Fanfic: Um elo e três destinos... (AyA - DyC - MyC)

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Maite estava sentada na mesa do restaurante. Olhava apreensiva para a porta de entrada e pressionava uma mão na outra, tamanho seu nervosismo. Sentiu seu coração bater acelerado quando viu a imagem de Crist entrando no restaurante. Enquanto o esperava, diversas foram as vezes em que cogitara a possibilidade de ir embora. Não teria coragem para conversar com ele. Mas algo a impedia de fazer isso. Algo dentro de si dizia que ela precisava ficar ali e resolver tudo com ele. Precisava pedir desculpas por ter desconfiado dele.

Só que quando o viu entrando, toda a sua coragem pareceu fugir. Ela ficou ainda mais nervosa e sentiu a garganta seca. As mãos tremeram quando percebeu que Crist a avistara. Ele abriu um leve sorriso pra ela, que o devolveu com a mesma simplicidade e intensidade. Ele procurou por Anny pelo restaurante, mas como não a viu, resolveu ir até a mesa de Mai.

Crist: Oi
Mai: oi Crist...tudo bem?
Crist: sim e você?
Mai: to bem – ela força um sorriso, estava ainda mais nervosa com a proximidade com ele
Crist: você sabe da minha prima? Ela marcou de almoçar comigo aqui
Mai: é...a Anny..bem... – ela começa a gaguejar
Crist: você ta bem? – pergunta arqueando a sobrancelha
Mai: não...é...quer dizer, to sim – ela respira fundo e tenta criar coragem pra falar o que realmente queria – a Anny não vem almoçar com você
Crist: oxe! Como não? Ela me ligou não tem nem meia hora
Mai: eu sei. Eu também achei que o almoço fosse pra vocês dois, mas ela me obrigou a vir
Crist: deixa eu ver se entendi. A Anny marcou um almoço comigo, mas na verdade é pra eu almoçar com você?
Mai: parece que a intenção dela era essa
Crist: e porque ela queria que almoçássemos juntos?
Mai: senta ai...claro, se você quiser almoçar comigo e quiser ouvir o que eu tenho pra te falar
Crist: faria isso com o maior prazer – ele sorri e Mai sente o rosto corar

Os dois sentaram e ficaram em silencio. O garçom chegou até a mesa e Mai pediu um momento para que depois fizessem os pedidos. O garçom saiu e os deixou novamente a sós. Crist resolveu quebrar o silencio.

Crist: e então? Por que do almoço?
Mai: eu não sei por onde começar
Crist: que tal pelo começo? – ele ri e faz Mai rir também
Mai: acho que nem eu sei onde seria o começo disso tudo
Crist: acho que posso te ajudar. Qual o assunto principal do almoço?
Mai: nós dois – fala sem jeito
Crist: nós dois?
Mai: sim. Na verdade, tudo começa na nossa ultima conversa
Crist: olha só Mai...se viemos até aqui pra discutir sobre a minha “traição” eu acho melhor cancelarmos o almoço
Mai: não...não quero falar de traição. Ou melhor, quero, mas quero te pedir desculpas
Crist: não entendi
Mai o encara: a Anny me contou
Crist: te contou o que?
Mai: quem é Mari
Crist: como? a Anny te contou da Mari?
Mai: sim. Ela me contou sobre a mãe dela e que naquela noite você estava no hospital com ela e com a mãe e não me traindo. Nossa! Eu nem sei o que te falar.
Cristian: Não precisa falar nada, Mai. Vc não sabia o que se passava.
Maite: Eu não sabia e te julguei. Mas tudo dava a entender que vc estava me traindo
Cristian: Eu nunca faria isso, linda. (passando a mão no rosto dela)
Maite: Desculpa!
Cristian: Não tem porque pedir desculpas. Em parte, a culpa foi minha.
Maite: Você não contou em fidelidade a Anny. Eu compreendi o receio dela. Agora já tá tudo resolvido.
Cristian: Ela contou tudo, tudo?

Maite: Tudinho.
Cristian: Nossa! Tipo... Eu esperava que ela fizesse isso. A Anny ficou muito chateada com o que aconteceu. Acho que ela se sentiu culpada por a gente ter terminado. Mas ela tava cheia de problemas.
Maite: Bom! Mas tudo já foi esclarecido. E foi por isso que eu vim aqui te pedir desculpas.
Cristian: Já disse que não tem porque vc pedir desculpas. Quer beber algo?
Maite: Um suco!


Cristian chamou o garçom e pediu que trouxesse dois sucos.


Garçom: Querem ver o cadarpio agora?
Maite: Sim! Ainda tenho que voltar à editora hoje.
Cristian: Já vamos escolher.


O garçom entregou o cardápio a eles e foi fazer o pedido dos sucos. Voltou logo em seguida e anotou o pedido dos dois.


Cristian: Bom! Agora que vc sabe de tudo, como vamos ficar?
Maite: É... Não sei. (corando)
Cristian: Eu gosto de vc, Mai. (pegando na mão dela) Gosto muito. Queria ter mais uma oportunidade.
Maite: Vc acha que vai dar certo?
Cristian: Vc uma vez me perguntou isso em outra situação parecida com essa. E eu volto a repetir. Se nós não tentarmos, nunca saberemos.
Maite: Acho que dá pra tentar de novo. (sorrindo envergonhada)
Cristian: Eu tenho certeza. (rsrsrs)

Logo a comida deles chegou e os dois almoçaram. Conversavam sobre coisas amenas. Cristian contava para Mai como era sua vida em NY, e esta ouvia atenta. Por mais que ela tivesse tentado, não conseguiu esquecer ele. E agora, parece que aqueles sentimentos estavam mais fortes. Os dois terminaram o almoço, pagaram a conta e saíram do restaurante. Cristian a acompanhou até o carro e ela abriu a porta do mesmo.

Cristian: Quando nos vemos novamente? (pegando na mão dela)

Maite: Hoje eu tenho uma reunião lá em casa, não vai dar. Mas amanhã, a gente pode se ver novamente.
Cristian: Esperarei ansioso.


Ele aproximou-se dela e lhe deu um selinho. Mai fechou os olhos e sentia os lábios dele no seu. Como era bom sentir aquilo novamente. Cristian ao perceber que ela permitira aquele beijo, resolveu prolongá-lo mais penetrando a boca dela com a sua língua. Maite enlaçou-o pelo pescoço e deixou-se beijar. As línguas dos dois se encontraram em uma dança harmoniosa. Aquele beijo tinha gosto de saudade, gosto de um recomeço sem mentiras e com vontade de que tudo aquilo desse certo.