Fanfic: Um elo e três destinos... (AyA - DyC - MyC)

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Dulce acabou cochilando um pouco e perdeu a hora. Lupe não a chamou e a deixou descansando. Quando ela levantou, tomou um susto ao ver o relógio. Tomou um banho rápido pra despertar, vestiu a roupa e desceu.

Lupe: Vai pra editora?
Dulce: Sim! Tenho um monte de coisa pra fazer lá.
Lupe: Come alguma coisa.
Dulce: Não dá tempo. Tô mais do que atrasada. Lá em como alguma coisa.
Lupe: por isso que passa mal.
Dulce: beijo Lupita!

Falando isso ela abriu a porta e saiu. Pegou o seu carro e foi para o trabalho. Resolveu passar em uma farmácia. Aquilo não estava saindo da sua cabeça. Ela tinha que terminar com aquela angústia logo. Estacionou o carro. Entrou na farmácia e comprou um teste de gravidez. Colocou na bolsa e voltou para seu carro. Não poderia estar grávida. Aquele não era o momento. Ela não queria ter um filho. Não agora. Seguiu para editora.

Ao entrar em sua sala, colocou sua bolsa em cima da mesa e foi trabalhar em su PC. Passou a tarde toda olhando para a bolsa. Queria fazer logo aquele teste, mas não faria ali na editora. Não poderia fazer ali. Tinha que esperar chegar em casa.

Rodrigo foi até a sua sala, mas ela não deu muita corda pra ele. Ela estava preocupada, estava nervosa. Ele notou que ela tinha alguma coisa, mas sabia como ela era e resolvera não questionar. Voltou para a sua mesa, deixando Dulce sossegada.

Às seis horas, ela pegou suas coisas, foi até a faculdade, entregou um trabalho e voltou para casa. Não agüentava esperar mais. Tinha que fazer o bendito exame. Tinha que tirar essa dúvida.

Assim que chegou em casa foi direto para o seu quarto. Trancou a porta, pegou o exame na bolsa e foi para o banheiro. Sentou-se no vaso sanitário e ficou lendo as instruções. Estava nervosa. Mas tinha que fazer. Abriu a caixa, pegou o exame e fez tudo o que as instruções mandavam. Colocou em cima da pia e ficou esperando o resultado. Roia as unhas de tanto nervoso. Aquilo não poderia dar positivo. Pegou a tirinha e olhou a cor do resultado. Leu as instruções novamente pra ter certeza.

Não! Aquilo tinha que estar errado. Ela não poderia estar grávida. Não poderia!
Sentou-se no chão do banheiro e ficou imóvel olhando para o resultado do teste. Que burrice ela tinha feito!! Como ela pôde ser tão burrra para engravidar? Estava sentindo uma raiva enorme dela. Ela deveria saber as conseqüências ds seus atos, mas acabou deixando se levar e esqueceu completamente do que poderia vir acontecer. E agora? O que ela iria fazer? Ela não podia ter um filho. Não agora. Ainda mais um filho sem pai. Ela não queria que um filho dela, passasse pelo que ela passou. Não queria criar um filho sozinha, não queria que seu filho crescesse sem uma família.

Aquele teste só poderia estar errado. Mas ali dizia que era positivo. O que ela faria?

Seus pensamentos foram interrompidos pelas batidas na porta. Levantou-se e foi atender.

Dulce: Oi!
Lupe: está acontecendo alguma coisa, menina?
Dulce: Não Lupe! Está tudo bem.
Lupe: a dor de cabeça passou?
Dulce: passou sim! Eu estou bem.
Lupe: Quer que eu sirva o jantar, ou vai esperar a sua irmã?
Dulce: Eu tô sem fome.
Lupe: nada de ficar sem comer de novo. Vai tomar seu banho e depois desce pra comer.
Dulce: Tá bom!


Lupe saiu e ela fechou a porta novamente. Foi para o banheiro e olhou mais uma vez o resultado. Era verdade, ele não mudara. Alí estava positivo realmente.

Tirou a roupa e tomou seu banho. Vestiu-se e depois desceu para a sala de jantar. Jantou com Lupe e depois voltou para o seu quarto. Queria ficar sozinha. Tinha que pensar no que fazer. A única coisa que ela sabia naquele momento, é que não poderia ter aquele filho.


