sinto ter feito você perder seu tempo... Alfon ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 7
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melhordeaya Postado em 21/05/2008 - 23:16:51
Posta mais!!!
Tá muito legal!
Bj -
karoles Postado em 16/05/2008 - 16:53:04
Postei em PAIXÃO ORIENTAL!
Web AyA!!!
x) -
karoles Postado em 12/05/2008 - 21:32:53
Raissar: Já postei!!! =)
Leiam gente! Paixão oriental, AyA =D -
raissar Postado em 11/05/2008 - 19:57:54
é bom tbm, posta mais!
bjos! -
karoles Postado em 11/05/2008 - 16:14:28
Postei a parte 2 do capítulo de Paixão Oriental!
Comentem =D -
karoles Postado em 11/05/2008 - 06:59:03
Postei as duas introduções de Paixão Oriental AyA
Comentem!!! -
karoles Postado em 10/05/2008 - 19:47:14
Amanhã
Estréia de Paixão Oriental, web adaptada p/ AyA =)
Leiam tbm Paixão Fatal, web adaptada p/ DyU =)