Fanfic: Enséñame

Christopher me deixou em casa e falou que ia pra dele, e
depois ia alugar uns filmes. Ele perguntou se eu queria assistir alguns filmes
com ele, mas eu recusei. Não estava muito a fim de fazer alguma coisa. Subi a
escadas tentando assimilar tudo o que acontecera nesse dia. Cheguei no meu
quarto e me joguei na cama, e fiquei lá, pensando.

O Pollito se juntou com aquelazinha lá... Ai que ódio
daquela garota! Quem é ela para julgar alguém? Ela não sabia nada da minha vida
e já vinha com quatro pedras na mão. Levantei-me e fui tomar banho para afastar
os pensamentos daquela garota... Por algum motivo, no fundo, no fundo, eu não
tinha realmente ódio por ela. Eu poderia demonstrar que a odiava, mas bem lá no
fundo, isso não era verdade. E eu realmente, não compreendo.

Anahí: Eu tou começando a ficar neurótica! – falei
enquanto desligava o chuveiro e pegava uma toalha para me secar. Fui até meu
closet e peguei um baby doll, sentei-me na cama e peguei meu lastimado
caderninho.

Fiquei lá o folheando por um tempo. É nesse caderninho
que eu escrevo minhas canções, minhas músicas. É tão bom poder escrevê-las,
faço isso desde meus quatorze anos. Meu amor pela música foi adquirido desde
cedo, e por isso... Aqui estou! Cursando faculdade de música!

Anahí: Extrañarte es mi necesidad... Vivo en la
desesperanza, desde que tu ya no vuelves mas... Sobrevivo por pura ansiedad,
con el nudo en la garganta. Y es que no te dejo de pensar! Poco a poco el
corazón... Va perdiendo la fe... Perdiendo la voz! – li o trecho da canção que
eu havia feito, com quatorze anos, quando descobri que meu pai não havia  morrido, ele estava vivo. E desde aquele dia,
eu prometi a mim mesma que ia encontrá-lo! Eu ia encontrá-lo! Suspirei, fechei
o caderninho e fui dormir.

Acordei com meu celular tocando, xinguei-o por
pensamento, vi no visor quem era, sentei-me na cama e atendi.

Anahí: Que é José Christian Chávez Garza? – eu só o
chamava pelo nome quando estava com muita raiva dele – A ruiva te deu um fora
foi? – falei com raiva. Ouvi um suspiro pelo celular.

Christian: Any, ela estava chorando! E eu não a cantei pro
seu governo. Achei-a super gente boa. Mas quer saber, não liguei pra falar
dela, vamos assistir um filme comigo? – perguntou animado.

Anahí: Tou sem ânimo, Crist... – tornei a deitar-me na
cama.

Christian: Por favor, Loira! Vamos, vai! Por favor! – ele
insistiu mais um pouco e eu acabei cedendo e aceitando – Ótimo! Daqui a
meia-hora eu chego aí! Tchau.

Anahí: Bye. – desliguei o telefone e fui tomar outro
banho pra relaxar.

Depois do banho fui até o closet e demorei um pouco pra
escolher uma roupa mais simples e confortável. Peguei uma blusa preta com
escritas rosa claro, e mangas cor-de-rosa, uma calça colada preta, e sapatilhas
marrons, meio douradas. (ela tá sem a boina:
http://200.192.177.244/uploadfile/letras/fotos/7/d/d/d/7dddb9efac51b546b0a80dfb10f65fd7.jpg).

Perfumei-me, passei uma maquiagem leve e passei brilho
labial, depois desci para tomar um copo d’água e esperar pelo Crist. Bebi a
água, e fiquei alguns minutos esperando pelo Pollito, logo ouvi uma buzina e
saí de casa.

Anahí: Oi Pollis! – falei sorrindo.