X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x


Poliana: Eu posso dar uma saída, dona Lupe?
Lupe: Já terminou de arrumar tudo?
Poliana: Já sim!
Lupe: Pode ir. Cuidado, menina! Está tarde.
Poliana: É rapidinho.
Lupe: Tudo bem.


Poliana saiu para encontrar Lucrecia. Esta já estava lhe esperando no local marcado. Poliana entrou no carro de Lucrecia e a cumprimentou.


Poliana: Boa noite!
Lucrécia: O que vc tem pra mim?

Poliana: trouxe o meu dinheiro?
Lucrecia: aqui está. (entregando uma boa quantia à Poliana)
Poliana: Ótimo! (contando o dinheiro)
Lucrécia: Fala logo o que aconteceu.
Poliana: Escutei uma conversa da senhorita Anahí com o tal advogado.
Lucrécia: do que eles falavam?
Poliana: Parece que a dona Anahí e o advogado estão pegando o dinheiro da herança.
Lucrécia: Como assim?
Poliana: Os dois estão pegando dinheiro da herança sem as outras duas irmãs saber. Eles estão pegando dinheiro escondido.
Lucrécia: Ladra! Ela não pode pegar assim meu dinheiro!
Poliana: Imagine a senhora quando as outras irmãs souberem? Vai ser o maior barraco!
Lucrécia: Com essa história, elas vão brigar de vez. Aí todo o dinheiro ficará pra mim. Eu tenho que fazer essa informação chegar aos ouvidos das outras. Principalmente da Ruiva. Ela não vai perdoar isso nunca. A mosca morta da Maite pode até acabar perdoando, mas aquela Ruiva não. Ela vai arrancar os olhos da Loira.
Poliana: Pelo que eu conheço da dona Dulce, ela não vai deixar isso barato. Ainda mais que ela e a dona Anahí não se batem muito bem. As duas só andam brigando.
Lucrecia: Ela não vai engolir isso. Ela tem que saber de tudo.
Poliana: E não é só isso não.
Lucrecia: O que tem mais?
Poliana: A mãe da senhorita Anahí está aqui no México. Parece que esse dinheiro que eles estão pegando é pra pagar alguma coisa da mãe dela.
Lucrecia: O que?

Poliana: Pelo que eu entendi, é algum tratamento. Parece que a mãe dela está doente.
Lucrécia: Mas ninguém está sabendo que a mãe dela está aqui. Ou está?
Poliana: Eu nunca vi ninguém falar sobre isso lá não. Acho que a mãe dela deve estar aqui escondido.
Lucrecia: E quer dizer que o advogadozinho que está desviando o dinheiro?
Poliana: sim! Ele disse a ela que não precisava se preocupar. Que estava tudo certo.
Lucrecia: Ainda vou poder tirar o advogadozinho da jogada. (rs) Isso será ótimo. Ele sempre foi uma pedra no meu sapato.
Poliana: Eu espero que quando a senhora receber toda essa grana, cumpra o que prometeu.
Lucrecia: Eu já não lhe dei uma parte do dinheiro?
Poliana: mas isso aqui ainda é muito pouco. Eu quero mais.
Lucrécia: vc terá mais, minha cara.
Poliana: Agora eu preciso ir. A velha vai ficar preocupada. E eu não quero que ela fique me perguntando nada.
Lucrecia: Qualquer novidade entre em contato comigo novamente. Amanhã eu começo a agir.
Poliana: Sim senhora.

Poliana abriu a porta do carro e foi para casa. Lucrecia ficou mais um tempo ali pensando no que iria fazer. Tinha que agir o quanto antes. Quanto mais rápido Dulce e Maite soubessem, melhor. Elas iriam brigar e assim, o dinheiro viria todo para as mãos dela.

Ligou o carro e foi para casa. Estava feliz... Realmente feliz!

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Dulce acordou cedo aquela manhã. Na verdade, nem dormira direito. Pensara no que fazer boa parte da madrugada. Levantou e foi direto para o benheiro. Estava vom um mal-estar novamente. Colocou tudo pra fora. Seu estômago estava embrulhado. Tirou sua roupa e foi direto para o Box. Ligou o chuveiro e tomou um banho. Decidira que ia fazer um exame mais confiável. Iria até um laboratório a fim de comprovar mesmo aquela gravidez.

Só não sabia o que realmente faria se tudo aquilo fosse comprovado.
Vestiu uma roupa e desceu. Não falou com ninguém, pegou seu carro na garagem e saiu.

