Fanfic: Corações Turvos - Savirroni [Refeita]

-Ai gatinho! Calma!

A porta do banheiro onde Maite se encontrava bateu contra a parede e ela quase caiu dentro vaso com o susto. Todo o seu corpo fervia agora.

-Desculpe, mas é que eu estou morrendo por você. – disse a voz de Poncho.

-É? Então me mostra o quanto você está morrendo por mim.

Silêncio, e então o estalar de lábios num beijo asqueroso. Maite suplicou para que não passasse disso, mas seus ouvidos, que funcionavam bem melhor que seus olhos, não a enganavam. Any acabara de atingir algo sólido (a lata de lixo, segundo sua voz interior) e isso ó podia significar que se espremiam contra a pia.

Há uma brecha aqui, indicou-lhe a voz. Da brecha da porta da cabine, podia ver, perfeitamente, o quê faziam. Sentiu vontade de fazer xixi de novo. Ou será que não chegou a fazê-lo? Não importa; ela resistiu ao impulso de olhar e levou a mão à descarga.

“Calma Maite... Se chamar a atenção deles, pode ser pior. Eles vão querer se vingar da Dulce, lembra?”.

Afastou a mão da descarga e, no quê o fez, acabou reparando que Any estava sentada sobre a pia, as pernas escancaradas e a saia, que batia nos joelhos, suspensa até suas coxas. Prendeu a respiração.

Oh meu Deus... Ele está... Mai, ele está... Descendo?

Aham, ele estava descendo. Sua boca deixou a de Any e foi ao seu pescoço, à sua clavícula, ao limite de seu decote e então, como mágica, a blusa de botão caiu pelos ombros de Any. Seu sutiã ficou à mostra (sejamos francas, você também usa sutiã. Não é nenhuma novidade) e logo depois haviam desaparecido. Como Poncho se portara à frente dela, Maite pouco via agora, mas ás vezes tinha uma periférica da barbaridade. Até que sentiu algo estranho se apossar de seu corpo.

Calma; isso se chama “excitação”, mas não quer dizer que você deseje isso, exatamente. Entendeu?

Não, ela não entendia o quê tinha de tão bom em sugar, como um desentupidor de pia, aqueles seios siliconizados de Any. Poncho simplesmente os comia, os devorava, e Maite ia sentindo os joelhos afrouxarem, mas também não podia deixar de olhar. Num momento em que fechou os olhos, algo sob seu sutiã enrijeceu e ela se lamentou de estar vivendo aquilo trancada na por.ra dum banheiro! Abriu os olhos novamente e quase caiu de novo no vaso quando viu os seios nus de Any apontados para ela, enquanto Poncho se perdia em algum lugar bem mais embaixo. A loira começou a gemer e Maite teve que se sentar. Assim que seus gemidos se tornaram audíveis o suficiente, Any empurrou Poncho para longe dela, pulando da pia e se vestindo.

-Peraí, e eu? – protestou ele. – Só você goza?

-Aham. – fez ela. – E se dê por satisfeito.

Saiu então do banheiro e Poncho foi logo atrás. Maite acabou dando a descarga, no final das contas, mas com a cabeça.