Fanfic: Um elo e três destinos... (AyA - DyC - MyC)

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Passou-se mais um mês daquele ano.
Cada dia que passava, estava mais perto do fim do prazo que Daniel Bracho estipulara. Aquele ano estava sendo ao mesmo tempo difícil e estimulante para as irmãs Bracho. E aquele último mês, estava sendo especial. Desde que começaram a conviver juntas, ela nunca tinham se dado tão bem quanto naquele mês. A descoberta da gravidez de Dulce foi uma das coisas que fizeram as irmãs se unirem. Ao se juntarem para apoiar a irmã do meio, Maite e Anny acabrm junto com Dulce, criando uma verdadeira relação de irmãs. Ainda tinham suas brigas, implicâncias, afinal que irmãs não as têm? Mas pelo menos agora viviam mais em harmonia e os laços entre elas eram cada vez mais solidificados. Dulce voltou a trabalhar na editora, mas sempre supervisionada pelas duas outras. Mesmo o médico falando que a irmã estava bem e que poderia voltar a sua rotina, Anny e Mai ficavam de olho nela, pois conheciam Dulce e sabiam que ela não parava quieta.

Esta reclamava o tempo todo dizendo que não estava doente e que não era nenhuma criança, mas no fundo, no fundo, ela gostava daquela preocupação das irmãs. Desde que a sua mãe morrera, não tinha mais ninguém que se preocupasse com ela, que se importasse com ela. Agora ela tinha as irmãs, e por mais que tentasse disfarçar pra manter a sua imagem de durona, dona de si, estava amando tudo aquilo. Estavam tendo uma família, sendo irmãs de verdade, no sentido lato da palavra.

Anny e Poncho engataram um romance. Desde o dia das rosas que os dois não se desgrudam mais. Estão muito apaixonados um pelo outro. Poncho é o namorado ideal, o homem que todas as mulheres sonham em ter. Anny também não fica pra trás. Está muito apaixonada por ele. Os dois juntos formam o casal perfeito. Como diria a Maria: A Barbie e o Ken. Por enquanto, poucas pessoas sabem do romance dos dois. Apenas os mais íntimos. Não porque eles queiram esconder, mas sim, porque são muito discretos. Os dois saem juntos vão a restaurantes, ao cinema, mas acreditam que não precisam sair por aí alardeando o romance deles.

Já Chris em assunto de romances não está muito bem. Ele percebeu que a tentativa de se apaixonar por Bia não iria levá-lo a nada. Pois por mais que tentasse, não coseguia se apaionar pela garota. Gostava dela, era uma boa moça, mas paixão, amor? Estava muito longe de acontecer. O sentimento mais profundo que poderia sair dali era uma amizade. Em vista disso, Chris resolveu terminar tudo com Bia. Pensara várias vezes no assunto, não queria magoá-la, mas viu que se ficasse com ela, iria machucá-la muito mais, pois não nutria por Bia o mesmo sentimento que ela tinha por ele e que desejava que ele tivesse. Pensou que a conversa iria ser mais difícil, porém acreditou que Bia já estava esperando por aquilo, porque o relacionamento deles esfriara. A moça recebeu a notícia. Óbvio que ficara machucada, afinal, ela gostava de verdade dele. Mas sabia que não era correspondida da mesma forma. Chris pediu a ela que eles fossem amigos. Porém Bia pediu um tempo. Ainda ia se acostumar com a idéia. 

Quanto à caçula das Brachos, enfim conseguiu se acertar com o coração. Ela e Cristian se deram uma chance e estão vivendo as delícias do amor. Maite é um pouco desconfiada, cabreira, devido a alguns acontecimentos em sua vida amorosa, mas aos poucos ela vai se soltando com Cristian e entregando seu coração a ele. Cristian é o oposto dela. E isso está ensinando Maite a viver sua vida com menos preocupação e com mais divertimento. Maite estava aprendendo que não é preciso levar as coisas tão a sério e a dar-se uma oportunidade. Quase já não se via nela aquela garota fechada que sentia-se mal, pois o pai nem a enxergava direito. Não só o relacionamento com Cristian, mais também a convivência com as suas irmãs, fizeram com que ela tivesse mais autoconfiança e acima de tudo, que sorrisse mais. Maite era mais alegre agora. Acreditava mais em si, e no que fazia.

Rodrigo continuava trabalhando na redação da Contemporânea. O relacionamento entre ele e Dulce era meio constrangedor. Os dois quase não se dirigiam a palavra, falavam apenas o necessário. Rodrigo ainda estava chateado. Nem as suas bricadeiras de sempre, ele não fazia mais. As pessoas começaram a estranhar e perguntar o motivo daquela mudança. Ele não respondia nada. Continuou na Conteporânea por pressão da mãe. Lucrécia queria descobrir quem era o pai do filho de Dulce. Rodrigo como fazia o que a mãe pedia, resolveu fivar por lá mesmo. Sua mãe Lucrecia não parava de armar contra as sobrinhas. Queria que elas brigassem de alguma forma, mas não estava conseguindo um motivo para que as três se desentendessem.

