Fanfic: Um elo e três destinos... (AyA - DyC - MyC)

Já era tarde quando Anahi pode ver sua mãe, ela
entrou no quarto, muito receosa, viu que Marichelo estava dormindo e
não quis acordar. Ela tinha alguns arranhões nos braços e na face.
Estava com as pernas cobertas por um lençol. Anny se aproxima e se senta
em uma cadeira ao lado da cama da mãe. Pega na sua mão e a acaricia.
Acariciou também seus cabelos, sua mãe era tudo para ela, seu mundo, não
poderia continuar a viver sem ela, a vida não teria mais graça, sua mãe
era sua melhor amiga.

Anny: Oh mãezinha... Me perdoa, sei que
se não tivéssemos discutido hoje a senhora nem teria saído de casa e não
teria batido com o carro...nunca vou me perdoar pelo que aconteceu,
mas pode ter certeza que vou sempre estar ao seu lado e farei de tudo
que estiver ao meu alcance pra poder pagar seu tratamento...a senhora
vai se reabilitar...só preciso que a senhora me ajude e tenha
força...sozinha eu não conseguirei.

Lágrimas rolaram no rosto de
Anny, até que Marichelo abriu os olhos devagar.

Mari: Anahi?
Anny:
Sou eu mamãe, não se mexa, calma! Vou chamar o doutor.
Mari: Não
filha, fique comigo, não me deixe sozinha.
Anny: Você nunca está
sozinha mamãe, estou aqui com você sempre.
Mari: Filha, tive tanto
medo de nunca mais te ver meu amor, aquela nossa última conversa, você
deve ter ficado muito chateada comigo.
Anny: Não pense nisso agora,
vou chamar um médico, já volto.

Marichelo queria ficar com a filha, mas ao ver
Anny se afastando tentou se mexer, mas não conseguiu, não sentia suas
pernas.

Mari desesperada: Anahi, espera, filha, não sinto minhas
pernas... Anahí, o que há comigo?

Anny ficou pálida, será que a
hora já havia chegado? Era o momento certo para contar tudo a sua mãe?
Não podia fazer aquilo sozinha, precisava da ajuda de alguém.

Anny:
Calma mãezinha. (aproximando-se da mãe) Por favor! Fica aí quietinha
que eu vou chamar um médico.
Mari: Não Anny! (segurando o braço dela)
O que está acontecendo comigo?
Anny: Mãe, por favor! (as lágrimas
não paravam de cair)
Mari: Eu não estou sentindo as minhas pernas.
(muito nervosa) Me diga... O que está acontecendo? Fala filha!!!!!

Anny
já não sabia o que fazer. Não queria dar aquela triste notícia pra mãe.
Não sozinha. Mas também não poderia sair pra chamar alguém deixando a
mãe naquele estado.

Anny: Mamãe! Por favor, se acalme. Os médicos
irão vir conversar com a senhora.
Mari: Como vc quer que eu me
acalme? (muito nervosa) Eu não consigo mexer minas pernas.
Anny:
Mamãe, deixa eu ir chamar um médico. (chorando)
Mari: Não quero saber
de médicos. Eu quero saber por que não posso me mexer.
Anny: Por
causa do acidente. A senhora tem que se acalmar. Acabou de sair de uma
cirurgia.
Mari: Eu não poderei mais me mexer Anahí? Fale-me! Eu não
poderei mais andar?
Anny: Mamãe!!

Anny não conseguia parar de chorar. Estava
muito nervosa. Não sabia o que falar com a sua mãe. Não sabia o que
fazer.

Mari: O que foi que aconteceu? Por que precisaram me
operar?
Anny: Mãezinha, o acidente foi muito grave. A senhora ficou
presa entre as ferragens. Acabou machucando a coluna.
Mari: Não
poderei mais me levantar? (desesperada)
Anny: Vai sim mamãe. Nós
vamos contratar os melhores médicos e a senhora vai ficar boa.
Mari:
Não minta pra mim Anahí.

Nisso entra uma enfermeira.

Anny:
Ainda bem que vc apareceu. Por favor, chama o médico. Ela acabou de
acordar e está muito nervosa.
Enf: Sim senhorita!

A enfermeira
saiu e foi em busca do médico que atendeu Marichello. Anny tentava
falar com a mãe, só que Marichello estava muito nervosa. Não conseguia
ouvira nada. A única coisa que fazia era se debater na cama tentando se
mexer e tirar o soro que estava em seu braço.

