Fanfic: Luciana Lorraine Henry
- Nossa Lucy, estou passada, não acredito que o Bruno teve coragem de fazer isso com você, não acredito mesmo.
Estava emocionada que ela deixou a festa por mim, e sorri.
- Deixa pra lá, estou cansada – do que? Pensei. – Vou para casa depois eu te ligo.
- Ta. Boa noite.
De algum modo eu estava cansada. Talvez de chorar, ou de pensar no Bruno. Ou até mesmo de dormir. Com toda essa sexta-feira cheia, eu havia me esquecido do numero de telefone que Kim conseguiu para mim. Fiquei animada, ansiosa e já preparada se não conseguisse conversar com meu pai.
Levantei do chão, estiquei minha roupa e recomecei a andar. Ao chegar em casa pegaria o numero e ligaria. Ansiosa para conversar com o pai que eu não via há oito anos.
- Oi querida, já chegou? Você voltou com o Bruno? – não respondi – Está tudo bem? O que houve?
- Nada mãe, e eu não voltei com ele. Deus meu livre.
- Mas você já jantou? Eu fiz panquecas!
Olhei a travessa super saborosa, mas recusei. Minha mãe me olhou espantada. Eu nunca recusaria uma panqueca com muito, muito queijo. Claro que eu não estava bem.
Ela bateu na porta quando eu estava trocando de roupa e perguntou o que havia acontecido. Eu não respondi nada, mas ela insistia.
- Nada mãe. Eu já disse, não aconteceu nada. Eu nunca mais vou querer ver o Bruno. Só isso.
- Mas por quê?
- Nada mãe! – me irritei – Mas que saco, já disse que não aconteceu nada!
Ficar brava com a minha mãe não era legal e era uma coisa que eu não gostava. Revistei meu quarto procurando o suposto numero de telefone do meu pai. Não achei a roupa que estava usando, meu cesto de roupa suja estava vazio. Minha mãe devia ter colocado para lavar. Eu precisava achar aquele numero.
Fui para a lavanderia procurar a roupa que estava e revistei todos os bolsos. Nada. Onde será que estava?
- Mãe, você viu... Hã um numero que estava em um pape na minha calça?
- Não – ela se fez de desentendida – não vi nenhum papel.
- Tudo bem. Posso ir à casa da Kim? É rápido, só para pegar esse numero de novo.
- Que número é esse que é tão importante Luciana?
- É o... – pensei – novo numero da Clarice. Ah quer saber? Vou passar na casa dela. Tchau.
Fui ao meu quarto e peguei uma blusa de frio, já que a noite estava gelada. Coloquei meu celular no bolso e fui portão a fora. Passei em frente à lanchonete, já havia andado bastante. Bruno estava lá, se agarrando com uma garota alheia. Meus olhos encheram de lágrimas, mas perguntei a mim mesma o porquê de ficar abalada com ele. Só porque ele foi meu verdadeiro amor? Mas que bobagem! Na verdade, a bobagem era pensar naquilo, eu tinha que ficar abalada, ele era um idiota, mas não merecia meu amor. Eu não sabia no que pensar, resolvi focar na calçada por onde eu andava. No caminho para a casa de Kim. Que eu havia passado. Não estava mais andando na rua dela, era uma rua desconhecida de meu bairro. Vazia, abandonada.
Continuei a andar, não sei por que, mas não queria parar e voltar. Eu estava ficando louca. Virei na esquina mais próxima querendo voltar e já sair em uma rua conhecida, mas não era bem a rua que eu queria: a de Bruno. Pela força da minha estúpida consciência apertei a campainha mesmo sabendo que ele não estava lá.
- Pois não – respondeu a voz da mãe dele.
- Oi dona Marly, sou eu Lucy.
- Ah, oi Lucy, o Bruno não esta.
- Eu sei, vim falar com a senhora. – Por quê? Pensei.
- Comigo? Ai meu Deus, você está grávida! – disse ela com tanta certeza que até eu fiquei com medo de ela estar certa – Já estou indo.
Abriu o portão e foi me puxando até me sentar no sofá da sala.
- Ah minha querida. Por que você quis perder sua vida com um sem futuro como o Bruno? Eu sei, ele é meu filho e eu o amo, mas eu sei que ele nunca vai ter estudos para arranjar um emprego nem vai assumir seu filho. Como ele não vai assumir o da Tayla – disse ela com tanta tranqüilidade.
- A Tayla ta grávida? – arregalei meus olhos.
- Sim, ai Santo Deus, dois filhos de uma vez, vocês garotas não aprendem nunca? Você e a Tayla só tem 15 anos!
Coloquei a mão na boca chocada com que acabara de saber. Não consegui digerir essa idéia.
- Dona Marly isso é terrível – não estava nem ligando pra idéia de eu estar grávida. Na cabeça da minha ex-sogra – o Bruno vai ser pai... Do filho da Tayla. Isso é terrível, simplesmente horrível. A Tayla arruinou a vida dela, e o Bruno também! Eu não consigo acreditar.
- Eu sei, a Tayla arruinou a vida dela. Assim como você arruinou a sua.
- Mas ele não vai assumir o filho dela?
- Não mesmo, nem o seu. Ele disse: “Esse filho não é meu, deve ser de outro cara, eu sei que você é uma dessas que fica com qualquer um. Meu relacionamento com você já era lembra? Agora se vira sozinha”. Cruel não é?
- Quantas pessoas sabem disso?
- Eu, você, o Bruno e o meu marido. Agora vou ter que contar que você também esta grávida.
Autor(a): bloom
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
- Eu? Como assim eu? – neste momento caiu minha ficha. - Ah você não quer que ninguém fique sabendo que você está...? Tudo bem, deixa comigo, seu segredo está guardado. Sua mãe sabe disso? - Não, você não ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
movah Postado em 24/07/2010 - 18:30:12
Inscrevam-se agora mesmo para o "PMP 2010 - Prêmio MOVAH Produções". Concorram ao prêmio com as categorias Melhor WN, Melhor Escritor...
Entrem agora mesmo no site oficial e saiba como participar.
http://premiomovah.blogspot.com/ -
movah Postado em 24/07/2010 - 18:30:07
Inscrevam-se agora mesmo para o "PMP 2010 - Prêmio MOVAH Produções". Concorram ao prêmio com as categorias Melhor WN, Melhor Escritor...
Entrem agora mesmo no site oficial e saiba como participar.
http://premiomovah.blogspot.com/