Fanfic: s2 Do Ódio Ao Amor s2 [TERMINADA]

Apesar de Any saber exatamente o que dizer a Ucker, mesmo sem ter a coragem de dizer, foi ele quem iniciou a conversa.

-que belos amigos nós fomos arranjar, heim?! –ele falou sorrindo.

Any suspirou.

-er...você acha que a Dul e Poncho...tem volta? – ele indagou, ao perceber que Any continuava desconfortável.

Ela resolveu que deveria forçar as palavras a saírem de sua boca.

-acho que eles podem ser amigos. Mas só isso. – ela falou, tentando esconder que ela desejava isso, que Poncho e Dul fossem apenas amigos.

-mas, se eles ainda se gostam...não tem motivos para continuarem separados. – Ucker falou, olhando diretamente nos olhos de Any.

Any percebeu o rumo que a conversa estava tomando, e resolveu embarcar na de Ucker.

-é. Mas ele a magoou muito. – ela falou, encarando Ucker.

-eu sei. Mas quem ama perdoa! – ele também estava encarando-a.

-talvez o amor não seja o suficiente. – ela estava mais séria ainda.

-talvez o medo do amor é que seja o problema. – ele estava olhando no fundo de seus olhos.

-quando se é traído, é difícil voltar a confiar. – as palavras de Any eram duras.

-sim. Mas quem trai também sofre por ter traído. A culpa é horrível. – as palavras de Ucker saíram com uma pontada de dor.

-é. Mas o que dói mais: um coração quebrado ou uma pequena culpa na consciência? – as palavras de Any também eram dolorosas.

-de novo, em quanto houver amor, há uma cura para todas as doenças da alma! – ele estava se aproximando de Any.

Ela respirou fundo, não dava mais pra evitar. As lágrimas já estavam quase correndo de seu rosto, e ela tinha que falar sobre Poncho.

-e se o amor acaba? – Any indagou, com a voz chorosa.

-se o amor acaba? – Ucker deu um passo para longe de Any – se o amor acaba resta a amizade.

Tudo o que Ucker menos queria era ficar longe de Any, adorava aquela garota. Não se importava que fossem apenas amigos, pelo menos até convencê-la de que eram um o destino do outro, pelo menos ele pensava assim.

-mas e se...além de o amor se transformar em amizade, surge outra pessoa? Uma pessoa nova. Uma pessoa que parece ter todos os remédios para aquelas “doenças da alma”. O que fazer? – Any não conseguiu resistir, estava chorando.

-o que fazer? – tinha uma pontada de raiva na voz de Ucker. – ainda estamos falando de Dul e Poncho, certo?

-não! Errado! Estamos falando de nós! – ela respondeu, aproximando-se para tocar o rosto de Ucker. Ele esquivou-se.

-você não me ama mais? – a voz de Ucker estava acusadora – nem um pouquinho? – ele concluiu.

-é claro que eu te amo. Só que de um jeito diferente. – ela hesitou, a cada segundo chegava mais perto a hora de revelar sobre Poncho. – te amo como a um irmão. – ela concluiu.

Ucker ficou quieto por um tempo que pareceu uma eternidade. E quando voltou a falar a raiva havia consumido suas palavras, seu olhar e sua expressão.

-quem é ele? –ele perguntou em tom seco.

Any não respondeu.

-quem é ele? – Ucker insistiu.

As lágrimas corriam cada vez mais rápido, e Any não respondeu.

-quem é ele? Droga! – Ucker disse, agarrando Any pelos ombros!

Ela balançou a cabeça negativamente.

Não que não tivesse um “ele”, só não se sentia preparada para falar sobre.

-você falou sobre uma nova pessoa. Quem é essa pessoa? – Ucker pressionou Any, sem soltá-la.

-eu não quero falar sobre isso Ucker! – ela finalmente falou. Entre soluços, mas falou.

-você começou o assunto, agora termine! –ele estava mais bravo ainda, mas finalmente soltou os ombros de Any. Mantendo-a perto dele, é claro.

-se eu falar... –ela foi interrompida.

-eu não farei nada contra ele. Eu só quero saber quem é. Quero saber quem é melhor que eu. Quero saber por quem eu fui trocado. Quero saber se foi uma troca justa! –a raiva e a dor estavam misturadas na voz de Ucker.

-não é assim Ucker. Ele não é melhor que você. E eu amo os dois, só que de maneiras diferentes. Um dia, quando você se apaixonar perdidamente por outra garota, você vai me entender. – ela tentou explicar.

-eu NUNCA vou me apaixonar por outra Anahí. Sempre foi e sempre vai ser você! – agora quem estava segurando lágrimas era Ucker.

-eu também pensava assim em relação a você. –já as lágrimas de Any, escorriam livremente em sua face.

Ucker ficou quieto durante mais algum tempo, em uma pequena batalha interna, em que impediu que suas lágrimas viessem a tona, e canalizou toda sua raiva e dor para sua voz.  Quando falou de novo, não estava pedindo, e sim ordenando.

-quem é ele? – Any sentiu o intimado de Ucker.

-...Poncho! – ela respondeu e foi aí mesmo que começou a chorar desesperadamente.

Ucker ficou sem reação!

Poncho? Seu primo Poncho? Seu novo melhor amigo? Ele tinha confiado em Poncho! O tinha como um irmão! E agora, uma traição dessas!

Enquanto isso, na praça para onde Poncho levou Dul...

CONTINUA...