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Anny: Bom dia Lupe!
Lupe: Bom dia, menina!
Anny: O que foi?
Lupe: Sua irmã está muito estranha.
Anny: O que a Mai tem?
Lupe: Não é a Mai.
Anny: O que a Maria aprontou dessa vez? (servindo-se de café)
Lupe: Eu não sei. Mas ela saiu cedo sem falar com ninguém. Nem tomou café. Desceu, pegou o carro e saiu.
Anny: Eu hein!
Lupe: Conversa com ela.
Anny: Eu?
Lupe: É! Vc é a mais velha. Vai ver a Dulce está precisando de alguma ajuda. Não a vejo com nenhuma amiga. Ela sempre está sozinha.
Anny: Vai ver é que ninguém suporta. (rsrs)
Maite: Bom dia! (sentando-se a mesa)
AyL: Bom dia!
Lupe: Não fala assim, Anny. É sua irmã.
Maite: O que foi? (servindo-se)

Anny: A Maria. (cortando um pedaço de queijo) Ela tá muito estranha.
Lupe: A finalidade disso tudo que o pai de vcs fez, era pra vcs se unirem. Mas isso não tá acontecendo. A Dulce cada dia que passa está mais isolada.
Anny: Quem manda ela ser cabeça-dura? Eu e a Maite nos damos bem.
Maite: O que ela fez?
Lupe: saiu de casa sem falar nada com ninguém e nem comeu.
Maite: Ela anda muito estranha mesmo.
Lupe: Vcs têm que conversar com ela. É a irmã de vcs.
Anny: Me tira dessa. Toda vez que eu vou falar com ela, ela vem com cinco pedras na mão.
Lupe: Mas vc é a mais velha, minha filha. Vc sabe mais as coisas.
Anny: Mas ela se dá melhor com a Maite. Fala vc com ela.
Maite: A Dulce é muito fechada nos assuntos dela. A gente conversa, mas ela fica mais na dela.
Lupe: Vcs a excluem.
Anny: Nós?
Lupe: Vcs duas sim!
Maite: Também não é assim.
Lupe: Eu só quero ver como isso vai ficar até o final desse ano. Só quero ver se a Dulce for embora.

Lupe terminou de falar e saiu. Deixando Mai e Anny sozinhas.

Anny: Vc acha que ela vai embora mesmo?
Maite: Sei lá.
Anny: Ela não é maluca!
Maite: Conversa com ela.
Anny: Por que eu?
Maite: Porque como a Lupe disse, vc é a mais velha. (rs) Tem mais experiência.
Anny: Nada a ver.
Maite: Tudo a ver. (rsrs)
Anny: Daqui a pouco querem que eu vire a mãe dela.

Maite sorriu do que Anny falou. As duas terminaram de tomar café e foram para a editora.

X*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x*x

Tirou da bolsa o valor do café, deixou na mesa, e saiu. Entrou em seu carro e dirigiu para a empresa.



Dulce saiu do laboratório onde tinha colhido o sangue e passou numa lanchonete pra tomar café. Estava morrendo de fome. Saira de casa em jejum e precisava se alimentar antes de ir trabalhar. Pediu seu café e ficou pensativa. Não conseguia acreditar ainda na mancada que tinha dado.
O mais provável era que estivesse realmente grávida. Agora ela teria que achar uma solução para aquilo.

Não poderia ter um filho daquele jeito. Como ela iria criá-lo? Ainda estava na faculdade, sua vida virara de cabeça pra baixo. Não estava preparada pra ter um filho. Ainda mais um filho sem pai. Ela não ia quere para uma criança, tudo o que ela tinha vivdo, tudo o que ela sofrera devido a ausência do seu pai.

Não via outra solução a não ser tirar. Mas será que ela teria essa coragem? Será que aquilo era realmente o melhor a se fazer? Ela tiraria uma vida. Se a mãe dela tivesse feito o mesmo com ela? Passou a mão pela barriga. Não conseguia sentir nada ainda. Mas no fundo, no fundo acreditava que ele estava lá. Estava lá devido a uma imprudência dela. Ele não poderia pagar pelos atos dela. Não poderia viver tudo o que ela viveu.

A dúvida lhe corroia. Tinha que pensar, tinha que colocar os pensamentos em ordem. Não podia ser precipitada mais uma vez.