Fanfic: Por Siempre!

Fernanda:
Hola... – falei um pouco envergonhada, mas ela parecia precisar de ajuda – ¿Estás
bien? – a mulher assustou-se, e afastou-se um pouco de mim. Ainda não conseguia
ver seu rosto.

XxX: E-está
tudo bem, sim... Er... Não sa-sabia que tinha mais pessoas aqui... Ahn... Bem,
eu já estava indo mesmo... (espanhol) – falou constrangida, envergonhada... Não
sei bem, não me liguei muito no tom de sua voz e sim nela em si. Estranhei sua
voz. Parecia conhecida... Mas eu não conhecia nenhum mexicano! Levantei-me para
mirar seu rosto, mas a mulher já havia se virado, e estava pronta para sair
dali.

Fernanda:
NÃO! Espere... Eu, e-eu... Não quis constrangê-la. Desculpe, estava procurando
um lugar calmo para descansar enquanto minha amiga havia ido até a lanchonete.
Aí vi você aqui, e vim ver se estava tudo bem... Desculpe. (espanhol) – disse envergonhada.
A mulher parecia estar limpando lágrimas de seu rosto, depois de alguns
segundos do que eu havia falado, ela virou-se.

Não, não
podia ser. Eu estava boquiaberta. Era... Era ela! Sim, era ela. Lágrimas
começaram a escorrer por todo o meu rosto. Era Dulce María! A pessoa que em
toda minha vida eu quis conhecer. E ela... Ela estava... Chorando! Doeu-me
lembrar da cena... Era como se ela fosse de minha família, sem ela nem ao menos
saber de minha existência. Até agora...

Dulce:
Não precisa desculpar-se! – deu um meio sorriso, mas seu sorriso desvaneceu-se
quando viu que eu estava chorando – Ei! Por que choras? – perguntou preocupada.

Fernanda:
Você... é... Dulce María! – falei chocada. Minha vontade era de abraçá-la e
gritar, mas o que ela iria achar de mim? Uma maluca! Ri do meu pensamento, e
depois a olhei.

Dulce:
Sim, sou eu... Eu acho. – riu e eu também. Ela limpou minhas lágrimas – Eu sou
tão feia assim? – brincou.

Fernanda:
Tá brincando né? Você é linda! E... eu sou... sua fã! – falei sorrindo e com lágrimas
ainda teimando em escorrer por todo meu rosto.

Dulce:
Ah, ta... Tá explicado! – riu.

Fernanda:
Eu sempre quis te conhecer! Sabe, desde o RBD... – o seu sorriso desvaneceu-se,
mas eu nem percebi – O RBD... Por que vocês se separaram? – comecei de novo a
chorar. Ela podia achar o que quisesse de mim, mas era impossível evitar!

Dulce:
Até hoje... eu... não sei. – seus olhos estavam mareados, e uma lágrima caiu. Estranhei.
Por que ela estava assim? – eu estava com medo de fazer aquilo, mas limpei
aquela lágrima. Ela olhou-me.

Fernanda:
Você pode achar estranho, mas é como se você fosse uma irmã pra mim... Uma irmã,
uma prima muito próxima, uma melhor amiga... Sei lá! – ri e ela também – Não
gostei de te ver chorar! Quando eu era pequena e assistia Rebelde, eu sempre
chorava quando a Roberta chorava. Ela ou o Diego! – ri – Mesmo sem nem ter lhe
conhecido pessoalmente, até agora... E mesmo sem você saber da minha existência...
– sorri e ela também.

Dulce:
Até agora! – sorrimos. Ficamos conversando, eu fiquei chocada comigo mesma. Se
fosse qualquer outro artista, eu pularia em cima, gritaria, abraçaria, faria
tudo! Mas com a Dulce... Não fiz nada disso com ela. Era como se eu estivesse
conversando com uma amiga íntima minha. Ela era tão divertida!

Fernanda:
Posso te chamar de Dul? – era meu sonho ouvir isso dela. Um sonho tolo, porque
eu nunca pensei em conhecê-la.

Dulce:
Claro! Meus amigos íntimos me chamam assim. – engasguei com o que ela disse. Amigos
íntimos? Ela me considerava uma? Como eu ainda não tinha desmaiado, hein meu
Deus?

Fernanda:
Você me considera uma? – falei emocionada.

Dulce:
Claro! Gostei muito de você, e nem sei por quê... – rimos – Então, você não me
disse seu nome? – perguntou sorrindo.

Fernanda:
Afe, eu sou muito lesada mesmo! Sempre acontece isso! – revirei os olhos e ela
riu – Meu nome é Fernanda! Mas tipo, meu apelido é Nanda. – sorri.

