Fanfic: Grito de férias

Capitulo 4 : Estranho...

Depois de um bom tempo ali, embora tenha parecido poucos minutos, alguém finalmente lembrou da minha existência e mandou uma mensagem falando pra gente voltar e se arrumar pra ir no shopping –EBAAA, (de novo) eu adoro ir ao shopping; voltei pro AP. correndo pra me arrumar. As outras pessoas já estavam prontas assistindo TV, então eu tive que ser muito rápida, tomei banho e me arrumei.

Fui pro banheiro do quarto me maquiar. Eu estava sozinha no cômodo, o Victor já tava pronto (o que não é muito justo) e quando ele chegou prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.

-Não, deixa solto, fica mais bonito!

Assim?- soltei meu cabelo e o deixei para o lado. Ficou ridículo.

-Não – ele chegou por trás, pois a mão na minha nuca e minhas mechas em frente dos ombros. Nós dois olhamos um pro outro através do espelho. Ele sorrio escancaradamente com seu dentes metálicos azuis e me deu um beijinho no pescoço. Eu senti seu perfume.

-O pessoal ta chamando, vamos?

- Já to indo...

Na hora de ir, houve um dilema: quem vai no carro de quem? Acabou que eu fui no carro com a aminha irmã e, claro com o Victor- irônico, não?

No caminho a Patrícia foi muito indiscreta, como de costume:

- Eu vi  vocês dois se catando La no sofá – COMO??? – e também vi o seu tombo.

-Você por um acaso não contou pra ninguém né? – eu entrei em pânico.

-Não, mas acho que eu vou contar – ela soltou um daqueles sorrisos malignos do poderoso chefão – eu quero ver a cara do Victor quando o Guilherme ficar sabendo e arrebentar ele!

-Não pelo amor de Deus! –disse o Victor. Acho que o objetivo dele foi ser irônico.

Finalmente nós chegamos na merda do shopping depois de um longo percurso de tensão.

Quando eu desci do carro, sem querer pisei no cadarço do tênis e quase cai, ainda bem que dessa vez ele lembrou me segurar a tempo antes de eu me esbofetear no chão.

Hora que nós entramos na praça de alimentação eu estava sem sombra de duvidas quase morrendo de fome. Nós comemos todos no Burguer King e fomos pro fliperama com coroinhas, todo o mundo, feito um monte de crianções. Eu joguei um pouco, mas logo me cansei. Sentei no banquinho e ELE veio atrás de mim com cara de dúvida:

-Fala mais de você – galanteador – é serio que o seu pai teve filhos de novo?

-Ah, é uma longa história...

-É eu tenho tempo – ele olhou pro meu irmão gargalhando enquanto jogava bolinhas em um circulo pra minha irmã cair numa piscina de bolinhas.

-Então, quando meu pai começou ficar com uma menina, ele já tinha se separado da minha mãe, então nenhum problema certo? ERRADO!  Desde o namoro dele, o povo de casa foi se distanciando, ai meu irmão veio pra cá e também a final de contas ele é o irmão do meio e sempre foi mais problemático. Ah e tem um detalhe, antes do meu pai casar com a minha madrasta ele era professor dela.Professor  isso é ridículo!

-Nossa...

-É- por um momento eu me esqueci do mundo, e o olhei sem medo de nada nem ninguém. Eu tirei meus óculos, me deitei em seu colo e agradeci pelo desabafo. Ele fez carinho em meus cabelos

- Bom, agora eu vou falar de mim ok?- eu fiz que sim com a cabeça – é uma longa história, mas você tem tempo: Eu tenho uma irmã de quatro anos, um pai e uma mãe;eu queria ter o cabelo liso e loiro,e eu tenho uma estrela de 5 cm preta tatuada no meu pulso –ele me mostrou o pulso direito. Lembrei-me do namorado galinha da minha amiga.

- Que pena que eu vou embora depois das férias...

- É – eu olhei pra ele que estava observando desconhecidos jogar hóquei de mão. Foi muito difícil pra eu imaginar que isso vai acabar no momento em que eu entrar no avião. Fechei meus olhos e dormi (AAAH QUE MICO EU DORMI NO SHOPPING). Ele tentou me acordar com leves cutucões, não funcionou, então meteu um soco no meu  ombro de tal maneira que eu respondi com um belo de um reflexo e me levantei mega rápido. O problema  é que a gente tava muito perto e eu bati a testa em sua boca; naquele momento a gente gritou tão alto que deu eco o shopping inteiro e por muita sorte já tava quase na hora do avião da minha irmã – pensando bem deve ser por isso que ele me chamou – e nós fomos embora.

Em fim, voltamos pra pegar as malas, não só as da Patrícia, as da velha também. Novidade: eu e o Victor íamos ter que ficar em casa, já que o carro tem capacidade pra cinco pessoas e aqui estão: Gaby, Guilherme, Patrícia e velha, Na verdade ainda tem um lugar, mas a velha é muito gorda. Mas o foco da questão é que eu fiquei sozinha com ele de novo.

Eu queria muito me concentrar em ficar sem fazer nada, mas é um pouco complicado com um gato desses me olhando assim sentado do meu lado esquerdo do sofá

- Minha boca ainda ta doendo muito! E você babou em mim! – ele fez uma cara de nada.

- Foi mal por isso – sorri de leve – agora não sei como te compensar...

- Mas eu sei! – ele me puxou pela nuca com a palma da sua mão, fui complicado me virar daquele jeito  por que eu estava sentada com as pernas dobradas - mas eu consegui. Ele me beijou profundamente e tentou se deitar sobre mim, mas como eu já disse tava difícil então na tentativa de me virar sem querer eu o empurrei-HÁ dei o troco, mas estraguei o momento...

- Droga – eu queria rir, mas não ri – machucou?

- Não; tive uma idéia melhor: senta direito. – eu obedeci. Ele me pegou no colo. Eu fiquei com as pernas em volta de seu abdômen malhado; mas não durou muito, por que logo ele sentou.

-Nossa – eu disse espantada

- O que?Não gostou? – CAVALO!

-É, que... - acha uma desculpa, rápido! – Eu nunca fiz isso antes...
- O que você acha que eu quero fazer?? – ele me olhou com um ar de ironia

- Nada... – não havia muito o que fazer naquele então eu parti pro ataque!