Fanfic: Um elo e três destinos... (AyA - DyC - MyC)

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Dulce acordou um pouco atrasada no dia seguinte. Continuava não se sentindo bem. A cabeça estava pesada, ainda sentia sono, se pudesse, ficaria na cama. Olhou para o relógio e viu que não dava pra ficar mais tempo. Levantou-se de repente. Assim que colocou os pés no chão, se apoiou na mesinha de cabeceira. Sentiu-se tonta. Sua visão ficou nublada. Sentou-se novamente na cama e esperou aquele mal-estar passar.
Levantou-se novamente e foi para o banheiro. Tirou a roupa e foi para debaixo do chuveiro. Ensaboou-se, se enxaguou e saiu do box enrolada numa toalha. Seguiu para o quarto e foi até seu closet escolher uma roupa para trabalhar e colocou em cima da cama. Voltou ao closet para pegar um sutian quando se mirou no espelho. Deixou a toalha cair e ficou observando seu corpo. Há alguns dias que sentia alguma coisa diferente. Seu corpo estava diferente. Seus seios estavam um pouco doloridos e inchados. Às vezes eles a incomodava um pouco. Ficou observando sua imagem no espelho e um pensamento angustiante passou pela sua cabeça. Balançou a mesma, pegou a toalha que estava no chão e foi se vestir. Não queria pensar naquilo. Não... Não poderia pensar naquilo...
Vestiu-se e desceu para comer alguma coisa.

Lupe: Bom dia! Pensei que não ia levantar. (rs) Quase que ia lá te chamar.
Dulce: Acabei me atrasando. Tô com fome. (sentando-se)
Lupe: Tem tudo o que você gosta aí.

Dulce começou a se servir. Anny e Mai vieram se despedir de Lupe e foram para a editora. Dulce continuou tomando seu café, depois subiu, escovou os dentes e pegou suas coisas para ir trabalhar.

Entrou em seu carro, ligou numa rádio local e foi dirigindo até a emissora. Tentava prestar atenção nas notícias do dia, mas não conseguia. Sua mente não parava, tentava não pensar, mas aquilo estava lhe atormentando. Tinha medo do que poderia vir a acontecer. Voltou sua atenção para o trânsito novamente e seguiu para a editora. Assim que chegou, estacionou o carro e “pegou” o elevador, indo direto para o andar da Contemporânea.

Falou com o seu pessoal e foi para a sua sala. Trabalhou toda manhã num ritmo acelerado. Pelo menos as nuvens de preocupação a abandonaram por um instante. O trabalho exigia que ela voltasse toda atenção para ele.

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Chris: Adorei trabalhar com vc, Mai!
Maite: Eu também gostei muito de contar com vc aqui na Feminina. Se não fosse pra voltar pra revista da Anny, eu não ia te liberar não. (rsrs)
Chris: Eu tô voltando pra Estilo, mas no que vc precisar, pode contar comigo.
Maite: eu sei que posso. (rsrs)
Chris: obrigado por confiar em mim.
Maite: Vc mereceu toda a minha confiança. Sempre foi um ótimo jornalista.
Chris: obrigado mesmo. (dando um beijo na mão dela)
Maite: Agora vai. (rsrs) A Estilo te espera de volta. Vai antes que eu mude de idéia. (rs)
Chris: Vou lá falar com a minha chefinha novamente. (rs)

Ele deu um beijo no rosto de Mai e saiu. Seguiu para a redação da Estilo. Estava ansioso para voltar a trabalhar lá. Gostou de trabalhar na Feminina, mas a Estilo era o seu lugar. Ali ele se sentia realmente em casa.

Chris: Oi! (batendo de leve na porta de Anny)
Anny: Oi Chris! Entra!
Chris: Agora eu sou todinho seu. (rsrs)
Anny: A Mai já te devolveu pra mim? (rsrs) (levantando-se)
Chris: Nossa! (rsrsrsrs) Estou me sentindo um objeto. (rsrsrs)
Anny: você vale ouro e já demorou tempo demais pra voltar pra mim
Chris: eu sei que te pedi uma semana...
Anny: uma semana que virou um mês (rsrs)
Chris: foi por uma boa causa (rsrs) a Mai acabou precisando de mim novamente e como aqui na Estilo estava tudo indo bem, eu fiquei pra ajuda-la  