E para aumentar mais ainda a raiva dela, as notícias que Poliana trazia, eram sempre as piores para Lucrecia, pois Poliana sempre dizia que as irmãs estavam mais unidas do que nunca. Estavam tão unidas, que um certo dia, Anny conveceu sua mãe a ir jantar na casa das Brachos. Marichelo relutou muito, mas devido à insistência da filha, acabou cedendo.
Lupe fez um jantar para Mari e as garotas. Cristian e Poncho também foram convidados. Mari ficou um tanto incomodada no inicio, mas depois foi se soltando mais. Dulce e Maite a deixaram a vontade. Ela gostou de conhecer as meninas. Ultimamente Anny não parava de falar nas irmãs, que ela estava curiosa. Ria das histórias de Dulce e das implicâncias dela com Anny. Notou que a filha estava feliz, e aquilo lhe fazia bem.
Tudo parecia estar se encaixando. Tudo parecia seguir o rumo que Daniel Bracho pretendia. Mas aquele ano ainda não acabara elas ainda tinham muitas coisas pela frente, muitos obstáculos a enfrentar e se quisessem ter êxito no final desse ano. Teriam que permanecer como estavam... Unidas.

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Poncho estaciona o carro em frente à editora e então se vira pra Anny.

Poncho: gostou do almoço?
Anny: adorei. Poder almoçar com meu namorado e minha mãezinha é a melhor coisa
Poncho: eu gosto da companhia das duas
Anny: minha mãe te adora. Acho que terei que começar a ficar com ciúmes
Poncho: oxe... Ciúmes por que?
Anny: porque quando eu vou la em casa sem você, ela só sabe perguntar de você

Poncho ri: não tenho culpa se todos amam minha presença
Anny: convencido
Poncho: realista (rs)
Anny: ta ok senhor realidade (rs) eu tenho que ir-me agora =/
Poncho: quando terminar minha reunião a tarde passo aqui pra te pegar
Anny: ta bom

Os dois se aproximaram e trocaram um caloroso beijo. Ainda ficaram mais alguns minutinhos de chamego no carro de Poncho até que Anny desceu e foi em direção a editora. Ao longe, alguém observava aquela cena se roendo de ódio. Os dois estavam juntos. Então Poncho já tinha arrumado outra. E a outra era justamente Anahí. Rebeca estava se mordendo de raiva. Deu um murro no volante e depois de tentar se acalmar desceu do carro. Tinha que pensar em algo pra fazer. Não ia deixar que Poncho ficasse com Anny. Ela o queria e ele seria dela de novo. Ainda não tinha tentando nada para voltarem, mas é que estava dando um tempo a Poncho. No fundo, ela achou que ele viria atrás dela. Mas como acabara de constatar isso estava longe de acontecer e quem deveria correr atrás dele seria ela.
Ia conquistar Poncho de novo. Com certeza o que tinha com Anny era apenas uma diversão, pensou ela. Quando mostrasse a Poncho que estava interessada em voltar ele largaria Anny e voltaria pra ela. Tinha certeza disso. Abriu um sorriso ao pensar assim e enfim entrou no prédio da editora.

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Anny chegou a sua sala e colocou sua bolsa em cima da mesa. Ligou o computador e antes de se sentar mirou as sacolas que estavam em cima do sofá. Não se segurou e sentou, abrindo algumas sacolas. Tirou as roupas que tinham lá dentro e ficou as observando. Eram tão lindas, tão pequenas, tão fofas.

Estava la toda boba olhando os vestidinhos e macacãozinhos que nem sentiu a presença de alguém na porta. Só caiu em si ao ouvir a risada abafada dele.

Anny: Chris! Entra – fala enquanto dobra as roupinhas
Chris: Quês roupas são essas, Anny? (rs) por um acaso você e o Poncho já encomendaram um rebento? (rsrs)
Anny: oxe oxe oxe
Chris: eu quero ser padrinho viu (rs)
Anny: ta doido é, menino?
Chris: eu não! (rs) você tava toda boba olhando essas roupas ai. Achei que tava grávida (rs)
Anny: besta (rs) não são pra mim não. Eu comprei pra minha sobrinha
Chris franze a testa: sobrinha?
Anny: ta... Eu sei que ainda não sabemos se é menino ou menina, mas eu sinto que é menina, sabe?
Chris: boiei mais ainda (rs) quem ta grávida?
Anny: como quem? Pra ser minha sobrinha tem que ser filha de uma das minhas irmãs (rs)

Chris não fala nada e fica olhando pra Anny. Tentava assimilar algumas coisas. Irmã grávida. Podia ser Dulce ou Maite. Instintivamente pensou em Maite. Não lhe agradava pensar que Dulce estava grávida, ainda mais ao imaginar que o filho era de Rodrigo. Ficou olhando sem reação pra Anny, até que esta continuou.

Anny: tu ainda não ta sabendo não? Acho que é o assunto de quase toda editora (rs)

Chris: não ouvi nada. Não dou muita conversa pra esse povo, você sabe
Anny: sim sim. Mas achei que esse você já tinha ouvido (rs) a Maria ta grávida – fala naturalmente
Chris: Maria? – franzindo o cenho
Anny: Maria... Dulce Maria (rs)

Chris fica estático ao ouvir o que Anny fala. Dulce estava grávida. Sentiu uma onda percorrer seu corpo. Seu coração bateu apertado. Dulce estava grávida de Rodrigo. Então a relação dos dois era seria e não apenas “um lance” como Dulce disse uma vez. Só de imaginar que Dulce esteve nos braços de Rodrigo fez ele se remoer de raiva. Lembrou-se da noite que a teve em seus braços. Mas essa noite foi toda apagada vendo a imagem de Rodrigo em seu lugar.