Anny: Não faça isso mamãe. A senhora vai acabar
se machucando. (segurando-a)
Mari: Eu quero sair daqui. Quero
levantar.
Anny: Mãe...
Mari: Por favor, filha. (chorando) Por
favor, me ajuda... Me levanta daqui...
Anny: Eu não posso. (chorando)
Fica quietinha, por favor.

Marichello estava muito nervosa.
Acabou puxando a mangueirinha do soro e sangrando.

Anny: Não faz
isso. (tentando segurá-la)
Mari: Quero sair daqui. Me tira daqui
filha.
Anny: O médico já vem. (abraçando a mãe) Por favor, mãezinha.
Não faz isso. Estou aqui com vc. Estou do seu lado.
Mari: Me levanta
daqui... Me levanta...

O médico entra no quarto junto com a
enfermeira e um psicólogo, e ajeita Marichello.

Anny: Doutor, não
sei o que faço.
Médico: Calma! Senhora, por favor se acalme.
Mari:
O que está acontecendo comigo? Me digam!
Psic: Primeiro a senhora
tem que se acalmar. Está deixando a sua filha nervosa. Enfermeira, Por
favor, coloque o soro novamente.
Enfer: Sim senhor!

A enfermeira procurou uma veia e colocou o soro
novamente na mãe de Anny. Esta não conseguia parar de chorar. Ver a mãe
naquele estado era muito doloroso.

Psic: Sei que essa situação é
muito difícil, mas a senhora precisa ser forte. A única pessoa que pode
lhe ajudar é a senhora mesma.
Mari: Eu não vou mais andar?
Médic:
A senhora sofreu uma lesão na coluna. Mas não podemos afirmar com
certeza que não poderá mais andar. A medicina a cada dia que passa está
mais evoluída. Novos tratamentos estão sendo descobertos.
Mari: O que
aconteceu comigo?

O médico explicou a Marichello o que havia
acontecido. Anny segurava a mão da mãe e tentava lhe dar forças, mas nem
ela mesma estava conseguindo ser forte. A medida que ouvia o que o
médico falava, Marichello se sentia pior. O psicólogo também conversou
com ela, tentava mostra que ela ainda estava viva, e que tinha muito que
viver. Não poderia se entregar daquele jeito. Se ela queria a cura,
deveria começar dela.

Anny: Mamãe, vc tem que se ajudar. Vc tem
que ser forte. Eu estarei aqui com a senhora.
Mari: Como vc me pede
pra ser forte? Eu não poderei andar. Ficarei em cima de uma cama pro
resto da vida.
Anny: Não mãe. Vc vai voltar a andar. Acredite nisso.
Mari:
Como Anahí? Me diga... Como voltarei a andar?
Anny: Nós vamos
procurar os melhores médicos. Vou fazer de tudo para a senhora voltar a
andar.

Médic: Existem excelentes médicos que podem ver
o seu caso senhora. A senhora terá que fazer fisioterapia regulamente.
Seria bom que também tivesse um acompanhamento com um psicólogo.
Anny:
Eu vou resolver tudo doutor.
Mari: Como minha filha? (chorando)
Esqueceu que não temos dinheiro? Não temos dinheiro nem ao menos para
pagar a nossa casa. Imagine para pagar um tratamento assim tão caro.
Anny:
Eu resolverei tudo. Procurarei um emprego e nós vamos conseguir. Não
pense nisso. Fique calma.
Médic: Sua filha tem razão. Se acalme.
Descanse.
Mari: Não posso me acalmar.

O médico aplicou uma
medicação em Marichello para que ela dormisse. Estava muito agitada e
poderia acabar se machucando. Conversou mais um pouco com Anny e se
retirou.

Anny estava muito preocupada. Não sabia como começar.
Tinha que arrumar dinheiro para o tratamento da mãe. Nem mesmo o
dinheiro para pagar o hospital ela tinha. Sua mãe iria precisar ficar
internada por um tempo, e tudo isso era custo. Teria que andar rápido e
conseguir um emprego. Mas como resolver tudo isso sozinha? Não tinha
ninguém além da mãe e do primo. Seria ele, Cristian, a única pessoa que
poderia lhe ajudar. Pediria ao primo que ficasse com sua mãe, enquanto
ela iria atrás de um emprego. Tinha que conseguir algo. Agora tudo
dependia dela.

Deitou-se numa cama que tinha ali no quarto e
tentou descansar. Não conseguia. A situação de sua mãe não lhe saia da
cabeça.

O cansaço a venceu. Enfim Anny conseguiu dormir. Mas
teve sonhos horríveis durante noite.