Anny: achei que você tinha me trocado
Chris: jamais chefinha (rsrs)
Anny: Bem vindo novamente à Estilo! (abraçando-o)
Chris: é muito bom estar de volta!
Anny: Eu tenho um monte de matéria pra vc cobrir.
Chris: Nem bem eu voltei e já me enche de trabalho. (rsrs)
Anny: Oxe! Pensei que estava ansioso pra voltar a trabalhar. (rs)
Chris: E estou mesmo. (rs) Quero minha mesa de volta.
Anny: Ela está lá no mesmo lugar. Vc acha que eu ia tirar ela de lá?
Chris: Só espero que não tenha dado ela a ninguém!
Anny: Nunca. (rs)

Os dois ficaram conversando por mais um tempo. Anny mostrou a Chris algumas matérias e os dois discutiram sobre a próxima edição da revista. Ele foi até a sua mesa e foi recebido muito bem por todos os seus colegas. Ligou o seu PC e começou a trabalhar.

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As três se encontraram em casa na hora do almoço. Lupe já as estava esperando. Elas sentaram-se e começaram a fazer seus respectivos pratos.

O cheiro da comida entrava pelas narinas de Dulce fazendo com que seu estômago embrulhasse. Ela tentava se servir, mas aquele cheiro estava fazendo com que ela se sentisse mal. Saiu da mesa sem dizer nada e subiu as escadas correndo. Assim que entrou em seu quarto, colocou a mão na boca e foi direto pro banheiro. Escorou-se na pia e lavou o rosto. Seu estômago revirava. Suas mãos tremiam e ela estava gelada. Aquela ânsia estava indo e voltando. Abriu a tampa do vaso sanitário e colocou tudo pra fora.

Sentou-se no chão do banheiro e abraçou-se as pernas. Não, isso não! Não poderia ser o que ela estava pensando. Como poderia ter sido tão burra?

Levantou-se e foi novamente para a pia. Lavou o rosto e a boca, enxugou o rosto com a toalha e se deitou. Seu estômago continuava embrulhado. Ela não ia conseguir comer nada. E aquele cheiro... Aquele cheiro ainda continuava em suas narinas, continuava fazendo com que se sentisse mal. Fechou os olhos e deixou-se ficar ali pensando.


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Anny: O que deu nela?
Maite: sei lá.
Lupe: Essa menina não está bem. Nos últimos dias, ela anda muito triste.
Anny: Ela tá estranha mesmo.
Maite: O que será que aconteceu? Será que ela brigou com o Rodrigo?
Anny: Não creio que ela esteja assim por ter brigado com o Rodrigo. Tá na cara que ela não gosta dele.
Lupe: e por que ela está com ele?
Anny: Vai saber... é maluca!
Lupe: eu vou lá em cima ver como ela está.
Anny: Daqui a pouco ela volta. Do jeito que aquilo ali é faminta. Deve ter dado alguma dor de barriga por comer demais.
Lupe: Então é melhor eu ir lá mesmo.
Anny: Termina de almoçar, Lupe! Daqui a pouco ela volta.

Lupe ficou almoçando com as meninas, mas estava preocupada com Dulce. Assim que terminou de almoçar, subiu pra ver o que tinha acontecido.

Lupe: O que vc tem, menina?
Dulce: Nada. Só uma dor de cabeça.
Lupe: Vc está pálida.
Dulce: Eu tô bem.
Maite: O que foi que aconteceu? (entrando no quarto)

Dulce: Nada não!
Maite: O que vc tem? (senatando-se na cama)
Dulce: Não tenho nada. Eu estou bem, gente. Só estou com dor de cabeça.
Maite: Certeza?
Dulce: Humrum...
Lupe: Isso é fome. Vem comer, vem.
Dulce: Não quero não.
Lupe: Vai ficar sem comer, é?
Dulce: Antes de sair eu como alguma coisa. Eu só quero ficar aqui deitada pra ver se essa dor de cabeça passa.
Maite: Tá certo. Vamos, Lupe.
Lupe: Se cuida, menina.
Dulce: Pode deixar. (virando-se de lado)

Maite e Lupe saíram do quarto de Dulce e encontraram Anny no corredor.

Anny: O que ela tem?
Maite: Disse que está com dor de cabeça.
Anny: Hum... eu hein!
Maite: Eu vou pro meu quarto descansar um pouco. Da editora eu vou logo pra faculdade.
Anny: Eu vou lá pra biblioteca. Se eu deitar, eu não levanto. (rs)

Maite foi para o seu quarto e Anny desceu com Lupe. Poliana na sala. Acabara de atender a um telefonema. Lupe foi direto para a cozinha.

