Fanfic: Amor bandido (vondy)

Derrick: (da tv) Estamos na prisão Federal do México tentando conseguir maiores informações sobre o acusado Christopher Uckernann, detido por ser acusado de matar cinco pessoas e esquartejar seus corpos. A polícia não quis nos deixar entrevistar o acusado, mas sabemos que ele será julgado daqui a três meses pelo Supremo Tribunal. Se for preso, pode pegar prisão perpétua. Voltaremos outra hora com maiores informações.
Dulce: (depois que Derrick sumiu) Se ele ousar falar comigo... ousar... eu juro que processo ele por ser cara de pau.
Maite: É função dele te entrevistar Dul... vai se preparando.
Christian: Quem diria, Derrick James e Dulce Maria se reencontrando... (parecia um pouco triste) acha que rola uma recaída Dul?
Dulce: Se rolar uma recaída, me internem no primeiro sanatório que virem, apenas significa que eu enloqueci.
Christian: Vamos tentar mesmo heim? (rindo)
Dulce: Querem uma autorização assinada?
Christian: Acho que não será necessário.

Dulce: (bocejando e olhando o relógio de pulso) Gente, olha a hora... vou dormir, amanhã tenho que começar a preparar o meu caso.
Christian: Quer carona amanhã Dulce?
Dulce: Capaz priminho, vc já me deu carona demais essa semana. Não quero abusar.
Christian: Vc sabe que não me custa nada...
Dulce: Mas eu me sinto mal em abusar Christian. Eu vou de ônibus.
Christian: Tem certeza? Te juro que faço com o maior prazer.
Dulce: Tenho certeza. (se voltando para Maite) Maite, prima, sua comida estava ótima como sempre.
Maite: Obrigada prima. Nos vemos amanhã. Tchau Dul (abraçando ela), tchau maninho (abraçando Christian) juízo vcs dois heim?
Dulce: Sim mamãe... brincadeira, brincadeira... estou indo.
Christian: Tchau maninha...
Maite: Christian, se vc não notou a indireta do juízo foi quase exclusivamente para vc.
Christian: Eu sei... mas me fazer de desentendido é melhor. Nos falamos mana.

A vida noturna na Cidade do México tem vários prazeres, para os que sabem aonde ir. Poncho estava andando de moto pela cidade. Depois de passar o último ano viajando, Poncho finalmente voltou a terra natal para uma reunião com os sócios da empresa. Odiava as reuniões, mas precisava participar delas e ver o lucro da empresa que seu pai lhe deixou antes de morrer. Poncho planejava apenas assistir a reunião e no dia seguinte voltar a viajar.

Ele estava andando de moto quando de repente um vulto surgiu a sua frente. Ele precisou desviar a moto para não bater no vulto e acabou capotando. Depois de cinco minutos inconsciente, acordou com a cabeça apoiada no colo de uma moça loira, que estava chorando assustada.

Any: Vc está bem?
Poncho: Estou... quem é vc, da onde vc surgiu?
Any: Vc quase me atropelou... e a culpa foi minha, estava andando distraída... perdão.
Poncho: Tudo bem... não estou morto e isso é um começo. (ele se ergueu) Mas tome cuidado garota, se fosse outro vc provavelmente teria acabado atropelada e morta no meio da estrada.
Any: Vc quer ir ver um médico? Eu realmente estou me sentindo mal pelo que aconteceu.
Poncho: Não se preocupe. (ele a olhou melhor) É impressão minha ou vc é uma cigana?
Any: Sou uma cigana sim. Isso o incomoda?
Poncho: De maneira nehuma. Eu tenho uma alma cigana.
Any: Ah é? E por que vc diz isso?
Poncho: Não tenho raízes... vivo viajando, odeio ficar estagnado em um lugar só.
Any: Realmente sua alma é cigana... acredita nos nossos poderes?
Poncho: Poderes? Quais seriam?
Any: Ler a mão... as cartas... adivinhar o futuro...
Poncho: Nisso nossas almas diferem... não acredito nessas coisas.
Any: Posso ler a sua mão de graça... acho que estou te devendo essa.
Poncho: Dispenso, obrigado.
Any: (ao vê-lo se afastar) Está com medo?
Poncho: (parando de supetão) Medo? Do que?
Any: De que eu esteja certa...
Poncho: (estendendo a mão direita) De maneira nenhuma. Esteja à vontade.
Any deu uma risadinha vitoriosa e pegou a mão de Poncho. Ela começou a percorrer a sua mão com o dedo indicador.

Any: Que vida mais interessante.
Poncho: O que vc está vendo? (sem nenhum interesse)
Any: Coisas interessantes... vc é muito rico...
Poncho deu um grunhido de assentimento.
Any: Vc não conquistou nada por si... ganhou tudo de mão beijada.
Outro grunhido, um pouco mais irritado.
Any: E devo dizer, é odiado pra caramba pelas pessoas mais próximas de vc.
Poncho: Alguma coisa que eu não saiba? (irritado)
Any: Sim. Essa situação toda vai mudar.
Poncho: Como?
Any: Uma mulher vai entrar na sua vida... sua alma gêmea. ela vai mudar a sua vida.
Poncho: Que besteira... faça-me o favor. (ele puxa a mão)
Any: Não acredita em destino?
Poncho: Acredito em golpistas... (ele pega a sua moto e sobe nela)
Any: Vou deixar essa passar porque vc capotou e quase morreu por minha culpa. Mas se me chamar de golpista mais uma vez...
Poncho: Não haverá uma próxima vez minha cara. (ele coloca o capacete) Adeus. De qualquer maneira, foi um prazer mortal conhecê-la.
Any: Até logo. Não se esqueça do que eu lhe disse hoje...
Poncho: É a primeira coisa que eu vou fazer quando chegar em casa... esquecer.
Ele se foi e Any deu um sorriso. Ela não havia dito tudo para ele... Any pensou que em breve Poncho acreditaria muito nos poderes dos ciganos... ela voltou a caminhar e resolveu voltar para o acampamento, onde todos a aguardavam.