Dulce:
Nanda? Ta aí, eu gostei!

Fernanda:
Que bom. – e rimos.

Dulce:
Então, tem quantos anos, Nanda? – perguntou, acho que ela tinha percebido que
eu era novinha.

Fernanda:
Completei quinze ontem! – sorri.

Dulce:
Sério? Que bom! Quinze hein, o que seus pais te deram de presente? – perguntou sorrindo.

Fernanda:
Uma passagem pra cá! – sorri. Ela ficou confusa, eu sorri mais e me expliquei –
Sou do Brasil, e tipo... Sempre quis conhecer aqui. O país dos meus ídolos sabe?
– ela assentiu com a cabeça – Pois é; aí meus pais me deixaram morar aqui!

Dulce:
Tão nova? – estranhou – E como irá se sustentar?

Fernanda:
Todo mês eles vão me mandar um dinheirinho. – sorri.

Dulce:
E onde está morando? – perguntou preocupada. Preocupada? Claro que não! Ou ela
estava mesmo preocupada com uma garota que tinha acabado de conhecer a uma hora
atrás?

Fernanda:
Em um hotel.

Dulce:
QUÊ? – levantou-se, já que estava sentada comigo debaixo da árvore – Hotel não é
lugar de se morar, Nanda! Você vai morar na minha casa! – e sentou-se outra vez
do meu lado sorrindo. Eu arregalei os olhos e engasguei. Passei uns dez minutos
mais ou menos tossindo, ainda tentando digerir o que ela tinha falado.

Fernanda:
Não tá falando sério não, né? – sorri. Ela negou com a cabeça, sorrindo também
pelo meu espanto – AAAAAAAAAAAAAAA! Me belisca? – pedi, ela estranhou mais
atendeu ao meu pedido – AAAAAAI! Doeu! – passei a mão no meu braço e ela sorriu
– Peraí... Quer dizer que... AAAAAAAAA, EU NÃO TOU SONHANDO! – levei minha mão à
boca.

Dulce:
Claro que não! – sorriu – Você já é uma irmã considerada pra mim. – ok, posso
dizer que morri naquela hora! Lágrimas inundaram meu rosto, e eu sem pensar, a
abracei. Ela correspondeu o abraço o que me fez ficar mais feliz.

Fernanda:
Maninha mais velha! – sorri; ainda a abraçando.

Dulce:
Caçulinha! – eu ri do apelido – E aí, aceita? – perguntou depois de nos
abraçarmos. Claro que eu iria dizer “óbvio, claro, SIIIIM, com certeza” e
outros... Mas antes perguntei.

Fernanda:
Ahn... Não será muito incômodo? Tipo... dá pra morar num hotel si... – ela me
interrompeu antes de eu terminar de falar.

Dulce:
Claro que não. Não será incômodo algum! Eu ultimamente estou muito sozinho,
morando numa casa sem ninguém, sabe? É chato... E você maninha, vai ser minha companhia...
Até por que, morar em um hotel? Não mesmo! – e me deu um beijinho na bochecha.

Fernanda:
Tá certo, então eu aceito! – sorri. Ficamos conversando até eu ouvir uma voz.

XxX:
NANDA! NAAANDA! ONDE VOCÊ TÁ? – era a Nick procurando-me.

Fernanda:
AQUI! – gritei, e ela me achou.

Nicole:
Sabe o quanto eu tive que andar senhorita Fernanda? – falou emburrada, ela ainda
não havia percebido Dulce aqui que apenas ria. Quando percebeu, ficou chocada.
Também, não era para menos! Eu ria da situação – E-e-e-e-la é-é... Dul-ce-e-e M-a-a-ría?
– quase não saia.

Fernanda:
Ela mesma!

Nicole:
AAAAAAAAAAA! – levou a mão a boca, e logo depois se sentou do lado de Dulce –
Depois você vai me contar essa história todinha, senhorita! – eu assenti séria
e depois ri.

Fernanda:
Vou morar na casa da Dul! – sorri. Tá, eu não devia ter falado isso, Nick
desmaiou!

Depois
de um tempo...

Nicole:
O que houve? – abrindo os olhos e levantando-se, já que estava deitada.

Dulce:
Você desmaiou quando a Nanda disse que ia morar na minha casa. (falou em
português) – ela desmaiou novamente.

Fernanda:
Você sabe falar português? – perguntei sorrindo.

Dulce:
É difícil, mas eu adoro as músicas brasileiras, e na época do RBD, quando
tivemos que gravar um disco em português eu aprendi um pouco. (falou algumas
palavras em português e outras em espanhol)

Fernanda:
Entendi! – sorri, e depois olhei para baixo. – Aii, ela desmaiou de novo! –
revirei os olhos.