Fanfic: Luciana Lorraine Henry

- Eu? Como assim eu? – neste momento caiu minha ficha.

         - Ah você não quer que ninguém fique sabendo que você está...? Tudo bem, deixa comigo, seu segredo está guardado. Sua mãe sabe disso?

         - Não, você não esta entendendo...

         - Estou sim querida, pode deixar que eu não conto pra ninguém, mas você devia contar para a sua mãe tudo bem? Agora vá contar a ela – ela praticamente me expulsou de lá.

         Estava  cho-ca-da! Tayla grávida do Bruno – de verdade – e eu grávida – de mentira. Ou ela não estava às vezes dona Marly fez a mesma coisa com a garota o que fez comigo. Tirou conclusões precipitadamente. Eu precisava saber disso, também não sei por que, mas eu precisava.

         Saindo de lá fui direto para a casa da Tayla – ai! – acho que Deus me ajudou e ela não estava.

         - Você é super amiga da sua filha certo? – perguntei a mãe dela.

         - Sim, a Tayla me conta tudo, até como são suas relações com seus namorados – ela riu.

        - Sem detalhes, por favor – pedi – então a senhora sabe que ela já... Hã, ficou com o Bruno?

         - Ah sim, foi muito divertido.

         - Ah... – fiz careta – Só por curiosidade, ela ficou grávida?

         - Ela pediu para eu não contar, que sim, para as amigas dela – ela disse baixinho “que sim”.

         - Ah, tudo bem – fui embora.

         Ao chegar em casa minha mãe estava com cara de culpada. Provavelmente ela fez alguma coisa e não estava suportando a culpa, mas eu não estava interessada. Era 22h17min e eu estava super cansada. Por mais que eu tenha dormido a maior parte do dia, eu estava exausta. Que dia mais cansativo. No sábado eu teria que acordar cedo para ir pra casa da minha avó. Ela estava doente e minha mãe queria muito visitá-la.

         Abri a geladeira e já com uma faca na mão peguei um pedaço de panqueca, pois estava com muita fome. Depois disso peguei uma coberta deitei na cama e dormi até minha mãe me acordar no outro dia.

         - Lucy? – escutei uma voz delicada – Lucy acorda, nós vamos pra casa da vovó lembra?

         - Ah não – me virei para a parede.

         - Ela está doente e a mamãe quer que a gente vá visitá-la.

         - Eu sei Luana, mas eu estou com sono!

         - São dez horas!

         Abri os olhos e ela estava me olhando com um sorriso no rosto, satisfeita com alguma coisa.

         - Vai se arrumar que a mamãe estava só esperando você acordar.

         - Não pode ser dez horas, eu fui dormir cedo ontem!

         - Eu sei, vai se arrumar.

         Levantei correndo e fui para o banheiro. Tomei um banho de gato, nem lavei meu cabelo, não ia dar tempo. Novamente prendi meu cabelo num rabo de cavalo. Eu estava enjoando deste penteado. Passei somente rímel, corretivo e batom, não ia dar tempo de me produzir, mas eu ia à casa da minha avó. Não iria encontrar minha alma gêmea na esquina da casa dela não é?

         Coloquei um vestido liso vermelho e uma sapatilha preta. Logo depois desci as escadas correndo e encontro minha mãe com cara de quem acabou de acordar fazendo café e minha irmã de pijama na sala assistindo desenho.

         - Não eram dez horas? – olhei no relógio e era sete e meia, fiquei muito brava.

         - Mamãe disse que se eu mentisse sobre a hora para você, você levantaria na hora e se arrumaria mais rápido. Ela estava certa.

         - Bom dia querida, vejo que você já esta pronta. Desculpe-me sobre a sua irmã. Mas vi que você se apronta rápido mesmo.

         Dei uma risada sem graça para minha mãe e voltei para meu quarto. Liguei o computador e já coloquei no MSN. Entrei invisível para pessoas chatas não encherem meu saco. Havia poucas pessoas online por causa do horário, mas a frase pessoal do Bruno era: Sei que o que você tem ai não é meu, então desaparece da minha vida. Provavelmente era pra Tayla. E a frase dela era: É seu Bruno, só eu sei que é. Óbvio que essa frase era pra ele.

         Desliguei o computador e fui arrumar minha cama, estava entediada. Deitei nela e coloquei o foninho do meu celular no ouvido para escutar musica. Comecei a jogar um joguinho super idiota enquanto esperava minha mãe e minha irmã se aprontarem.

         - Luciana vem tomar café para podermos ir.

         Olhei a hora e já eram oito horas. Eita povo demorado.

         Fui tomar café, escovei meus dentes – de novo – passei batom – de novo – e fui para a casa da minha avó. Vimos ela no quarto e fizemos um pouco de companhia logo após eu e Luana fomos para a sala assistir TV, depois ajudamos minha mãe a fazer comida – com pouquíssimo sal; ficou ruuuuim – depois fomos assistir mais televisão. Enquanto Luana cochilava no sofá fui dar uma volta no bairro parado da dona Maria de Lourdes na esperança de realmente encontrar o amor da minha vida. Não foi isso que aconteceu. Não encontrei nada de interessante, só me perdi e tive que andar duas vezes mais na volta.

         A tardezinha voltamos para casa e minhas pernas estavam doendo de tanto andar, sentei no sofá ao lado do telefone e minha mãe pediu para eu ver se tinha alguma mensagem na caixa postal e era para eu colocar no viva voz.

         - Olá, aqui é a Marly, mãe do Bruno, ex-namorado da Lucy. Só queria saber se ela já contou que está grávida do meu filho... Opa. - nesse momento, eu gelei – não devia ter contado, eu sei. Desculpas para a Luciana, mas a Desiree precisava ficar sabendo. Ah e o Bruno também sabe, ele se fez de desentendido, mas eu sei que ele não queria assumir a culpa que vai ter dois filhos de uma vez – ela riu – Ele disse que nunca ficou com a Lucy, mas eu sei que já, pois ela veio aqui em casa me contar a novidade, se é boa ou ruim eu não sei - risos outra vez – Beijos para a família Henry e muita paz e alegria.