Poliana: Para a senhorita.
Anny: Quem é?

Poliana: O senhor Alfonso.
Anny: Eu vou atender na biblioteca.

Anny foi para a biblioteca atender ao telefonema e Poliana ficou na sala. Anny pegou o telefone para falar com Poncho. Poliana ao invés de desligar a extenção, ficou ouvindo a conversa.

Anny: Oi!
Poncho: Oi Anny! Incomodo?
Anny: de jeito nenhum! (rs)
Poncho: Liguei pra saber como vc está.
Anny: Estou bem. Agora parece que as coisas estão caminhando para um lado melhor.
Poncho: E sua mãe? Como ela está?
Anny: Está melhor. Já voltou a fazer as fisioterapias. Ela não está muito animada, mas pelo menos faz tudo o que os médicos mandam.
Poncho: Isso é bom!
Anny: Eu só estou preocupada com os custos de tudo isso.
Poncho: Não se preocupe. Primeiro vem a saúde da sua mãe.
Anny: Mas é tudo muito caro. E sem falar que estou fazendo tudo escondido. Não gosto de ficar pegando o dinheiro da herança assim.
Poncho: Vai dar tudo certo. Não fique preocupada com isso. Eu resolvo tudo.Vc vai vê-la hoje?
Anny: vou sim! Assim que eu sair da empresa, eu vou na casa dela.
Poncho: Mande lembranças minhas pra ela. Gostei da sua mãe. (rs)
Anny: Parece que ela também gostou de vc. (rs)
Poncho: Bom! Deixa eu desligar que vc deve estar querendo descansar.

Anny: O Chris já voltou pra Estilo.
Poncho: que bom! Agora vc já tem seu repórter de volta.
Anny: Sim! Ele é meu braço direito lá.
Poncho: Que bom então que vc pode voltar a contar com ele. (com uma pontinha de ciúmes) Deixa eu desligar. Beijo!
Anny: Beijo! Obrigada por tudo.
Poncho: Não há de que. (desligando o telefone)

Anny desligou o telefone também e foi até a estante pegar alguma coisa pra ler. Escolheu um romance, sentou-se na poltrona que era do seu pai e começou a folhear o livro. Bem que tentou lê-lo. Mas seus pensamentos começaram a vagar para outro caminho.

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Poliana: Dona Lucrécia vai adorar saber disso! (desligando o telefone) A Loira está pegando o dinheiro da herança escondido das outras irmãs. (rs) Isso vai dar o que falar.

Lucrécia: Espero que vc tenha alguma novidade.
Poliana: tenho notícias quentíssimas.
Lucrécia: Então fala logo!
Poliana: A senhora vai começar a me pagar quando?
Lucrécia: Já disse que em breve vc recebe o seu dinheiro.
Poliana: Eu tô precisando de dinheiro. A senhora não pode ficar me enrolando mais não.
Lucrecia: Eu já disse que vou lhe pagar. Agora fala logo o que vc tem pra mim.
Poliana: Só falo com uma boa quantia em minhas mãos. E olha que o que eu tenho para a senhora é uma bomba. Depois dessa, duvido muito que as irmãs continuem convivendo juntas.
Lucrecia: O que aconteceu?
Poliana: Eu encontro a senhora às nove horas da noite na Praça XV. Leve meu dinheiro. Pois só irei contar com meu dinheiro na mão.

Poliana desligou o telefone deixando Lucrécia irada.

Lucrecia: Insolente!!! Quem ela pensa que é?

Colocou o telefone na base e sentou-se. Tinha que arrumar algum dinheiro que fizesse Poliana abrir a bova. Iria pedir ao filho. Ele teria que conseguir uma quantia para ela.

Ligou rapidamente para o filho e pediu o dinheiro. Rodrigo disse que não tinha, queria saber pra que a mãe queria aquela quantia, mas ela não disse nada. Fez uma chantagem emocional enorme e o filho prometera conseguir o dinheiro pra ela. Lucrecia sabia que o filho iria conseguir. Poliana deveria ter algo muito bom realmente para contar. Já pressentia que mais cedo do que ela imaginava a fortuna das Bracho estaria em suas mãos.




Poliana foi para cozinha ajudar Lupe com as coisas, depois de tudo arrumado foi até seu quarto e ligou do seu celular para Lucrécia.


Lucrécia: Espero que vc tenha alguma novidade.
Poliana: tenho notícias quentíssimas.
Lucrécia: Então fala logo!
Poliana: A senhora vai começar a me pagar quando?